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— [Nome]!,  você tem algum tipo problema na cabeça?! - Minha mãe diz assim que entramos no meu apartamento.

Fecho os olhos me sentando no sofá. Estava tão cansada que não conseguia nem respondê-la.

— Hein, [Nome], me reaponda!

- Mãe.

A corto antes de mais alguma fala.

— Sempre foi algo que ele queria fazer, você tem ideia do quanto ele desprezava Leone? O cara o detestava.- Digo sentindo um gosto amargo na boca.

— Mesmo assim [Nome], você acha que o que fez foi bom? Te deixou feliz?!

— Claro que não me deixou mãe.- Suspiro fundo. Só queria ficar sozinha.— Queria ter feito pior.- Sussurro a última parte.

Minha mãe respirou fundo, prendeu o nariz com os dedos buscando calma.

— Eu te amo.

— Ai, não enche [Nome].- Minha mãe entra no quarto de hóspedes.

—...- Frango levemente o cena por sentir dor de cabeça.— Ah...

[. . .]

— Eu farei um café da tarde para nós, vai quer?- Minha mãe pergunta assim que eu saio do box. Apenas com a toalha na cintura.

— Sim...

— Meu deus hein, nessa geladeira só tem merda!- Minha mãe diz em relação a comida. — Céus...! Péssima ideia de ter te deixado sair de casa!

— Pff...- Rio enquanto ponho a minha regata preta e a calça moletom. Sabia que a minha mãe queria amenizar um pouco aquele clima ruim.

Mary sorriu ao ouvir sua filha.

— São seis horas/pm?- Minha mãe franze o cenho olhando seu celular.— Eu vou ao mercado, acho que eu vou demorar, vou fazer uma bela de uma compra.- Mary diz pegando as chaves do carro que estava na bolsa e saindo.- Ah, te amo filha.- Disse antes de quase fechar a porta.

— Idem...

Olhei de canto para o armário de bebidas, indo até lá.

— Qual era a música que você gostava mesmo?- Ligo a
Caixa de som procurando a música.

Sorrio quando acho Pretty Woman.

— Um branco desse gostando de música de negão...- Sorrio achando legal.- Não tenho preconceitos...

Estava disposta a ficar apenas com as memórias boas dele em minha cabeça. O velho não gostaria de me ver chorando, e sim pensando no futuro da agência.

[. . .]

Depois de umas garrafas de vinho, eu já estava ruim pra caralho. Bateram 20:00pm e minha mãe não havia voltado.

Mas nesse exato momento acabei de receber uma notificação dela. Franzi os olhos e a sobrancelha pelo brilho da tela

Filha! Deixei as compras lá embaixo com o porteiro,
cheguei agora a pouco, não se esqueça de ir lá em baixo pegar.

Escrevi algo, não me lembro, mas escrevi alguma coisa.

Rolei a lista de contatos vendo o contato de Senju, e pensei em ligar pra ela... O que merda eu estava pensando?

Chamar ela para beber comigo...

Não seria uma má idéia.

Muito pelo contrário.

Porra [Nome]... Acorda caralho!..

— Senju...-

" Hum... Sim?" Diz ela com aquela voizinha gostosa de ouvir,
Voz que quem está com sono.

Por um segundo minha cabeça construiu a imagem de Emma falando toda sonolenta comigo.

Porra só podia ser o vinho.

— Quer vir aqui?

" Para?" Pergunta, o que em Senju mais me chamava atenção era a sua ousadia "O dia foi muito cansativo [Nome], você deveria descansar."

— E o que você faz quando não sente sono? Fica acordado,- acendo o cigarro, tragando.— No meu caso é isso.

— O que você quer exatamente [Nome]? Quer que eu vá ai?- Pegunta ela do outro lado da linha. Senju riu.— Quer que eu vá até ai e te dê um leitinho quente pra dormir?

Senju não sabia de onde havia tirado aquela ousadia. Mas estava achando divertido brincar com ela. O pior era que a frase nem carregava duplo sentido.

— Uhum... Quero, você vai me dar...?- Senju arregalou os olhos sentindo seu rosto esquentar.

Badump

"..." Senju sentiu uma eletricidade percorrer seu corpo, quando percebeu a provocação.

— Eu vou ter que ir aí te buscar...?- Se levantou do até a sacada.

" Sim, se você não vier eu não vou..."



Delicato; Emma SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora