Onze ✰

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Lá estava eu, lembrando pela milésima vez a noite anterior, o que Marília havia feito? Eu me belisquei umas três vezes depois para ter certeza de que tudo não tinha sido um sonho..
Mas tinha sido mais real do que eu
imaginava.

Suspirei, sentindo a água cair por meu corpo. Involuntariamente eu pensava como seria se fosse as mãos de Marília  fazendo o mesmo trabalho que a água fazia: passear por meu Corpo. Ou até mesmo, sua boca. Maraísa, você está completamente maluca.

Balancei a cabeça negativamente e
fechei o chuveiro. Virei-me e quase
morri ao ver Marília me observando. O que ela estava fazendo aqui?

— Estava pensando em mim, Maraísa? — Perguntou com aquele típico sorriso filho da puta nos lábios. Eu não sei qual é seu jogo comigo, mas eu te mato, Mendonça.

— E você, estava babando enquanto
observava meu corpo, Marília?
— Respondi rapidamente e ela pareceu surpresa. Seria um ponto para mim?

— Não, na verdade eu estava
pensando... Sobre ontem. — Ela se
aproximou de mim. Eu já havia saído
do box — Você é muito gostosa, Maraísa. — Engoli seco, enquanto a encarava. Marília não sairia por cima outra vez, não mesmo.

— Eu sei, Marília. E pode ter certeza
que essa gostosura toda não é para
você. Sorri, pegando minha toalha e
a enrolando em meu corpo, enquanto
ela ficava séria. Pisquei para ela e
sai, mas antes dei um tapa em seu
bumbum.

Pensei que ela iria me puxar e fazer
algo, já que isso seria bem típico
de Marília Mendonça, mas ela apenas
Sussurrou um "veremos, Maraísa", me
fazendo rir.

Marília andava de um lado para o outro enquanto discutia com alguém no telefone, ela estava nervosa. Eu podia jurar que saía fumaça de seu nariz.
Marcela estava com toda sua atenção
voltada ao filme da Barbie. Ela era
completamente apaixonada pela
Barbie, tendo uma coleção completa
que vinha desde a época de Marília, e
era seu xodó.

Encostei minha cabeça no sofá e fechei os olhos, eu estava exausta, o dia havia sido corrido. Marcela não me largou por um segundo, brinquei com ela em todos Os cantos da casa e ainda demos um mergulho na piscina. A menina estava completamente eufórica, cheia de energia — mais do que o normal.

Após alguns minutos divagando,
Marília me trouxe a realidade
enquanto conversava com Marcela.
Abri os olhos, e as observei.

— Marcela, está na hora de você ir
dormir. Já está tarde.

— Mas, mamãe, eu quero terminar
de assistir Barbie! — Ela fez bico, me
fazendo rir.

— Marcela, por favor! — Marília  não estava para brincadeira, imediatamente já comecei a me preparar para subir para meu quarto antes que sobrasse para mim.

— Levantei-me para subir com Marcela, mas Marília me chamou.

— Maraísa, fique mais um pouco, por
favor. — Sua voz agora estava mais
calma. Ela voltou a olhar para Marcela que subiu correndo para o andar de cima.

Ela foi até a cozinha e eu me sentei no
sofá, esperando qual era a bomba que
estava por vir. Após alguns minutos ela voltou e se sentou do meu lado.

— Então? — Perguntei rapidamente.
Minha curiosidade já estava me
incomodando.

— Estou com alguns problemas
com minha assessora. Ultimamente
estão falando muito de meus
relacionamentos e rolos. Falam que
eu sempre estou com uma pessoa
diferente e blá, blá, blá. — Revirou
os olhos antes de continuar — Então
querem que eu arranje uma namorada, mas eu não tenho tempo e nem vontade para isso. Não vou perder meu tempo com uma pessoa só, se posso ter várias.
Então pensei, você mora aqui, ninguém sabe que você é babá da Marcela, então... — A interrompi, já entendendo onde ela queria chegar.

— Então, pensou que eu poderia ser
sua namorada de fachada. — Concluí.

— Exatamente. O que acha? Você quer
ser minha namorada?

— Nao quero holofotes. E muito menos fama de chifruda.

— Você vai ganhar por isso, Maraísa.

— As coisas não se resumem em
dinheiro, Marília.

— Por favor.

— Não quero ser a mais famosa
chifruda do mundo.

— Eu não vou sair pegando meio
mundo enquanto "estiver com você".

— Quem garante?

— Não confia na minha palavra?

— Sinceramente? Não costumo confiar fácil nas pessoas.

— Assim você me ofende, Mara. —  Ela colocou a mão no peito com uma falsa cara de ofendida, me fazendo revirar os olhos  — Adoro quando você revira os olhos  — Ela riu.

— Adoro quando você cala a boca
— Respondo rápido, sorrindo
cinicamente.

— Adoraria que você calasse, mas não
sei se com um beijo. — Ela mordeu os
lábios. A única vontade que eu tinha
naquele momento era de matar ela.

— Prefere um soco então?

— Você sabe o que eu prefiro, Maraísa.

— Não, Marília, eu não sei. E,
sinceramente, prefiro continuar sem
saber. — Levantei-me, antes que eu
desse uns tapas em Marília ali mesmo.
Fui andando em direção a escada, mas a coisa mais irritante do mundo me puxou.

— Você não me respondeu.

— E nem pretendo — Sorri e me soltei, saindo dali. Ah, se Marília tivesse uma faca ali, eu provavelmente não estaria viva agora.

Mas, pensando bem, a proposta de
Marília poderia não ser tão ruim assim. Ou era?

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Oi gente , me perdoem pelo sumiço mais é que eu chego muito cansada do trabalho , então quase não tenho tempo pra escrever.

- Me contem o que estão achando da fic pra eu voltar mais rápido ??





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