- Olha, Matheus, já está tarde e acho melhor eu ir embora. - falei tentando fugir.
- Não. - ele disse grosso e autoritário. - Você vai subir. - e por algum motivo eu obedeci.
Sentei-me no sofá enquanto observava Ferreira servir um copo de whisky.
- Você quer? - ele me ofereceu.
- Eu não bebo. - pensei que ele já sabia.
- Ok, você não sabe o que está perdendo. - ele deu de ombros.
- É, devo estar perdendo muita coisa mesmo.- murmurei ao ver sua careta após dar um gole na bebida. - Você pode ser um pouco mais direto? - falei.
- Ah, claro. - ele deu mais um gole. - Você é uma vadia e está sabendo e se envolvendo demais nas coisas. - Ele disse naturalmente.
- Vadia não! - levantei-me. - Eu sou ouro perante das putas que você pega, e pode confessar que você também acha isso, Ferreira. - Cheguei mais perto, o encarando.
- Ah, não se iluda, Lena. Você não está com essa bola toda. - ele disse largando a taça com a bebida.
- Não estou? - Falei logo tirando a blusa e ficando apenas de sutiã. - Tem certeza? - Ri ao ver o olhar de Ferreira parar em meu corpo enquanto ele mordia os lábios hipnotizado. Ele avançou o sinal me pegando com tremenda força.
- Ok, talvez um pouco. - Ele sussurrou em meu ouvido.
O empurrei e me agachei para pegar minha blusa de volta. Inútil. Matheus foi mais rápido e pegou antes de mim.
- Me devolva. - Gritei.
- Mal tirou e já quer colocar? Ah que sem graça. - Matheus disse com um sorriso totalmente malicioso.
- Me devolva, Matheus. Eu não estou brincando. - Falei séria.
- Ninguém mandou você tirar. - Ele disse indiferente.
- Ah é? Então eu vou sair assim mesmo na rua. - Falei indo até a porta, a abrindo, e depois indo até o elevador apertando o botão.
- Volta aqui. - Matheus veio até mim e me pegou a força. - Você não vai sair assim. - Ele disse me colocando para dentro do apartamento e trancando a porta. E dessa vez, as coisas haviam mudado, eu estava gostando.
- Nossa, Ferreira. Como você é possessivo. - Falei provocativa. - E olha que eu nem sou sua.
- Você não é minha? Tem certeza?
- Absoluta! - Exclamei. - Por que eu seria sua? Você é grosso demais. Tem que ter romantismo, onde está as rosas vermelhas? Poxa, que fora hein, Ferreira. - Me fiz de boba e cruzei os braços. Ele riu irônico.
- Aí, é que está. - Ele começou a falar. - Um dia eu estava pensando.
- Não, espera um pouco... - Interrompi. - Você pensa? Ai meu Deus, que orgulho! - Impliquei.
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Possessivo
Romance"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha" - Matheus Gabriel Ferreira. E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo...