⩩﹕៹࣪ 𝟭𝟴 - 𝗣𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼𝘀

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𝐉isung andava desengonçado, com as pernas mole e uma das mãos sobre o estômago

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𝐉isung andava desengonçado, com as pernas mole e uma das mãos sobre o estômago. Aquela parte específica de seu corpo estava dolorida, pois o impacto de sua queda na lixeira ainda fazia presença no local, deixando um latejar ardente. Han sentia atrás de si o corpo de Lee; a mão de Know apertando sua nuca com força, descontando ali sua frustração pela tentativa de fuga. Eles não estavam tão próximos, Lee mantinha Jisung afastado com seu braço direito inteiro esticado. Uma distância questionável que poderia fazer com que Know avançasse em Han e o socasse.

Infelizmente, mesmo se quisesse muito bater nele, provavelmente não iria conseguir.

Jurou de pé junto que Han nunca tentaria uma fuga, e como sempre, conseguiu se surpreender, fazendo algo que Know jamais havia pensado. Talvez inicialmente, nos primeiros dias pós sequestro tenha criado cenários onde Han fugia, mas depois de tudo o que foi feito?

Definitivamente inimaginável.

No carro, Jisung foi empurrado para o banco de trás sem pudor algum, sendo amarrado com uma corda nos pulsos e fita em sua boca, ambos os itens pegos no porta-malas. Han se debateu a todo instante, tentando ser liberto daquelas amarras. Um forte déjà vu emanou à sua volta e grudou em sua carne com intensidade, fazendo-o relembrar a vez em que estava no carro de Changbin, quem Jisung lembrava muito bem tê-lo machucado com cordas nos pulsos. Han pedia repetidamente por um pingo que fosse de piedade, lutando para não passar pela mesma situação que havia passado semanas atrás. Know, como esperado, fez total descaso, destratando Jisung como se ele fosse um verme a ser temido.

As bochechas fartas molhavam à medida que o choro intensificava. Se odiava intensamente por carregar consigo a irracionalidade, o que o fez parar nessa situação terrível. Se não tivesse fugido e se não tivesse tentado, não estaria daquela maneira. Não estaria jogado no banco de trás de um carro, com cordas apertadas e uma fita que impedia sua respiração acelerada de seguir o ritmo de seu peito assustado. Havia perdido todos os créditos que um dia pensou ter ganhado com Lee, não tinha volta.

Era como se tudo o levasse novamente para aquele maldito dia em que tudo deu errado, fazendo daquilo um ciclo vicioso do qual o Han não conseguia se livrar.

Do jeito que Han estava deitado no banco - com as pernas flexionadas ao peito para caber na parte de trás do carro, que não era apertado, mas naquele momento se tornava desconfortável - ele via pela janela atrás de sua cabeça o céu escuro que há alguns minutos faria de tudo para tirar uma foto e guardá-la como uma linda recordação. Mas, naquele instante, Jisung odiava o céu escuro e vazio porque lhe lembrava o Lee.

Um homem cruel, com a alma sem cor e um peito sem um pingo de compaixão. Cruel, amargo, rude...

Os olhos de Han se desprenderam da paisagem e deslizaram para Know. A mandíbula flexionada, os olhos fixos na estrada, as mãos apertando com força o volante - com veias saltadas e escuras que faziam não só presença em seu punho enrijecido, mas também em seu pescoço branco e em suas têmporas - e os lábios grossos silabando algo que Han não conseguia entender.

𝗨𝗺 𝗛𝗼𝗺𝗲𝗺 𝗻𝗼 𝗘𝘀𝗰𝘂𝗿𝗼 - 𝐌in𝐒ung | +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora