Step Up (ABO)

Prólogo

Boa leitura!

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11 anos antes…

A noite tinha começado agitada, em meio ao salão escuro com flash de luzes coloridas da balada latina. Os dançarinos e aqueles que se arriscaram a dançar bachata estavam dando tudo de si aos passos em ritmo das músicas. No canto superior do salão, tinha um barman tatuado, musculoso e simpático para entreter os dançarinos e aqueles que optaram em apenas observar o grupo de pessoas dançando animados no centro do salão.

Camila Cabello era uma ômega quente e de um corpo invejável. Músicas e danças latinas percorriam seu sangue desde que se conhece por gente. No centro daquela boate, lá estava ela, se jogando na pista e se entregando a uma das coisas que mais a anima a alma: dançar entorpecidamente. Em meio ao seu transe latino, eis que seu potente radar - a CIA, se conhecesse, iria querer a patente, com toda certeza - captando uma vibração boa e safada, vinda de uma cabeleira negra, hidratada e cheirosa, que era jogada pra lá e para cá conforme as batidas da trilha sonora.

Os olhares se cruzaram e imediatamente, seu raio motor se aciona. Seu corpo começou a esquentar. Apertando os olhos, Camila liberou um dos seus sorrisos rasgados ao iniciar a dança da captura. Primeiro, ela se vira, ajeitando a alça do vestido curto que usava sobre os ombros dourados pelo sol saudável de todas as manhãs. Com o corpo emoldurado e um gingado de fazer queixos cair ao chão, a latina desfila seus pés pela pista até sua posição estratégica, a poucos centímetros do seu alvo, que se movimentava, entre suas amigas, com graça.

Seus corpos se encostaram e a troca de energia sexual foi inevitável quando seu perfume, uma mistura complexa e intoxicante, invadindo suas narinas no topo de bergamota fresca e limão, cítrico e revigorante misturado com almíscar e âmbar, dando profundidade e calor ao aroma, tornando-o irresistível. A morena sorri de volta, indicando que seu território não oferecia resistência a uma transposição de fronteiras. Ficando de frente uma para a outra, o corpo esbelto da latina se encaixa ao dela e as línguas começam a entrar em ação. Os dedos de Camila não resistem a conferir a maciez dos seus fios longos e negros e, entrelaçados por eles, procuram, ávidos, a nuca suada dela.

Sua boca mordiscou o lóbulo de sua orelha direita, fazendo-a se arrepiar completamente quando ela apertou a generosa bunda. Camila sentiu uma animação tensa e firme a cutucando abaixo da cintura. Os olhares novamente se cruzaram, os castanhos fitando os verdes tão intensos e curiosos quando a mulher empurrou uma de suas mãos para conferir a sua indiscrição. Naquele momento, ela não queria pensar em mais nada, apenas dissipou seus pensamentos ao sentir a tensão sexual entre elas.

De repente, a mulher pega em sua mão novamente e a puxa em direção ao banheiro. Ao entrarem em uma das cabines, o tesão explodiu em toques afoitos, beijos intensos e gemidos, que foram abafados pelo talento das músicas latinas que arrebentavam na pista, a alguns metros de onde estavam. A mulher abriu o zíper de sua calça, revelando seu pau duro, reto e levemente inclinado para o lado esquerdo.

Camila mordeu seu lábio inferior, não pensando duas vezes, se sentou no vaso, abocanhando com gosto o monumento da estranha. O álcool percorria sua corrente sanguínea, aumentando a adrenalina e no ritmo da música, ela lambeu, chupou, mordiscou e beijou sua glande com carinho. Sem conseguir resistir às suas habilidades, a estranha relaxa e goza em sua boca. A morena encarou a latina com um sorriso safado por lhe proporcionar tamanho prazer.

A cabine havia virado palco de uma cena específica de filme erótico. Meia hora foi os minutos suficientes para que suas vidas mudassem para o resto dos anos seguintes. Não se conheciam, não trocaram nomes ou telefones. Saíram do banheiro pensando somente no prazer que acabara de proporcionar uma à outra. Naquele momento, elas só queriam saber de erupções, nada mais.

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