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A ajuda que Lee pediu deixou Seo boquiaberto, infame pelo pedido do chefe. Changbin estava surpreso, chocado e perdido. Era mesmo Minho naquele corpo? Ou ele havia trocado de alma, como uma alquimia?
Neste exato momento, o baixinho forte dirigia em direção a casa do Lee, levando Jisung no banco de trás. Han estava amarrado nos pulsos e com a boca lacrada, impedindo de qualquer ato repulsivo que o fizesse sofrer as consequências depois.
ㅡ Por que caralhos Lee Minho me pediu para te levar pra' casa dele? ㅡ Perguntou, olhando o bochechudo pelo retrovisor do carro. Han deu de ombros, com o olhar baixo. Um porque não sabia; Dois porque não conseguia falar.
Tudo voltou a ser silencioso. Jisung olhava, pela janela do carro, a rua bem movimentada, tão mais que Seongnam. Era quase dez da manhã e as coisas pareciam bem agitadas na cidade. Han não se lembrava de que tudo poderia ser tão animado logo ao alvorecer de um sábado.
Peter tinha, por milésimos de segundos, se esquecido de onde estava, como estava e com quem estava. Ainda não aceitava, e pensava que logo iria acordar de seus pesadelos diários. Suas mãos estavam dormentes e cada vez que tentava se livrar do aperto doloroso, mais as cordas afiadas rasgavam sua pele. Jisung estava sonolento, com frio e ainda com medo.
O moreno mal notou que o carro havia parado e que Seo havia saído do automóvel. Seus pensamentos estavam longe.
Sua casa, seu conforto. Como estava Hwang? Ele teria sofrido algo? Merda. E em seu trabalho? Tinha que trabalhar até o meio-dia naquele sábado. Provavelmente perderia o emprego... Ficaria desamparado.
Jisung não tinha forças para relutar, não conseguia levar as mãos até a fechadura da porta, não conseguia gritar, não conseguia pedir por ajuda. Estava tão dolorido, tudo era tão confuso que ele nem se importava mais.
Sabe-se lá o que o monstro - titulado por Han - do Lee Know poderia fazer com sua família, agora sabendo quem eles eram e onde moravam.
Changbin tirou o menor de seus devaneios quando abriu a porta do motorista, voltando para dentro do automóvel. Jisung o mirou por alguns segundos, notando o mesmo segurando uma cestinha de café.
ㅡ Han Peter ㅡ Changbin quebrou o silêncio. Jisung revirou os olhos, aquele pessoal insistia em chamá-lo por aquele nome ㅡ Minhodisseque você gosta de Americano e pediu para que eu comprasse, então é melhor não dar showzinho, senão você está fodido. Minha paciência é bem rasa, não chega nem na canela, então fica quieto ㅡ O tom era tão mais ácido que o de seu sequestrador. Seo parecia estar falando sério, muito sério.
Jisung franziu o cenho. Como Know sabia sobre seus gostos? Ele é um maluco!
Passou vagarosamente pela cabeça de Han que Lee havia o seguido. Porque para fazer o que ele fazia, saber o que sabia, e ser quem ele era, esse era o mínimo.
