"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha" - Matheus Gabriel Ferreira.
E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo...
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Abri mais um pouco a porta para poder ter melhor visão, mas fiz tudo com cuidado não querendo chamar a atenção, ao ver aquilo um enjoo horrível me consumiu, é como se eu fosse vomitar ali mesmo. Nikolly estava apoiada na mesa grande dos professores, de costa para Matheus, enquanto ele a penetrava, ou seja, sexo anal.
Por um momento senti meu sangue ferver, como se eu precisasse acabar com aquilo, mas ao mesmo tempo eu não podia deixar Nikolly saber que eu era envolvida com Matheus, se Jade não sabia, por que logo Nikolly saberia? Droga, o que eu iria fazer? Minha vontade era de entrar e jogar classes e cadeiras nos dois até ver eles com a cabeça totalmente estourada, ou apenas puxar aqueles cabelos bons de Nikolly e lhe dar uns belos tabefes na cara, me controlei para não fazer isso. Eu precisava me controlar, Matheus era um idiota e eu já sabia disso.
Pensei na câmera que havia em todas as salas, olhei a fim de localiza-la e puta que pariu, sorte do caramba, naquela sala eles ainda não haviam instalado câmeras. Matheus foi esperto, muito esperto.
- Isso, Matheus. Vai. - Nikolly falava prendendo a voz. Matheus se mantinha quieto e concentrado, não mostrava nenhuma reação, nem parecia que estava fodendo alguém.
Entrei totalmente na sala, querendo que os dois me vissem, e então, comecei a aplaudir, mas minha verdadeira vontade era de jogar classe e cadeiras nos dois, já disse. Eu precisava manter a postura, eu não podia me rebaixar, se eu batesse em Nikolly, ela descobriria que eu tinha algo com Matheus e ele acharia que eu estava com ciúmes, sendo que eu não estava, claro.
Nikolly me olhou rapidamente, assustada, sua cara era a melhor, me segurei mesmo, para não acabar com a raça daquela vadia. Matheus me viu e talvez eu o vi ficar meio intimidado, mas em momento nenhum saiu de sua postura bad boy, eu o odiava. Acontece, que eu não queria dividir o mesmo pau que ela.
- Nossa, que feio. - Falei levando as mãos à boca, me fingindo de apavorada. - Mas se a diretora descobre isso, vocês estão ferrados.
- Você não contaria, Helena. Tenho certeza. - Matheus disse e era verdade, em relação à ele, eu era tão podre quanto Nikolly.
- Fodendo logo essa vadia, Sr. Ferreira. - Falei me fazendo de aluna inocente. - Que horror, pensei que o "Sr" pegava coisa melhor. - Saí daquela sala me sentindo super mal, e pude ouvir Matheus dizer: - Vamos, continua. - Fui correndo para o banheiro e assim que encontrei a privada, vomitei.
- Helena, você está bem? - Ouvi a voz de Alice, uma colega nossa, ao lado de fora.
- Sim. - Falei respirando fundo e logo saí. Fui para a pia e lavei meu rosto e limpei minha boca. Saí daquele banheiro como se não tivesse acontecido nada.
Bateu o sinal e então eu voltei para a sala, aquela cena não saía da minha cabeça, embrulhando ainda mais meu estômago e fazendo eu sentir mais raiva. Para esse revolta passar eu precisaria ficar uns três séculos sem ver os dois.
