egoísta

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Pov Marina:

Vejo o meu pai, totalmente confuso, esperando uma resposta válida.

— Estou esperando!

Ele fala, nos deixando tensos.
Seco as minhas lágrimas e dou um leve sorriso.

— Está tudo bem,pai.

Eu digo tranquilamente, mas ele não parece convencido.

— Por que está mentindo para mim?

Ele diz num tom áspero, que me arrepia de medo.

Eu não sirvo para mentiras, além de não saber contar, me sinto mal.

— O que você fez, Lucas?
Ele faz outra pergunta.

Instintivamente eu olho para o meu irmão, que friamente pensa em uma resposta, que faça sentido.

— A Marina não foi para o evento da igreja, eu prometi que iria levá-la, mas acabei me esquecendo. Ela tá triste porque prometeu ao líder que iria ir, está se sentindo mal, por furar com ele.

Nossa, como ele inventou isso tão rápido? Foi muito convincente, eu certamente choraria por um motivo desses. Olho para ele surpresa e após isso, afirmo com a cabeça, para o meu pai.

Vejo o nosso pai, nos olhando seriamente e então ele entra no nosso quarto e fecha a porta.

— Vocês não me enganam! Qual foi a burrada da vez?
Ele diz seriamente.

O Lucas bufa.

— É tão ruim assim?
O meu pai diz preocupado.
E eu não consigo segurar o choro.
Começo a chorar sem parar, assustando o meu pai.
Ele não pode saber, o meu pai é muito radical, ele brigaria muito feio com o Lucas.

— O que foi, querida?
Ele se senta ao meu lado.

E eu penso em qualquer besteira, que o convença.

— Eu e o Vitor terminamos, acabou tudo.

— O quê? Não sabia que estavam namorando...
O meu pai diz confuso.
Vejo o meu irmão inquieto e isso me deixa nervosa.

— É, estávamos quase lá. Mas não deu.
Eu digo nervosa.

— Me explica isso melhor, filha. A sua mãe já sabia desse relacionamento? Qualquer coisa a gente pode conversar com o Vitor, talvez seja um mal entendido...

O Lucas interrompe o meu pai.

— É tudo culpa minha, pai! O Vitor é um cara terrível, ele tratou a Marina mal e eu podia ter a protegido, mas ao invés disso eu a expulsei de casa! Mandei o Vitor levar ela, para bem longe, porque dei uma festa escondido. O Vitor se aproveitou, da situação e bateu na Marina e assediou. É tudo culpa minha. Ainda fiz ela mentir para vocês... mas graças a Deus, um amigo dela, foi lá para buscá-la! Porque se dependesse de mim, ela ainda estaria lá com o Vitor.

Olho assustada para o meu irmão.

Vejo o meu pai paralisado, sem nenhuma reação, parece ainda estar assimilando tudo.

— Sai da minha casa.
O meu pai fala, sem olhar para o Lucas.

— Pera aí, pai!
Eu falo desacreditada.

Vejo o meu irmão se levantar da cama rapidamente.

— Não, você vai ficar! Fala pra ele, Lucas, você se arrepende. Você me disse hoje no carro. Conta pra ele.

Eu seguro o braço do meu irmão e digo nervosamente.

— Isso não muda em nada, Marina.
O Lucas diz friamente.

— Papai, por favor! O Lucas confiava no Vitor, eram melhores amigos, não tinha como saber. Não culpe ele! A culpa é do Vitor somente.
Argumento, de uma forma desesperada.

— O Lucas já é um homem, tem 27 anos, é claro que ele sabia que o Vitor agia violentamente. Ele anulou esse fato, para conseguir o que queria. Não importando se a irmã estava ou não em perigo. Ele só pensa em si mesmo e já não é de hoje. Eu não tenho filho egoísta! Pode ir embora e não me chame mais de pai.

O meu irmão se solta do meu aperto e vai embora chateado.

Então eu começo a chorar.

Notas:
Em breve mais capítulos. Avaliem.

O meu diário secreto para Deus- ROMANCE CRISTÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora