𝐎 alarme ressoou pelo quarto escuro. O som do despertador invadiu a mente do homem que descansava tranquilamente sobre a cama de edredons cinza. Lee não demorou a abrir os olhos - sonolento pelo descanso de apenas três horas -, virar-se em direção ao celular, que o incomodava sobre a mesa de cabeceira, e desligá-lo.
O corpo sentou na cama. Minho coçou a nuca enquanto bocejava ainda cansado pela noite muito mal dormida. Mas, infelizmente, ele tinha se acostumado com noites agitadas e as poucas horas de sono.
Vestido com apenas uma calça moletom, ele se levantou da cama e colocou as pantufas cinzas e causais que ficavam ao lado da cama de casal. A mesma cama que há muito tempo se deitava sozinho.
Seguiu para o banheiro, sem pestanejar, e dentro do cômodo tomou uma ducha de água gelada. Enrolou a toalha preta no quadril bem marcado e seguiu para o espelho. Pegou uma toalha de rosto e secou os cabelos que pingavam o excesso de água do banho recém tomado.
Jogou a pequena toalha sobre o ombro largo e iniciou o processo de escovar os dentes e lavar o rosto - diferente do chuveiro, ele lavava com alguns produtos que deixavam sua pele mais rejuvenescida. Minho preza em passar uma boa visão sobre sua aparência para as pessoas alheias, e não que ligue muito pra opinião desinteressante dos sujeitos, mas quando o amor próprio faz posse e o ego inflado inunda, ser o melhor é sempre a opção escolhida.
Voltou ao quarto escuro, caminhou até a grande porta de vidro que havia em sua suíte e abriu as cortinas escuras que impediam qualquer luz solar para dentro do quarto. Lee jogou os cabelos úmidos para trás antes de abrir a porta e sentir o calor do sol atingir seu corpo semi nu. Caminhou pela sacada até estar com os antebraços escorados no parapeito.
Olhou calmamente o campo esverdeado lotado de árvores que rodeavam sua casa. Gostava da sensação do amanhecer e o horário calmo; som dos animais, a calmaria. Tudo era constante e monótono. Do jeito que Lee gostava.
Nunca foi muito de barulheira, mesmo que vivesse desde sua sólida infância em um mundo completamente longe de paz. Sempre foi perspicaz, além de tudo. Sua vida era perfeita graças a si mesmo. Tinha tudo o que queria na hora em que queria sem muito trabalho ou esforço. Às vezes precisava torturar, ou matar, mas era a punição que mereciam.
Minho escutou batidas na porta. Era fora do comum, então franziu o cenho, já se irritando pelo atormento. Saiu da sacada, fechou as portas de vidro e caminhou até onde o barulho era baixo. Lee viu uma de suas novas funcionárias com uma bandeja de comida em mãos.
ㅡ Bom dia, senhor Lee- ㅡ A mulher, trajada de empregada, começou a falar com um enorme sorriso no rosto, mas logo foi interrompida.
ㅡ Quem autorizou sua fala? Quem lhe deixou subir? Por que está me atormentando uma hora dessas? Cazzo¹!
Digamos que Lee não é alguém com uma personalidade muito receptiva. Ele tem seus momentos, e passar pelo menos uma hora sozinho ao acordar o faz ter um dia mais calmo. Mas aquela mulher ali em sua frente destruiu todo o seu processo de bom humor. Odiava ser atrapalhado pela matina, por isso colocava guardas em frente a escada do terceiro andar - onde se localiza o seu quarto -, que impedia qualquer pessoa de passar sem sua autorização.
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𝗨𝗺 𝗛𝗼𝗺𝗲𝗺 𝗻𝗼 𝗘𝘀𝗰𝘂𝗿𝗼 - 𝐌in𝐒ung | +18
Fanfic⩩﹕៹࣪ 𝐄𝗠 𝐀𝗡𝗗𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 ┊ 𝐌in𝐒ung 𝐎nde novos problemas surgem na vida de Lee Minho, o levando a descobertas, novos ares, estilo de vida e pessoas.