Vol. 1 - Cap. 17_Terceira Semana

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"Não está faltando nada na geladeira de Karlyle."

Disse Ash, que estava fazendo a torta. Talvez seja porque Maryam gostava muito de cozinhar. Além disso, durante a estadia de Karlyle em Londres, Maryam era muito cuidadosa com suas refeições, de modo que carne e vegetais frescos enchiam a geladeira todos os dias. No depósito de carne no porão provavelmente também tinha carne fresca de veado.

"Você encontrou tudo o que queria?"

"Sim, acho que também podemos fazer morcela."

Karlyle torceu o nariz. Morcela de sangue? Aquilo foi inesperado.

"Você come morcela?"

"Não, e quanto a Karlyle?"

"Não gosto nenhum pouco."

Ash espalhou lentamente a massa na forma de torta e sorriu alegremente. Ele parecia muito hábil ao colocar a bela massa grossa na forma.

"Eu só falei por falar. Você não fica feliz em saber que Karlyle e eu temos algo em comum?"

"Geralmente gosto de coisas simples."

"Do que mais você não gosta?" Ash perguntou como se fosse algo engraçado.

Karlyle não entendeu o que Ash queria com isso. Ainda assim, pensou sobre isso lentamente. Coisas que realmente não teria pensado antes vieram à sua mente com um pouco mais de facilidade.

"Eu não como escargot."

"Oh, isso é demais. Você não gosta de pequenos crustáceos? Realmente não come escargot?"

"Suponho que o Sr. Jones gosta disto."

Não foi uma piada, mas Ash sorriu. Os lábios do homem se ergueram até as bochechas e logo caíram. Karlyle, que já havia descascado os vegetais e retirado a pele da coxa de pato, ficou com o rosto rígido.

"Claro. Eu sou um selvagem. Como todos os caracóis, pequenos e grandes. Você não deveria ter cuidado comigo, Karlyle?"

Karlyle riu pra si mesmo ao ouvir a voz que fingia ser assustadora. Sem perceber, seu rosto se suavizou um pouco. Ele não sorriu, mas Ash percebeu a leve expressão em seu rosto.

Os dois continuaram cozinhando, enquanto conversavam sobre coisas triviais e outras muito importantes. Ash despejou o recheio em cima da massa da torta, o ajeitou um pouco e depois colocou a forma no forno. Então começou a fazer o merengue.

Enquanto isso, o assunto da conversa mudou para sobremesa. Karlyle realmente não falou muito sobre o assunto, então Ash fez uma pergunta.

"Ruibarbo ou figo, de qual você gosta mais?"

"Ruibarbo seria melhor."

Não havia batedeira na casa, porque Maryam gostava de bater merengues à mão, ela dizia que as máquinas eram estranhas e desnecessárias. Ash bateu o merengue com muita habilidade. O antebraço, que estava com o tendão ligeiramente protuberante, formava um merengue macio e poderoso.

Como as claras tinham que ser misturadas com açúcar, Karlyle era responsável por despejar a calda de açúcar pré-preparada sobre elas. Era muito estranho para ele cozinhar com alguém com o jazz suave e relaxante ao fundo. No entanto, também era bom.

"Eu gosto de pêssegos."

"Bem, não parece." Karlyle apontou.

"Sua língua é afiada. Por favor, se encarregue da degustação para mim, experimente o merengue como recompensa."

Karlyle piscou ao ouvir a palavra degustação. Ash tocou o dedo no merengue branco que parecia ter atingido um belo ponto, Karlyle ficou surpreso.

"Agora, desse jeito....?"

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