Dezessete ✰

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POV Marília Mendonça.


Eu sempre fui o tipo de garota
sonhadora. Pois é, quem me vê hoje
nem imagina que um dia eu já sonhei
com principes encantados.

Eu tinha uma meta na minha vida que
era de casar e ter vários filhos.

Quando eu tinha 15 anos conheci
Murilo, meu meio irmão, que dali a
alguns anos se tornaria meu marido.

Ele não era exatamente irmão de
sangue. Murilo foi adotado, mas não
era diferente para minha família, o que fez eles brigarem e ficarem indignados com a gente quando souberam que estávamos juntos.

Foi com Murilo que eu dei meu
primeiro beijo e perdi minha
virgindade. Ele foi meu primeiro em
tudo.

Eu considerava Murilo meu príncipe
encantado, até entender que os
homens não eram tudo isso. Mas,
mesmo assim, o amava muito.

Para mim, Murilo era perfeito.

Aos 20 anos me casei com ele. Foi uma
festa incrível, já que eu estava bem
financeiramente. Era modelo e estava
iniciando minha empresa.

Nossa família nunca apoiou muito. Meu pai até que não via tanto problema, mas minha mãe..

Algum tempo depois que completei 22
anos, dei à luz a Marcela. Eu nunca me senti tão feliz.

Pela primeira vez, eu me sentia
completa. Eu tinha uma família e meu
sonho havia se realizado.

Minha carreira de modelo estava
no auge, era chamada para muitas
campanhas publicitárias que me
proporcionaram muito dinheiro
e fama. E minha agência estava
crescendo cada vez mais.

Com o nascimento de cela, eu decidi
que estava na hora de me dedicar
somente a ela, então resolvi que
pararia com minha carreira de modelo e me dedicaria a minha agência.

Murilo estava terminando sua
faculdade, mas já ajudava nosso tio no
hospital. Ele era muito dedicado e com certeza seria um médico de sucesso.

Estava tudo indo maravilhosamente
bem, eu podia me considerar
facilmente a mulher mais feliz do
mundo. E isso durou por 2 anos.

11/07/2014. O dia que eu costumo dizer que meu meu mundo desabou por completo e eu me tornei a Marília que sou hoje.

Era para ser apenas mais um dia
comum. Murilo havia passado o dia
todo fora de casa, supostamente por
causa do hospital e da faculdade.

Normalmente ele chegava as 11:30PM
em casa. Havíamos combinado
que quando ele chegasse iríamos...
Aproveitar.

Mas, deu 12:00AM e ele não tinha
aparecido ainda.

Flashback on

Liguei para o número tão conhecido
pela décima vez, ele não me atendia e
eu já começava a me desesperar. Ele
sempre atendia minhas ligações.

Passei as mãos pelos cabelos enquanto
andava de um lado para o outro.

Resolvi esperar mais alguns minutos
para ligar novamente, mas nesse
tempo meu celular tocou e eu atendi
rapidamente

— Alô? Murilo? — Perguntei
desesperada.

— Senhorita Mendonça. Meu nome é
Marcos. O dono desse telefone se chama Murilo?

— Sim. O que aconteceu?

— Ele sofreu um acidente alguns
quilômetros de Nova York.

A New Chance For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora