O meu diário secreto para Deus- ROMANCE CRISTÃO

desculpa, mana.

Pov Marina:

— Dorme.

Ele sai às pressas do quarto.

Nossa, eu sou muito chata. Ele deve tá cansado de mim…

Suspiro e me deito na cama, mas as minhas lembranças me impedem de descansar, só consigo pensar em tudo o que me aconteceu hoje. 

O fato de o Vitor ter me enganado e ter sido agressivo. Ele não me ama coisa nenhuma.

Começo a chorar.

Quem faz isso com quem ama?

Eu pego o meu telefone e abro nas notas, convencida a conversar com Ele.

04/01/23.

Humor: todos.

Estou sentindo um misto de sentimentos.

A alegria por ter me reconciliado com o Kaike.

A raiva por ter confiado no Vitor.

Estresse, por ter sido expulsa pelo meu próprio irmão.

Saudade dos meus pais e confusa por não saber onde eles estão.

Me sinto angustiada, pois não entendo o motivo de todos esses acontecimentos. Jesus, eu me sinto um caco! A cima de todos esses sentimentos que listei, eu me sinto esgotada. Sentir todos esses sentimentos de uma vez só não é nada bom. Tudo isso aconteceu em apenas um dia. Agradeço pelo Kaike ter me tirado de lá, sei que ele é um enviado do Senhor. Eu me sinto bem com ele, acho que ele sente o mesmo. Não entendo o porquê dele ter sonhado comigo, isso é surreal. 

Ele sonhava comigo, sem nem me conhecer, e desenvolveu sentimentos. Isso é forte, não tem como eu fingir que não. Quando ele falou isso para mim, senti um friozinho na barriga. Ele estava tão fofo, todo tímido, me contando.

Não aguento ter tantos sentimentos em apenas um dia. Isso me deixa confusa. Escrevo sobre, mas mesmo assim não esclarece nada, só me confunde mais. O Vitor vai me procurar e eu tenho medo da desculpa que ele inventará. E se eu me deixar levar? E se eu reatar com ele? Não posso acreditar que posso consertar ele. Não é assim que funciona. Ele vai só me quebrar mais, desde que aceitei os sentimentos dele por mim, a minha vida anda uma loucura. Antes do Vitor, eu estava tão bem, não só comigo mesma, mas a minha conexão com o Senhor era mais forte.

Mas graças ao acidente do Vitor, eu pude conhecer o Kaike. Espero que ele esteja sempre comigo.

Largo o telefone, sentindo uma leve dor de cabeça.

Suspiro e me deito na cama e em poucos minutos eu apago.

…

Acordo com o meu telefone, vibrando e tocando um som muito alto.

Me desperto assustada.

Olho para a porta e vejo o Kaike sonolento.

— Que barulho é esse?

Eu pego rapidamente e vejo que o meu irmão está me ligando incansavelmente, e então atendo a chamada.

— Alô!

Digo, irritada.

— ONDE VOCÊ TÁ?

Afasto o telefone com o grito.

— Estou com um amigo.

— O quê? Me manda a localização agora! Estou indo.

Ele desliga a chamada, parecendo uma fera.

Respiro fundo e mando a localização pra ele.

O Kaike caminha até mim e se senta ao meu lado.