⩩﹕៹࣪ 𝟬𝟱 - 𝗔𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝟭𝟱𝟬 𝗘 𝗔𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝟭𝟰𝟳-𝗔

1.1K 159 69
                                    

𝐄m frente a porta número 143, Minho fez algo que nunca fazia, ele exitou

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝐄m frente a porta número 143, Minho fez algo que nunca fazia, ele exitou. Ele queria invadir a casa e cumprir seu papel, mas não parecia a hora certa.

Pelo que viu, mesmo sendo pouco, Jisung não parecia uma pessoa preocupada - minimamente teria que estar se fosse alguém da máfia -, pelo contrário, ele andava simples pelas ruas, distraído com seus fones e fazia compras em mercadinhos baratos. Não parecia ser alguém de nível mais elevado que aquilo.

Lee suspirou, ajeitou o terno e deu meia volta, entrando no elevador. Daria mais uma averiguada antes de fazer o que precisava ser feito - obviamente que Know não iria deixar aquele homem, ainda que parecesse indefeso, ele continuava sendo filho de Han Vincent, e aquilo não mudaria.

De volta ao primeiro andar, Minho viu seus seguranças junto ao guardinha desleixadamente apagado na cadeira do balcão. Lee perguntou se eles ao menos haviam apagado as gravações da câmera, e logo recebeu um sim. Deixaram o gordinho ali e voltaram para o carro.

Know disse que eles poderiam ir embora, mas ele ficaria ali por mais um tempo, apenas aguardando e tendo certeza de que a vida de Jisung era realmente comum.

Os guardas foram embora em um Uber, deixando Minho para trás com o carro escuro. A única coisa que Lee fez foi estacionar o automóvel do outro lado da rua, para parecer mais aleatório e menos suspeito. A rua ainda estava movimentada, mas pelos olhos de Lee nada passava despercebido.

Da mesma direção que Jisung veio, um outro homem alto, de fios castanhos amarrados e roupas casuais, também surgiu, ele andava com uma sacolinha branca em mãos.

Minho, que estava acomodado no banco de couro, rapidamente se ajeitou, ficando em alerta ao ver o moreno adentrar o edifício que Han mora.

O tatuado passou mais de duas horas naquele mesmo lugar, apenas olhando desinteressado para a entrada no apartamento.

Aquele moreno poderia ser qualquer um, se Minho não tivesse pesquisado pelos amigos próximos de Jisung.

Na internet, Han fazia questão de expor sobre sua rotina. Assim como colocava em risco sua vida, também fazia bom uso de fotos e posts de sua vida tranquila e divertida sem se importar com pessoas como Lee.

Um tal de Hwang Hyunjin vivia em suas fotos e marcações, Know pôde até notar um destaque especialmente para ele.

Trabalhavam juntos, e também estudaram na mesma faculdade. Ambos fizeram fotografia. Aquele era o único amigo próximo de Jisung, vice-versa com Hwang. Inseparáveis desde que se conheceram. As fotos no perfil deixavam uma rasa nostalgia para quem acompanhava eles.

Durante as duas horas que Lee passou infornado naquele carro, várias atualizações foram feitas. Minho concluiu que era uma noite do tipo especial. O tatuado até cogitou que eles eram um casal, mas na bio de Jisung ele deixava bem claro que era solteiro e não estava aberto a relacionamentos.

Minho, já cansado, desistiu de passar o tempo de sua noite paralisado ali sem receber uma dica do que Han Jisung estava tramando. Ele pode até soar como uma pessoa normal, mas vindo da família que vem, nada é inalcançável.

Nada é como parece ser.

Já de volta em sua casa, Lee banhou-se, como de costume, jantou comidas leves e se entregou ao sono quando deitou em sua cama. Estava cansado. Precisava descansar.

Na manhã seguinte, Minho acordou no horário de sempre. Fez sua higiene matinal rotineira e tomou um café da manhã - não tão apetitoso como costumava a ser, mas dava para o gasto.

Após comer, Minho pegou as chaves do carro e se pôs para fora de sua casa.

Tinha algo em mente e precisava cumprir enquanto Peter estivesse fora de sua casa.

Foi em direção ao apartamento de Jisung, vendo-o sair exatamente no mesmo momento em que parou o carro chique e chamativo um pouco na rua.

Han estava vestido com uma jeans branquinha, camiseta branca, uma sobreposição azul, All Star de sempre e a bolsa lateral no ombro direito. Sua pele clara brilhava com o sol da manhã.

O dia estava geladinho e confortável.

Han não se arrumou mais que o suficiente, ajeitou os cabelos naturalmente ondulados, deixou o óculos sobre o nariz e bochechas e os casuais fones de ouvido em uma música calma.

Minho esperou Jisung se afastar para sair do carro e entrar no apartamento. Inventou uma desculpa para um guardinha diferente que havia ali - troca de turno, troca de guarda -, disse que precisava pegar algo que "Hannie" havia esquecido no apartamento. Também comentou que tinha as chaves e não precisava de outras.

A princípio, o guardinha estranhou, nunca havia visto o homem bem trajado antes, porém ao ver as chaves na mão de Minho, rapidamente liberou passagem. Lee agradeceu gentil e, ao entrar no elevador, desmanchou o falso sorriso.

Caminhou pelo corredor até estar na porta 143. Deslizou a chave pelo buraquinho da fechadura, girou-a e abriu a porta. Dentro do apartamento, nada era tão comum quanto aquele lugar.

A moradia, de certa forma, transparecia muito bem a personalidade de Jisung. Era tudo muito bem organizado, as cores eram claras em tons "Champagne", "Neve" e "Gelo". Tudo milimetricamente em seu devido lugar.

O primeiro cômodo era a sala, que logo levava para a cozinha, no oposto da sala se localizava um corredor de duas portas; quarto e banheiro. O apartamento não era grande, porém era sutilmente agradável para uma única pessoa.

Na cozinha planejada, Lee não encontrou nada de interessante, tudo muito simples e exíguo.

Na sala, enfeitadinha com pisca-pisca desligados, Minho encontrou apenas fotos com o amigo Hyunjin - também visualizou um quadrinho de Jisung com dois homens, claramente mais velhos, porém nenhum deles faziam parte de seu parentesco. Óbvio que aquilo chamou a atenção de Lee e despertou curiosidade. Pegou a foto para si e guardou no interior do paletó.

Câmeras de fotografia, paisagens bonitas e tituladas "aesthetic" faziam presença. Como um bom fotógrafo que aprecia a própria arte, a colocando em exposição. Ainda na estante, era possível ver alguns caderninhos de anotações. Minho leu, por cima, mas tudo indicava agenda de trabalho.

Lee nem se deu ao trabalho de entrar no banheiro, sabia que não encontraria nada de interessante.

No quarto, diferente de toda a casa, uma bagunça pequena estava formada sobre a cama. Cadernos e mais cadernos, acompanhados de apostilas e canetas espalhadas.

No chão, próximo ao guarda roupa, algumas vestimentas jogadas de lado, todas contraditórias, diferentes das roupas simples e fofinhas que Han usava.

Livros com tema Dark, lotado de romance, ação e drama também faziam presença.

Cortina e janelas abertas, a luz do abajur acesa e alguns ursinhos jogados no chão. Minho até tentou se segurar diante daquela bagunça, mas foi impossível, fechou a janela e as cortinas, apagou a luz do abajur e pegou os ursinhos no chão.

Quando Lee tocou os ursinhos, algo nostálgico, como um dejá-vu, surgiu rapidamente. O coelhinho branco estava sem uma das orelhas costuradas, e o esquilinho quase todo desgastado. Era fofo da parte de Han ainda dormir com pelúcias. Minho inalou um cheirinho, logo tendo certeza de que era o de Jisung - um aperfumado sútil com um frescor de orquídeas.

Minho recolheu para si mais algumas informações que achou importante, mas nada demais. Ainda tinha algumas coisas para resolver e não poderia passar o resto da manhã intocado ali.

𝗨𝗺 𝗛𝗼𝗺𝗲𝗺 𝗻𝗼 𝗘𝘀𝗰𝘂𝗿𝗼 - 𝐌in𝐒ung | +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora