017 Possessivo.

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- Olha, Matheus, já está tarde e acho melhor eu ir embora

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- Olha, Matheus, já está tarde e acho melhor eu ir embora. - falei tentando fugir.

- Não. - ele disse grosso e autoritário. - Você vai subir. - e por algum motivo eu obedeci.

Sentei-me no sofá enquanto observava Ferreira servir um copo de whisky.

- Você quer? - ele me ofereceu.

- Eu não bebo. - pensei que ele já sabia.

- Ok, você não sabe o que está perdendo. - ele deu de ombros.

- É, devo estar perdendo muita coisa mesmo.- murmurei ao ver sua careta após dar um gole na bebida. - Você pode ser um pouco mais direto? - falei.

- Ah, claro. - ele deu mais um gole. - Você é uma vadia e está sabendo e se envolvendo demais nas coisas. - Ele disse naturalmente.

- Vadia não! - levantei-me. - Eu sou ouro perante das putas que você pega, e pode confessar que você também acha isso, Ferreira. - Cheguei mais perto, o encarando.

- Ah, não se iluda, Lena. Você não está com essa bola toda. - ele disse largando a taça com a bebida.

- Não estou? - Falei logo tirando a blusa e ficando apenas de sutiã. - Tem certeza? - Ri ao ver o olhar de Ferreira parar em meu corpo enquanto ele mordia os lábios hipnotizado. Ele avançou o sinal me pegando com tremenda força.

- Ok, talvez um pouco. - Ele sussurrou em meu ouvido.

O empurrei e me agachei para pegar minha blusa de volta. Inútil. Matheus foi mais rápido e pegou antes de mim.

- Me devolva. - Gritei.

- Mal tirou e já quer colocar? Ah que sem graça. - Matheus disse com um sorriso totalmente malicioso.

- Me devolva, Matheus. Eu não estou brincando. - Falei séria.

- Ninguém mandou você tirar. - Ele disse indiferente.

- Ah é? Então eu vou sair assim mesmo na rua. - Falei indo até a porta, a abrindo, e depois indo até o elevador apertando o botão.

- Volta aqui. - Matheus veio até mim e me pegou a força. - Você não vai sair assim. - Ele disse me colocando para dentro do apartamento e trancando a porta. E dessa vez, as coisas haviam mudado, eu estava gostando.

- Nossa, Ferreira. Como você é possessivo. - Falei provocativa. - E olha que eu nem sou sua.

- Você não é minha? Tem certeza?

- Absoluta! - Exclamei. - Por que eu seria sua? Você é grosso demais. Tem que ter romantismo, onde está as rosas vermelhas? Poxa, que fora hein, Ferreira. - Me fiz de boba e cruzei os braços. Ele riu irônico.

- Aí, é que está. - Ele começou a falar. - Um dia eu estava pensando.

- Não, espera um pouco... - Interrompi. - Você pensa? Ai meu Deus, que orgulho! - Impliquei.

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