𝐔𝐌𝐀 𝐃𝐎𝐒𝐄 𝐃𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐄𝐏𝐄𝐍𝐃𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎

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Olhando para minha mãe, a mesma me dá um sorriso amarelo enquanto Gojo parece uma estátua, não movendo nenhum dos seus músculos. Fiquei na sua frente e ele teve então seus olhos em mim, ainda parecia inquieto.

— Aconteceu algo ?

— Eu… Eu estava de passagem com meu carro e vi essa senhorita carregando algumas bolsas, resolvi ajuda-la. São parentes ?

— Minha mãe — O encarei desconfiada — Cadê as bolsas ? 

— Eu já guardei, s/n. — Mamãe parecia corada e logo um sorriso malicioso surgiu em meus lábios, acho que entendi.

Me despedi do mesmo e entrei para dentro de casa ouvindo os dois se despedindo e mamãe entrando a minha procura. Cruzei os braços e ela me olhou surpresa.

— Não acredito que a senhora está dando em cima do meu chefe !

— Foi… coincidência — Desviou seu olhar do meu com as bochechas coradas e com um ar de preocupação.

— Que baita coincidência — Sorri para ela antes de lembrar que todos estavam tendo suas vidas amorosas bem encaminhadas enquanto eu estou sofrendo por um cara que não quer nada comigo. 

Subo para o meu quarto pegar uma roupa e tomar um banho demorado. 

Vejo meu celular tocando e o nome do Choso na tela, ele havia pego com Itadori um tempo atrás, mas nunca havia mandado mensagem. Fico encarando com atenção pensando se valia a pena me estressar com algo que não existe, então apenas atendi e fiquei com o telefone no ouvido.

— Oi — Sua voz estava afobada — Me desculpa ter te deixado falando sozinha. Como deve ter visto, a Yuki veio até mim e eu não sabia o que fazer.

— O que você acha que eu sou, Choso ? — Ele tossiu do outro lado totalmente surpreso.

— C-Como assim?

— Eu sou um prêmio de consolação? — Sorri debochada — Por acaso sou um tipo de distração quando seu relacionamento não está dando certo ?

Antes dele dizer algo eu desliguei na sua cara e fui pegar minha roupa. Tomei um banho bem demorado como tinha pensando e fui beber água antes de ir me deitar, sem olhar para o celular que novamente vibrava com sua chamada.
A cama parecia desconfortável e o sono não queria vim por mais cansada que eu estivesse, olho para o teto pensando o quão idiota eu sou por ter caído novamente em seu papinho.

— Acho que agora já chega né, S/n? — viro para o lado fechando os olhos e me forçando a dormir.

*Quebra de tempo*

No dia seguinte eu acabei me atrasando para faculdade e quando peguei meus livros no armário, senti minha cintura ser envolvida pelos braços de alguém. Olho assustada mas acabo me acalmando quando vejo Itadori.

— Está melhor?

— Poderia estar muito mais — Dei de ombro

— Ele chegou em casa irritado.

— Que pena — Chegamos enfrente a porta da minha sala de aula e antes que eu abrisse, Choso passou pelo corredor em nossa direção — Nos falamos mais tarde.

Abro a porta rapidamente pedindo licença a professora e me sentando ao lado de Nobara. A acastanhada me encarou com a sobrancelha arqueada, mas resolveu ignorar. 

Eu sei que não posso ficar fingindo que ele não existe e a forma que estou me portando é totalmente infantil. Mas poxa, ele me fez acreditar um pouco que eu era importante e simplesmente em questões de minutos me colocou no banco de reservas ? Fala sério !

IN MY BLOOD - CHOSO KAMOOnde histórias criam vida. Descubra agora