exigências?

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Após entrar no banheiro, fecho rapidamente a porta. 

E lavo o meu rosto em frente ao espelho.

Logo no meu aniversário… isso deixa tudo mais dramático! Que saco. 

Escuto uma batida na porta. 

Só pode ser o chato do estagiário, deve ter ficado com pena. 

— Oi… Você tá bem aí?

Ah, que homem chato! Como mando ele ir “pastar” de uma forma educada?

— Estou bem, obrigada! Você já pode ir.

— Só quero falar com você… é rápido.

Suspiro e abro a porta do banheiro, ficando cara a cara com ele. 

Então ele começa a falar.

— Olha, me desculpa! De verdade, eu não deveria ter me metido. Eu não sei o que deu em mim. 

— Não precisa pedir desculpa, sério. 

— Claro que tenho! Te fiz chorar…

— Quem me fez chorar foi ele, não você. Tá tudo bem, sério. Agradeço por você ter me falado, só não entendo o porquê. 

— Como assim?

— Muitos não dariam a mínima. Você sabe, né?

— Eu sei! Eu só não consigo ser assim.

— Você é um intrometido de natureza, então?

— Exatamente.

Nós rimos.

— Kaike…

— Sim?

— Acho melhor você ir. 

— Ah, claro. Sim. Mas, qual é o seu nome? 

Ele diz de uma forma atrapalhada, que me tira um sorriso.

— Marina.

Ele sorri e então dou um tchauzinho com a mão, não quero parecer grossa, mas ele precisa ir embora antes que o meu irmão o veja aqui. 

Quando ele está prestes a ir embora, ele dá a meia volta.

— Uma dica… converse com o cara antes! Deixa ele se explicar. 

— Hum, vou pensar nisso. Obrigada.

— Disponha!

Com isso, ele sai e fecha a porta do banheiro. Enfim, a sós.

Eu deveria perguntar ao Vitor? 

O que ele me diria? Que é uma prima ou sei lá…

Ah, nossa! Tenho que ouvir a versão dele e tirar as minhas próprias conclusões.

Retoco o meu rímel e saio confiante do banheiro. Vou em direção ao quarto dele.

Olho na janela da porta e vejo o Lucas lá dentro. 

— Lucas, eu quero falar com o Vitor, prometo ser rápida.

Vejo o meu irmão bufar e então ele sai da sala.

Aproveitando a ausência do meu irmão, entro rapidamente.

— O que você tá aprontando? 

Ele fala risonho.

Mas quando olho para ele irritada, ele se cala.

— Alguém a mais te visitou? 

— Só vocês.

Ele tá mentindo pra mim? Ele vai ver só.

— Tem certeza? 

— Onde você tá querendo chegar? 

— Uma loira. 

— O quê? 

— Me disseram que você recebeu uma mulher aqui.

— Quem tá te contando essas histórias mentirosas? 

— Ah, agora são histórias? 

— Meu Deus! A gente nem começou a namorar e já tivemos tantas brigas. 

— Então é melhor a gente nem continuar com essa palhaçada. 

Eu bufo enraivecida.

— Não faz assim, Marina! Gosto tanto de você. 

— Então, seja honesto comigo. 

Ele olha para as suas mãos e suspira.

— Vem cá.

Vou até ele desconfiada. 

E então ele pega em minha mão.

— Vou ser sincero porque quero que dê certo. 

— É o mínimo.

— Eu não sou um cara que opta por relacionamento. Você me conhece.

— Eu sei, Don Juan.

Ele ri.

— É sério, Marina! Tenho muitas ficantes por aí… e essa loira é uma delas. Eu não chamei ela até aqui. A menina veio por conta própria. 

— Sei…

— Olha, ninguém sabe que estou sério agora. 

— Então, é bom você agilizar isso. Eu não sou nenhuma tonta, Vitor.

— Sei disso. Você é diferente, eu gosto como você exige as coisas, mas às vezes me irrita.

— Eu só te peço o mínimo, Vitor. Só quero que me respeite, só isso.

Ele concorda com a cabeça e então muda de assunto.

— Bem que você poderia ficar aqui. 

— Não sei não…

— A gente poderia assistir filme. Só nós, sem nenhum Lucas pra atrapalhar.

— Dormir em um hospital não é muito a minha vibe. 

— Ah, por favor! Vai me deixar sozinho? 

Notas da autora:

Espero que tenham gostado e aguardem os próximos episódios. Fiquem na paz.

O meu diário secreto para Deus- ROMANCE CRISTÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora