CAPÍTULO 6

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" Vuelveme a conocer, volvamos a coquetear, regresemos a las tonterías ocurrentes y las pláticas sin sentido de madrugada, vuelve a decirme que te gusto, que regrese esa ilusión de hablar todos los días, seamos tontos de nuevo, que vuelvan los suspiros y las caras ruborizadas, volvamos al inicio cuando aún no sabía que te terminaría amando"

@escritos

FEVEREIRO 2011 - ALFONSO HERRERA

Após aquele dia de reencontros no meu apartamento eu mergulhei de cabeça no novo projeto que estava tomando todo meu tempo com as gravações e os treinamentos intensivos.

Nas primeiras semanas estávamos recebendo treinamento real de policiais de como portar uma arma, atirar, como pilotar os helicópteros, essa parte em especial me deixava encantado. Tudo era muito interessante e ao mesmo tempo desgastante, principalmente nos primeiros dias de gravação.

Depois de certo tempo a correria foi diminuindo um pouco, e quando tinha algum tempo livre aproveitava para me exercitar, afinal precisava manter o corpo funcionando mediante tanto carga física no trabalho.

Já haviam se passado duas semanas do nosso reencontro... Continuávamos trocando mensagens privadas e no twitter... Na maioria das vezes relembrando histórias de bastidores da novela, dos shows... ou simplesmente contando algo que havia ocorrido durante o nosso dia ou comentando alguma notícia.

Por exemplo, a poucos dias havia acontecido uma garfe com um jornalista muito famoso no México (Lopez- Doriga), que nos fez rir muito, e acabamos adicionando a palavra em nossas conversas : ¿JUAYY?

Gostava também de implicar com ela, mandar mensagens repetidas, ou me fingir de chateado por algo que ela tenha falado e ver ela tentando se desculpar enquanto morria de rir lendo do outro lado. Ela sempre despertara meu lado moleque, brincalhão...

Vez ou outra vinha à tona recordações mais íntimas, de quando estávamos "juntos", lembranças engraçadas que apenas nós dois havíamos vivido. Mas Anahi sempre demonstrara muita tranquilidade em falar sobre, não procurava mudar de assunto, parecia estar bem a vontade, sempre levando para o lado divertido, isso era uma forma de proteção... Mas eram apenas mensagens, estaria ela preparada para conversar sobre essas recordações frente a frente? Precisava vê-la pessoalmente.

Estávamos combinando de nos encontrar com os outros, ter uma noite para relaxar como da outra vez, mas precisava de espaço nas gravações e só conseguiria no começo de março.

Ter Anahi tão inserida na minha rotina, mesmo que apenas virtualmente, me fez pensar... Tentei ver em seus olhos naquele dia, algo que me desse algum tipo de abertura, mas havia me desacostumado a encara-la. Um receio de atrapalhar nossa reaproximação e deixa-la distante novamente me assolava.

Com aquele turbilhão de trabalho, não deveria estar pensando nela, mas estava... Será que ainda mantinha contato com Rodrigo? Estaria interessada seriamente em alguém? Me contaria se estivesse? Toda a conversa que tivemos com os outros em meu apartamento não contemplou esse assunto...

Acabara de ficar solteiro... Talvez esse fosse o problema. Havia saído de um relacionamento longo, estava desacostumado a ficar sozinho, apesar das brigas por ciúme, Damayanti era uma boa amiga, conversávamos muito, tinha paciência de me escutar, me aconselhar...

Talvez estivesse sentindo falta exatamente disso, de uma amiga, de alguém do sexo oposto para desabafar... O tipo de amizade que tinha com Anahi no início de tudo. Éramos grudados, verdadeiros confidentes, nos divertíamos juntos até que tudo começou a se complicar.

Estava me acostumando com essa rotina de troca de mensagens com ela, que mesmo não sendo respondidas no mesmo instante por conta da nossa vida atribulada, me trazia leveza e me arrancava um riso fácil todas as vezes que pegava no celular e tinha seu nome na tela.

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora