𝐅𝐎𝐓𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀

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Acabei dormindo na casa de Megumi pois já estava tarde da noite e poderia ser perigoso voltar, mandei uma mensagem para minha mãe avisando caso ela estivesse preocupada. No dia seguinte quando acordei, Choso estava com seu rosto sobre o meu peito e abraçava minha cintura. Tentei me mexer mas o mesmo me apertou mais contra o seu corpo, dei um sorriso de lado e peguei meu celular para ver as horas.

— Choso, eu preciso ir ...

— Está tão confortável — Resmungou

— Você está praticamente usando meus seios como travesseiro.

Após dizer isso, o mesmo arregalou os olhos e se levantou em um pulo, suas bochechas estavam coradas e ele tinha sua boca tampada pela mão. Soltei uma gargalhada e comecei a arrumar alguns fios de cabelo rebeldes enquanto procurava um pouco de dignidade que havia me restado, eu não era nenhum pouco atraente quando acordava.

— Sente-se melhor ?

— Uhum, acho que está na hora de encarar a verdade.

— O que você acha disso tudo ? — Me levantei dando selinho breve nele pois nem eu e nem ele tínhamos escovado os dentes, o que era nojento.

— Sinceramente? Aliviada de saber que meu pai não é aquele cretino.

— É assim que se fala — Caminhou até o banheiro e eu fui atrás.

Cada um pegou a escova nova que o Fushiguro nos deu ontem antes de ir dormir e escovamos nossos dentes. Choso desamarrou seu cabelo e fiquei o observando completamente hipnotizada.

— O que foi ? — Falou após enxaguar a boca.

— N-Nada — Corei indo fazer o mesmo depois que ele abriu espaço para mim.

Agradeci ao meu melhor amigo por todo o suporte e me despedi dele e de Itadori. Recusei o café da manhã pois esperava que minha mãe estivesse me esperando como de costume, meu coração estava acelerado demais.

Caminhei ao lado do moreno que falava sobre o que pretendia fazer daqui em diante, eu sorria com a sua empolgação. Nossas mãos estavam entrelaçadas e isso me causava uma sensação de segurança. Choso me levou até em casa e ao chegarmos na minha porta, deu um beijo em meus lábios que não demorei a retribuir, eu ainda precisava me acostumar com a ideia de que estávamos juntos. A porta foi destrancada e aberta, fazendo nos soltarmos e olharmos para uma cabeleireira branca atrás de mim.

— Atrapalho ? — Seu sorriso era tão assustador quanto de um psicopata, vi Choso ficar mais pálido do que era. Engoli um seco e recuei um passo para trás.

— Acho melhor você ir, Choso — Ele assentiu freneticamente antes de se despedir de mim dando um beijo na minha testa e os olhos de Satoru quase perfurarem ele.

Me virei mordendo os lábios e encarando o rosto daquele que eu passaria a chamar de pai após todos esses anos. Gojo relaxou o rosto ao notar que eu o encarava e abriu passagem para que eu entrasse em minha casa, mamãe assim que eu coloquei meus pés dentro do cômodo já me abraçou.

— Parece que eu sempre erro com você — Sussurrou com uma voz fraca — Mas deixa eu me explicar.

Sentir seu abraço era bom, era bom pois me lembrava de que em algum momento a vida iria sorrir para mim e principalmente, não me deixava desistir. Aprofundo meu rosto nos ombros dela e acabo deixando algumas lágrimas caírem.

— Está tudo bem, mãe — Abro um sorriso e a encaro — Você não cometeu erro nenhum, consigo compreender suas razões e estou disposta a ouvi-la.

A mesma me olha surpresa e desvia seus olhos para Satoru que nos encarava orgulhoso. Ele tinha um brilho que me causava ansiedade. Nos sentamos no sofá enquanto minha mãe ia na cozinha buscar as coisas do café da manhã, iríamos aproveitar o momento para colocar os pingos nos i's.

IN MY BLOOD - CHOSO KAMOOnde histórias criam vida. Descubra agora