38 Vem aqui agora

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- Vim devolver suas roupas

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- Vim devolver suas roupas. Não era isso que você queria? - Ele disse e eu logo avistei
minha mala em cima de minha cama ao lado dele.

- Como você entrou com essa mala aqui? A sacada está fechada e eu tranquei a porta de
casa.

- Não trancou direito, nada que um grampo não esolvesse. - Ele deu um sorriso que
quase fez eu sair correndo e agarra-lo.

- Ok, muito obrigada. Você já pode ir. - Eu disse e ele levantou da cama vindo em minha
direção.

- Você acha que será simples assim? - Ele perguntou e riu.

- Não sei do que você está falando. - Me afastei de Matheus, logo pegando um hidratante
corporal e sentando em minha cama, o passando em minhas pernas. O olhar de Matheus se perdeu.

- Não se faça, Helena. Você sabe muito bem. - Ele disse pegando meu notebook que se
encontrava em cima de minha escrivaninha, logo veio com ele e sentou-se na cama também. - Lembra disso? - Ele mostrou-me um mini disco, em seguida lembrei-me do que se tratava.

- Ferreira... - Tentei falar algo. Ele colocou o disco no notebook, logo em seguida eu via nós
dois transando naquela sala.

- Bela rapidinha, não? - Matheus disse com um sorriso malicioso.

- Tira isso. - Gritei, confesso que ao ver aquilo ainda mais com Christopher em minha frente, me surgiu certos desejos. Até que eu realmente me dei conta de onde ele queria chegar. - Você
não...

- Você vai continuar pagando uma de espertinha... - Ele me interrompeu. - Ou eu vou ter que mandar uma cópia disso para o seu pai? - Porra, merda, caralho, droga.

- Por que você está fazendo isso? Não pode apenas me deixar em paz? Você tem Nikolly
de quatro para você, vá atrás dela, me esqueça. - Falei, eu não aguentava mais tudo aquilo. - Eu
preciso resolver minha vida, Ferreira. Preciso voltar a ser a tão amada filha de meu pai, e deduzi que só vou conseguir isso com você longe de mim, bem longe. Você é problema na certa. - Falei.

- Eu não te perguntei nada, Helena. Não quero saber de seus problemas. Eu não vou
deixar você ir tão fácil assim, você é minha.

- Você está me chantageando. Me deixe em paz, Matheus. Por favor, eu não sou nada para
você, lembra? - Tentei convence-lo.

- Como eu queria, Helena... Como eu queria... - Matheus disse molhando involuntariamente
seus lábios como se fosse falar algo que o comprometesse.

- Queria o que? - Perguntei sem entender.

- Que... Que você não significasse nada para mim. - Ele disse por fim e eu não acreditava
no que acabara de ouvir, eu significava algo para ele, era isso mesmo?

- O que? - Perguntei sem entender.

- Isso mesmo que você ouviu, eu não vou repetir. - Ele disse voltando à ser um bad boy. E
eu idiota, não conseguia falar nada.

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