AUGUST | jackieshauna

epílogo

O que eu tinha pra dizer já está dito no último capítulo ontem.

Mas vale reforçar aqui. Muito obrigada a todo mundo que mandou coisas ontem e ao longo da história. Adorei saber que vocês de alguma forma se identificaram com os problemas de Jackie e Shauna, fico muito feliz quando sei que atinjo algo que as pessoas estão passando e que precisam de algum conforto.

Acreditem, vocês não estão sozinhos. Relacionamentos à distância são sempre complicados, mas quando é pra dar certo, dá certo.

Agora, sem mais enrolação, vamos ao epílogo. Devo confessar que a ideia dele estava escrita desde o começo, desde o prólogo, eu tinha rascunhado essa parte na minha cabeça, espero que gostem. Vamos encerrar essa história toda em grande estilo.

Muito obrigada pelo apoio de sempre. Vem muito mais por aqui nesse perfil, então, fiquem ligados! 

Não sei quem fez essa fanart fofíssima da mídia, mas foi achada no Pinterest e me serviu de inspiração para o epílogo, então, obrigada!

Boa leitura e não se esqueçam do feedback!

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- SÓ MAIS UMA CAIXA, EU ACHO.

- Certo, mais uma caixa... 

Jackie empurrava suas coisas para cima com bastante dificuldade, usando todas as suas forças. Fazia um frio razoável, mas clássico de um dia de outono de setembro, e ela estava usando apenas uma blusa de alças, enquanto tinha a ajuda da outra garota, cabelos lisos escorridos, moletom lilás quase púrpura e meias de peixinho, equilibrando duas ou mais caixas nos braços magros.

Sendo sincera, Rutgers não era tão ruim quanto esperava que fosse. As pessoas eram diferentes em Nova Brunswick, eram bem mais comunicativas e receptivas, apesar de ser uma cidade maior do que Viskayok e ter uma rotina bem mais agitada. Jackie tinha saudades de casa, mas podia viajar de carro sempre que precisasse de algo, que não iria ficar nervosa. Os motoristas de Uber que circulavam pela cidade eram calorosos o bastante para lhe dar caronas agradáveis. 

Logo no primeiro dia de adaptação na universidade, ela conheceu Lisa. A garota dos cabelos escorridos, moletom púrpura e piercings no rosto. Pronto, o suficiente para saber que não se encaixaria ali. A simpatia natural da garota surpreendeu Jackie de primeira, e ela sabia que seria ainda mais difícil se acostumar. Mas, por incrível que pareça, Lisa conseguiu o feito de mandar a Sra. Taylor voltar para casa em seu Uber - e pagar a viagem de volta por ela - e se oferecer para ajudar Jackie a colocar suas caixas enormes no quarto em que iria passar os próximos anos. Segundo a própria, tinha descoberto que Jackie seria sua colega no dormitório porque ela tinha deixado a chave escapar no bolso do short, revelando o número 009 gravado em caneta azul.

Enfim, o ponto é: Lisa se mostrou agradável, carismática e atenta a todos os detalhes de Jackie. Além de que, ela também sabia todas as fofocas rondando a universidade, e manteve Jackie antenada antes mesmo que ela pudesse pisar nos corredores para se enturmar.

- Acho que é tudo - ela anunciou, praticamente jogando a última caixa no chão do quarto, pintado de roxo em uma tinta meio gasta, e se jogou na cama de barriga para cima, suspirando. - Ufa, finalmente acabou. Pode deixar, eu vou desempacotar tudo mais tarde.