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Ouço uma movimentação no meu quarto, me fazendo abrir os olhos devagar e observar Emma abaixada, enquanto procurava algo no chão.

— Bom dia? — digo, com a voz um pouco mais rouca que o normal por ter acabado de acordar.

— Te acordei, amor? Deixei meu brinco cair e não encontro — suas falas saem rápidas e abafadas, já que a mesma estava abaixada, e fora do meu campo de visão.

— Emma, são que horas? — olho
para o relógio no móvel ao meu lado, arregalando os olhos ao ver que não
eram nem seis da manhã — Emma...
Volta pra cama —

— Eu tenho que acabar de me arrumar, amor. Hoje é meu primeiro dia no cargo novo, e eu não quero... —

— Emma, amor... Volte pra cama — peço mais arrastada dessa vez, vendo ela me olhar, com o par de brinco entre os dedos.

— Eu tô ansiosa, e não consegui dormir — Emma admite, dando um suspiro cansado.

— Venha aqui, vem — chamo ela.

Minha namorada parece desistir do que ia fazer e vem em minha direção, se deitando na minha frente.

Envolvo seu corpo pequeno em um
abraço apertado, adivinhando que
ela tomou um banho por seus cabelos estarem molhados e pelo cheiro de
sabão que eu sentia de seu corpo.

Cheiro seu pescoço, dando um singelo beijo na região, e a apertando mais contra mim.

— Vá dormir, vida. Tenho certeza
que vai se sair bem — Emma se vira, abraçando meu quadril e deitando no
meu peito, suas pernas se enroscam
as minhas me deixando ainda mais aquecida e confortável.

Sua respiração que estava pesada e seu coração que batia forte, logo foram se acalmando, eu sabia que meu abraço estava lhe ajudando.

— Você vai se sair muito bem, eu sei disso — beijo sua testa.

Meu bebê fecha os olhos, caindo no sono no mesmo segundo.

Eu por outro lado, não consigo mais dormir, e fico apenas ali, velando seu sono e observando seu rosto sereno.

Emma tinha pequenas bolsas de
olheiras embaixo dos olhos, não sabia
se era por não ter dormido a noite,
como ela mesma disse, ou por ter
chorado a tarde toda depois da partida de sua família.

Me doía vê la assim, sentindo tanta saudade de seus pais. Minha vontade era trazer todos para cá, para morar na minha casa mesmo, mas não dependia só de mim, ainda tinha o visto, e eu sabia como era difícil conseguir o greencard.

Fico alguns minutos ali, observando
a dormir, e quando olho de novo no relógio, vejo que já eram sete horas. Seis e cinquenta e cinco na verdade, indicando que o relógio despertaria em cinco minutos.

— Emy... Amor... —

Ela resmunga algumas coisas, me fazendo rir um pouco, parecia um bebê daquele jeito.

— Meu amor, precisamos acordar, não quer se atrasar, certo? — ela abre os olhos rápido assim que digo aquilo, se afastando de mim — Calma, também não precisa se desesperar — rio.

— Eu só não quero chegar atrasada no meu primeiro dia de trabalho — ela responde, se espreguiçando.

— Sabe que é gerente do setor, não é? Tem dia que Zoe ao menos mostra a cara na empresa. Aquela loira oxigenada é tão folgada — murmuro, me levantando também.

Emma me olha de cima a baixo, parando seu olhar na minha virilha.

— Jenninho acordou animadinho hoje — ela comenta, rindo sozinha.

Why not? - adaptação Jemma G!POnde histórias criam vida. Descubra agora