Vinte e dois ✰

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Acordei sentindo os braços de Marília me envolvendo, ela me apertava como se não quisesse que eu saísse dali. Se essa fosse a real intenção, ela não precisava disso, eu jamais iria querer sair dali.

Virei-me de frente pra ela com cuidado e confirmei que ela ainda estava dormindo. Linda, como sempre.

Acariciei seu rosto e sorri, tudo parecia tão bom agora, eu queria que durasse muito tempo.

Ficar com ela estava me fazendo tão bem, que era difícil de explicar. Logo a garota que eu não gostava, que tinha atitudes horríveis. E eu não sei dizer ao certo quando foi que o ódio virou amor, mas sempre ouvi dizer que amor e ódio andam juntos e agora eu até concordava com isso.

A melhor parte disso tudo, era descobrir que por trás daquela Marília durona, arrogante , egoísta existe uma Marília amorosa.

— Bom dia, meu amor – A voz de Marília me despertou de meus pensamentos.

— Bom dia, amor. Sorri e selei nossos lábios.

— Adorei acordar com essa visão
Encarei-a confusa e ao sentir ela passar a mão por meu corpo que estava nu, entendi.

— Você não vale nada, Mendonça. Encarei semi-cerrando os olhos, fazendo a rir.

Ela puxou-me para um beijo, ficando meio por cima de mim, suas mãos passearam por meu corpo e desceram até minha intimidade, Marília acariciou meu clitóris com movimentos lentos, conforme a intensidade do beijo ia aumentando, ela aumentava o ritmo dos movimentos. Mordi seus lábios quando ela me penetrou com dois dedos.
Seus movimentos eram rápidos e eu tentava segurar os gemidos, Marcela com certeza estava acordada e Maria certamente estava lá. Mas, quando ela penetrou mais um dedo, eu esqueci completamente e soltei um grito.

Marília começou a beijar meu pescoço, eu senti meu corpo inteiro se arrepiar. Meus gemidos eram baixos e eu ainda tentava conte-los. Como ela conseguia me deixar assim? Como era possível ela ter todo esse efeito sobre mim?

— Gostosa — Ela sussurrou em meu ouvido e mordeu o lóbulo da minha orelha.

— Você vai me enlouquecer, Marília. –Mordi meus lábios, fechando os olhos.

— Essa é a intenção. – Ela desceu os beijos por meu colo, até meus seios. Começou a chupar meu seio direito, me fazendo gemer mais alto. Senti ela mordiscar o bico e puxar devagar. Puta merda. Faltava pouco para o meu orgasmo. Marília parou com os movimentos, desceu os beijos até minha intimidade e abriu mais minhas pernas, ficando entre elas. Ela beijou minha coxa e depois minha virilha, passou a língua por meu sexo e voltou a me penetrar com dois dedos, enquanto continuava os movimentos com a língua.

Eu me contorcia, gemia, apertava os lençóis e mordia os lábios. Não precisou de muito tempo para que eu chegasse ao meu ápice.
Marília sorriu satisfeita e beijou minha intimidade. Depois, subiu os beijos por meu corpo até minha boca e me deu um selinho demorado.

— A noite continuaremos, viu? Porque agora precisamos
Precisamos levantar. – Ela fitou o relógio e eu a acompanhei. Era 11:30AM e Luísa e Maiara viriam almoçar aqui, finalmente.

— Tudo bem, mas irei cobrar – Fiz bico e ela riu.

-— Pode cobrar, meu amor. – Ela selou nossos lábios e nós fomos para o banheiro tomar um banho  sem malícia.

Sorri ao ouvir o interfone tocar.
Corri até a porta  e Luísa estava lá com Maiara, quase pulei em Luísa para abraça-la. Eu estava morrendo de saudades da minha melhor amiga. Depois, cumprimentei a Maiara e elas entraram.

Do mesmo jeito que cumprimentei Luísa, Marília cumprimentou Maiara . E, por incrível pareça, eu não senti ciúmes. Marília havia me dito que mesmo depois de terem  ficado, elas se tornaram muito amigas . Ela disse que sempre foi sexo sem compromisso, e mesmo assim eu não senti ciúmes, porque eu ia com a cara da Maiara.

Marcela desceu as escadas correndo com maria gritando atrás dela para que ela tivesse cuidado.

Ao ver Maiara ela deu um grito e quase pulou em seu colo. Ri com a cena. Eu já sabia que a pequena era bem apegada a Mai.

— Eu estava com saudades de você, pequena! Maiara disse sorrindo.

—  Eu também, tia Mai . Achei que você não iria vim mais aqui.

— Eu não deixaria de ver você, Cela!

— Acho bom mesmo!– A menina disse cruzando os bracinhos, fazendo todas nós rimos.

— Eu também quero um abraço pequena . Luísa  disse e ela se jogou para o colo dela, abraçando-a.

— Você era a namorada da mamãe Isa, né?
Luísa me olhou sorrindo e voltou a olha-la.

— Sim. Mas nós somos apenas amigas agora. Eu namoro a Maiara.

— Aí meu Deus! Ela colocou as mãos no rosto – Isso é muito confuso pra mim, Mamãe estava com a tia Maiara que agora está com a tia Luísa que antes estava com a Isa  que agora está com a mamãe.

— Estou até com dor de cabeça agora! – Ela disse nos arrancando risadas mais uma vez.

Maria nos chamou para almoçar, fomos até a cozinha e nos sentamos. Marília se sentou ao meu lado e Luísa e Maiara em nossa frente, Maria se sentou em uma ponta da mesa — Eu a convidei para almoçar com a gente – e a pequena na outra.

Durante o almoço, falamos sobre coisas banais e elogiamos a comida de Maria, que ficava mais vermelha a cada elogio. Mas, o que podíamos fazer se a comida dela era divina?

Depois, fomos para a sala iríamos assistir algum filme. Marcela tinha que ir para a natação,
Por isso poderíamos assistir o filme que quiséssemos. Assim que ela saiu, fomos assistir.
Decidimos assistir American Pie, porque nos lembrava a adolescência.

— Tenho uma confissão — Falei.

— Joga na roda, amiga. — Luísa falou, rindo. Ela já sabia.

— Quando eu era pequena, assisti American Pie escondida dos meus pais.

— Maraísa!–Marília e Maiara disseram juntas enquanto riam.

— De anjinho só a cara — Luísa disse rindo.

— Não vale nada! - Marília disse.

— Hey! Eu não tenho culpa. Eu não via malícia no filme.

— Como não?— Uai. Eu não via problemas. – Dei de ombros e ri.

Então, demos play no filme e começamos a assistir. Após uns 15 minutos de filme eu resolvi ir ao banheiro, e quando voltei ouvi Luísa conversando com Marília.

— Olha, Marília, Vou ser sincera com você. cuida bem dela. Espero do fundo do meu em hipótese alguma machuque ela. Ela é como uma irmã ou até mesmo uma filha pra mim. — Sua voz era firme.

— Eu não machucaria ela, Luísa. Eu realmente gosto dela e não é pouco.

— Eu acho bom. Estou confiando em você! Não quero ver minha menina chorando por amor, a não ser que seja de felicidade.

— Pode deixar, Luísa. Eu jamais machucaria ela. — Ri com a situação, Luísa era muito importante pra mim. Logo apareci na sala, elas fingiram que nada tinha acontecido e me sentei ao lado de Marília, deitando minha cabeça em seu colo.

Continuamos assistindo o filme e depois assistimos outros. Quando deu quase 18:00 as meninas foram embora, já que havíamos combinado de irmos em uma boate nessa noite. Eu estava animada, queria dançar, sem contar que ia ser melhor ainda ter uma noite com Marília depois de uma bebidas e umas boas provocações.

Eu sentia, essa noite promete.

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