O INEVITÁVEL - parte 4

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Oii! Fui corrigir a história para republicar no spirit e simplesmente descobri que essa parte estava no capitulo errado! 

Mas agora já está tudo arrumado. Podemos seguir em paz com nossos Jikook sendo gays. 

Boa leitura!

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A fome choramingou por atenção e decidiram ir a um restaurante qualquer ali por perto mesmo, fazendo com que aquele joguinho de brincadeiras, desabafos, descobertas e flertes sem fim durasse por mais tempo, até que finalmente notassem como estava tarde e ainda tinham um longo caminho de volta para casa.

A todo custo Jungkook tentava captar sinais verdes para se aproximar ainda mais. Sentia incômodo físico e psicológico por não beijar a boca que tanto almejava. Mas Jimin tentou bravamente resistir ao inevitável mesmo que seu corpo já não aguentasse mais ficar longe e precisasse do mínimo toque que fosse.

- Viu? - Jungkook sorri e pega o capacete reserva de volta após estacionar próximo ao carro de Jimin. - Ninguém morreu. Eu sou um bom motorista, ou não sou?

- Não vou te elogiar por ter feito o mínimo, Kookie. - Jimin ri e acende a tela do celular para verificar as horas. Não queria que o tempo tivesse passado tão rápido assim e já fosse quase 1h da manhã.

Jungkook viu seu próprio braço se erguer e seu dedo indicador arrumar os fios de cabelo de Jimin que caiam em seus olhos pequenos, e não conseguiu fazer nada para impedir tal movimento. Mas foi isso o que fez Jimin levantar o rosto e esquecer que já era muito tarde e que isso teria consequências no dia seguinte.

A troca de olhar era intensa e Jungkook deu um passo para frente ainda arrumando o cabelo loiro e macio de Jimin, que nem piscava. Então, desce a mão num movimento lento e leve, tocando o rosto do mais velho primeiro com a ponta dos dedos e depois encaixando a palma inteira em forma de concha em sua mandíbula. Era como encontrar mais uma peça que faltava num quebra cabeça bonito demais para permanecer desmontado.

Mais um passo corajoso e sedento é dado para frente, deixando Jimin muito ciente de que não imporia resistência ao que quer que fosse acontecer entre eles a partir dali, seja lá o que isso significasse.

Que acontecesse o que tivesse que acontecer, afinal de contas.

- Eu quero muito te beijar agora, Jiminssi - o mais novo praticamente sussurrou e deu mais um micro passo para frente, abaixando mais o rosto e fixando o olhar na boca carnuda do outro - mas não vou me mover para além disso se você não me disser que posso.

Jungkook não cometeria o mesmo erro de roubar beijos alheios sem saber se tinha liberdade para tal, principalmente se tratando de Jimin. Ele precisou perseverar um pouco demais para viver aquele momento com o mais baixo e não jogaria tudo pro alto com uma atitude tomada apenas pelo desejo de seu corpo - e alma.

A confissão sussurrada de Jungkook não foi nem de longe uma surpresa para Jimin que fechou os olhos com um sorriso leve e levantou um pouco o rosto, ficando tão próximo que a ponta de seu nariz raspava no nariz do tatuado.

Sem saber de onde arranjou forças para isso, Jungkook fechou os olhos e esperou, deixando que o mais velho o guiasse em um beijinho de esquimó sutil até que os lábios fartos finalmente encostassem rapidamente nos seus, como se fosse sem querer.

Jungkook umedece os lábios e aproxima o rosto com a boca entreaberta, mas Jimin afasta só um pouquinho na mesma hora, causando um enrugar na testa do maior que já está sofrendo pela impaciência. Ele precisa urgentemente prender aquela boca em seus dentes e puxar, e é o que ele tenta fazer novamente, mas sem sucesso, escutando uma risadinha baixinha de Jimin. Este encosta a testa na de Jungkook e umedece os próprios lábios com a língua.

- Jiminssi... - Jungkook sussurra sedutor, novamente arrancando uma risada baixa do menor.

- Jungkookssi... - Desgruda a testa aos poucos e levanta os calcanhares do chão. As mãos se estabilizam firmes apoiadas nos ombros de Jungkook enquanto o outro continua com a destra no rosto de Jimin. Como uma resposta automática ao movimento feito pelo menor, Jungkook deixa que sua mão livre corra para a cintura do loiro e se mantém firme no toque.

Ficando da altura de Jungkook, passa um dos braços pela nuca do rapaz e sobe a outra mão até o pescoço do maior, e assim finalmente repousa os lábios nos do outro em um selinho demorado que rapidamente vira um beijo faminto de curiosidade, desejo e cor.

Jungkook puxa Jimin pela cintura e o envolve num aperto firme que arrepia o menor da cabeça aos pés. As bocas se encaixam com uma maestria nunca antes sentida por nenhum dos dois e quando o primeiro encontro das línguas acontece, parecia possível escutar pequenos sinos ressoando e avisando que aquele encontro era para além da carne. Era alma, corpo e mente dançando em completa comunhão a mais bela das canções.

Nenhum dos dois conseguia findar aquele beijo que parecia matar uma saudade antiga e desconhecida, porém enorme no peito de cada um, mas quando a felicidade em Jungkook estava muito maior do que ele poderia conter, deu alguns selinhos em Jimin e passou a deixar beijinhos por todo o rosto do menor, findando com um beijo carinhoso na testa e um abraço apertado regado de risadinhas gostosas que apenas Jimin era capaz de oferecer.

Jungkook finalmente verbalizou o que melhor definia o pequeno para ele:

- Fofo.

Abraçou mais forte o corpo pequeno todo desmantelado de tanto carinho em seus braços e enfiou o rosto nos cabelos cheirosos e macios do loiro, que mantinha os braços enlaçados no pescoço de Jungkook, os pés firmados na meia ponta dos dedos e sorria como se não existisse um único problema na face da Terra capaz de o perturbar.

Era inevitável. Ambos sabiam disso. Sabiam que prologaram o máximo possível o marco que separava o antes e depois na vida dos dois que aquele momento representava. Aquele era o primeiro de muitos jantares, toques, conversas, risadas e beijos. Finalmente estavam prontos para viver o que era deles e somente deles. Então ali, ligados pelos lábios, alma e respirações altas e descompassadas, Jimin e Jungkook assinaram um contrato imaginário de não parar mais.

Respira fundo, fofoOnde histórias criam vida. Descubra agora