Epílogo ✰

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       POV MARÍLIA MENDONÇA.


Quando eu decidi pedir Maraísa em casamento, minha mãe perguntou se eu tinha realmente certeza disso. Foi tão não tê-la do meu lado me apoiando em minhas decisões, há alguns anos atrás eu não tive o apoio da mesma. Talvez se eu tivesse tido ela ao meu lado, evitaria o casamento com Murilo. Mas aí não teria tido Marcela e consequentemente não conheceria Maraísa.

Assim que coloquei em minha cabeça que a pediria em casamento, fui falar com a minha mãe e, mesmo que ela estivesse me apoiando, eu senti muito mais firmeza da parte do meu pai, como sempre.

FLASHBACK ON

Sentei-me no sofá de frente para minha mãe que me olhava sorrindo. Ela não deveria achar que eu iria confiar nela tão fácil assim.

— O que você quer me falar, filha?

— Eu estou querendo pedir maraísa em casamento, mamãe.

— Mas já, minha filha? Você não disse que vocês não estão nem a um ano juntas?

— Sim, mamãe. Mas eu sinto que não preciso me importar com o tempo, eu sei que vamos continuar juntas.

— Filha... — Ela suspirou — Não quero que você se arrependa depois.

— Não vou. Sei que você se preocupa, mas eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida.

— Você disse isso quando me falou que se casaria com Murilo.

— Eu tinha apenas vinte anos. Agora eu já tenho 32, sou uma mulher, sei o que eu quero.

— Bem, minha filha, vou te apoiar em sua decisão. Sei que você a ama e eu vejo o quanto ela te ama também, sem contar que Marcela só sabe falar dela.

— Sim, Marcela realmente ama a Mara. — Sorri.

— Seus olhos brilham quando você fala delas.

— É porque elas são as pessoas mais importantes na minha vida.

— Faça o que seu coração mandar, filha. — Abracei-a forte e ouvi a porta da sala se abrir, afastei-me para olhar quem era, e era meu pai.

Ele sorriu ao me ver e eu levantei correndo para abraça-lo, como eu fazia antigamente quando ele chegava do trabalho. Eu estava feliz por ainda ter a chance de fazer de novo.

— O que faz aqui, minha princesa? — Sorri ao ouvir o apelido tão conhecido por mim, e mesmo que hoje eu não fosse tão fã desse apelido, adorei ouvir ele me chamando assim novamente.

— Vou preparar o jantar. Já volto — Minha mãe disse e foi para a cozinha.

— A que devo a honra de sua visita, minha filha? — Ele perguntou.

— Eu estou com uma coisa na cabeça, papai.

— Vamos nos sentar aqui, e você me conta — Ele segurou minha mão e me puxou até o sofá. Nos sentamos e quando se tratava de uma conversa com meu pai, eu não sentia medo de falar.

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