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Galera realmente desculpa viu, tô tão cansado esses dias que nem percebi, realmente desculpa.










— Não sei porquê eu preciso disso — reclamei com a minha namorada, me ajeitando na cadeira fria da sala do hospital.

— Porque, meu amor, você passou mal, descartamos a gravidez, então estamos aqui — Jenna mexia no celular, ignorando o fato de eu estar ali do seu lado, tomando soro há mais de dez minutos.

Depois que descartamos a ideia da gravidez, ela me forçou a vir ao hospital, saber o porquê do meu mal estar.

Tentei convence la a não ir. Dizendo até que estava mal porque estava afastada dela, mas não adiantou. No fim estávamos na porta do hospital, e eu estava sendo atendida.

A enfermeira de plantão fez uma bateria de exames comigo, de sangue, de pressão. Depois ela disse que eu estava desidratada, o que fez com
que minha pressão estivesse baixa. A pressão baixa me gerou as tonturas que Zoe confundiu com os sintomas de gravidez.

— Aposto que não era assim que você imaginava passar nossos três meses de namoro, não é mesmo? — Jenna chamou minha atenção, finalmente largando o maldito celular.

— Não mesmo. Queria estar em casa agora, fazendo amor com você —

A senhora que estava do nosso lado me olhou com uma cara feia, e depois negou, voltando a ler sua revista.

— Isso me lembrou o que George me disse mais cedo — ela riu fraco, abaixando o olhar.

— O que ele disse? —

— Algo sobre o sexo de reconciliação ser melhor — sua voz foi mais baixa que a minha, para que só eu escutasse — Uma pena que já estamos bem —

— Não seja por isso. Vamos brigar, só pra ver se seu irmão esta certo mesmo — sorri, mordendo de leve o lábio inferior.

Jenna pensou um pouco, provavelmente vendo possíveis motivos para a nossa briga.

— Tem uma coisa que eu tenho que
te contar — fiz um sinal para que ela continuasse — Você não vai mais ser
minha assistente —

Meu sorriso se desfez na hora. Eu estava esperando uma brincadeira, algo para me deixar com raiva, mas de mentira.

As palavras de Jenna foram sérias, como se ela não estivesse brincando.

— O quê? — perguntei.

— Eu estou conversando com a equipe de RH, eles vão começar as entrevistas em alguns dias — ergui as sobrancelhas, ainda incrédula pelas palavras calmas da minha namorada.

— Não pode me demitir! — a senhora do meu lado saiu resmungando, com certeza por conta do meu tom de voz.

— Depois a gente conversa sobre isso — ela sussurrou.

— Não quero conversar sobre isso depois, por que não conversamos agora? —

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, a enfermeira apareceu na porta. Olhei para a bolsa de soro em cima de mim, só aí percebendo que o líquido já tinha acabado.

A moça se aproximou, tirando a agulha de mim e depois dizendo que eu já tinha recebido a minha alta. Ela passou alguns remédios para a minha pressão, e disse que eu precisava beber mais água e comer mais frutas.

Assenti a todas as suas instruções, acompanhando Jenna ate a entrada do hospital.

Minha namorada estava em silêncio, ela parecia calma, mas eu não estava. Não quando estava a ponto de ser demitida.

Why not? - adaptação Jemma G!POnde histórias criam vida. Descubra agora