O aviso dos céus

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(Capítulo sensível)

...

- Eu não vou passar a noite com você. Quero que me deixe na Miriam.

- Marina! Não dá.

Ele diz impaciente, acho que as minhas palavras o machucaram, mas é a verdade. Não quero ficar aqui com ele. Me sinto traída.

Ele suspira, e se aproxima de mim.

- Me desculpa, Marina.

Ele beija o meu rosto e eu desvio o meu olhar.

Quando ele faz isso, eu acabo perdoando. Sei que tenho que perdoar, mas não significa que devemos continuar juntos.

Ele me olha, com aquele olhar tristonho, e eu sinto aquele frio na barriga novamente. Eu não posso ceder.

- Para com isso!

Saio do carro e ele sai também, muito confuso.

- Mas eu não fiz nada.

- Você quer me persuadir.

- Eu só estava me desculpando, não quero te convencer a nada. Você é quem sabe, Mari.

Olho para o chão, pensativa.

- Tá, eu vou ficar aqui, mas não significa que estamos bem, porque não estamos.

Ele concorda com a cabeça.

E então, se direciona para a porta de sua casa, para abrir.

E eu vou logo atrás, confesso que estou um pouco curiosa, sempre tive vontade de conhecer a casa do Vitor.

Eu suspiro, digamos que um pouco animada demais. Ele percebe e sorri para mim, não consigo evitar, sou mole demais.

Dou um leve sorriso, me segurando para não rir.

Quando ele abre a porta, ele se afasta para que eu entre primeiro.

Que casa mais arrumada, olho chocada.

- E aí? O que achou?

- Arrumada demais, para um homem que mora sozinho.

Ele ri.

- Já vai começar com paranoia?

- Eu não...

Passo pela casa, observando tudo. Ela é pequena, ótima para uma pessoa.

- Aqui é o meu quarto.

Entro curiosa.

A primeira coisa que noto é uma estante cheia de álcool, tem de tudo o que você pode imaginar, desde o vinho até a famosa pinga.

- Não sabia que você bebia.

Falo desacreditada.

- Só de vez em quando.

Ele diz envergonhado, o que não me convence muito.

Nego com a cabeça indignada.

- Não é sempre que bebo, Mari. Só quando estou... triste ou muito irritado, sei lá.

- A bebida só piora a situação, você precisa é de Deus.

Ele não me responde, ele aparenta estar muito chateado.

O Vitor passa a mão pelos meus cabelos, com um sorriso fraco.

- Não faz isso.

Eu digo, enquanto me afasto.

- Poxa, Marina! Você vai ficar distante assim, até quando?

- Até eu ter confiança em você de novo, no momento, eu não tenho.

O meu diário secreto para Deus- ROMANCE CRISTÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora