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Eu estava preparando o café da manhã. Marília ainda dormia e eu senti uma vontade de fazer algo pra ela, então resolvi fazer ovos mexidos e meu tão amado suco de laranja.

Maria não estava em casa, chegaria
um pouco mais tarde, Marcela estava
com ela desde o dia em que discuti
com Marília. Seu sobrinho estava lá
e Cela quis ficar lá pra brincar com
ele. Marília até ia buscar, mas Maria
insistiu que Marcela dormisse lá.

Levei um pequeno susto quando senti
braços envolverem minha cintura e em seguida um beijo demorado em minha nuca, minha Marilinha estava ali. Não pude evitar o sorriso gigante que se formou em meus lábios, eu era uma boba por ela.

— Bom dia, princesa.— Ela repousou sua cabeça em meu ombro e sua voz de sono me deixava mais apaixonada.

— Bom dia, meu amor. — Ela me apertou mais e aquele sorriso bobo ainda brincava em meus lábios.

— Não gostei de acordar e não sentir
seu corpo na cama.— Coloquei o ovo
mexido no prato e apaguei o fogo,
virando de frente para ela.

— Eu queria preparar um café da
manhã para você. Fiz ovos mexidos e
suco de laranja.

— Não precisava, amor. Maria logo vai chegar.

— Era o mínimo que eu podia fazer
depois da melhor noite da minha vida.

— Coisa mais linda. — Sorriu e me puxou para um beijo, calmo e gostoso. Ah, eu amava aquele beijo.

— Vamos comer, amor. — Eu disse
quando paramos o beijo. Ela assentiu e nos sentamos à mesa para comer — Está muito longe de ser aquele banquete de todos os dias, mas eu fiz com amor.

— Maraísa, pare de ser fofa desse jeito. Porra, difícil não te beijar vinte e quatro horas por dia.

— Então me beija. — Sorri tímida.

Ela se inclinou para frente e me beijou. Eu já disse que amo o beijo dela? Meu Deus, é maravilhoso.

Marília me puxou para seu colo sem
parar o beijo e me apertou, passou sua mão por minha coxa e apertou.

— Ai meu Deus!!! Vocês estão
namorando??? —  Uma voz doce
conhecida por nós disse e nos
levantamos rapidamente.

— Oi, Marcela! — Sorri, sem jeito. Como se ela entendesse que as coisas estavam prestes esquentar.

Fui até ela e a peguei no colo,
abraçando-a forte. Eu estava com
saudades.

— Você e a mamãe então namorando
Maraísa?

— Estamos, Marcela.

— Então, Maraísa é minha outra mãe?

Meu queixo caiu. Jamais esperaria uma pergunta dessas, não agora. Eu não sabia o que responder, apenas encarei Marília pedindo ajuda para sair dessa situação.

— Sim, Marcela. Podemos considerar ela sua outra mãe, sim. — Marília disse e eu encarei-a confusa. Ok, depois eu precisava entender isso direito.

— Oba! — Ela gritou e me abraçou. Seu sorriso era tão encantador.

— Estou feliz por vocês, meninas. —
Maria, que até então apenas observava sorrindo, falou.

— Muito obrigada, Maria. — Dissemos
juntas e sorrimos.

— Vê se agora toma jeito, dona Marília Mendonça.

— Pode deixar. — Ela sorriu enquanto
terminava de comer o café da manhã
que eu havia feito para ela e eu
nem havia percebido que ela tinha
começado.

A New Chance For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora