O Intocável (Tomarry) - | TRADUÇÃO |

Pigmalião

Harry entrou no sétimo ano com facilidade, agora preparado para ser visto.

Para sua surpresa, Harry descobriu que Voldemort quase ficou quieto. Tom Riddle assumiu seu papel como conselheiro-chefe e agora só aparece em eventos sociais pelo menor tempo necessário. Mesmo assim, o homem conseguiu manter a popularidade, ostentando um nome que agora está presente nos jornais, revistas e nas fofocas locais.

A invasão de Hogwarts por Voldemort realmente abalou o mundo mágico, uma sociedade que ficou nervosa quando Voldemort mais uma vez retornou ao solo após saquear a escola. O público ficou horrorizado ao saber que nem mesmo seus filhos estavam seguros onde dormiam, que Dumbledore havia sido derrubado (literalmente – ele havia sido derrubado da Torre de Astronomia). Tom Riddle tornou-se um conforto, as pessoas clamavam pela sua eleição e destituição do Ministro Fudge, um homenzinho aterrorizado que continuava a deteriorar-se a cada dia que passava.

Harry quase esperava que o homem aparecesse em um intervalo aleatório, chegasse à escola e incomodasse Harry ou até mesmo entrasse em sua consciência através da estranha conexão que o par compartilhava. Ele não fez isso. Harry não sonhou com Voldemort depois daquela noite.

Ninguém notou o desaparecimento de Malfoy, o que Harry achou estranho, mas a vida continuou ininterrupta e simples (talvez ninguém sentisse falta do loiro). As aulas estavam mais fáceis do que antes, agora que Harry só precisava fazer quatro e ele se viu capaz de se concentrar nos professores com dedicação obstinada; ele realmente se viu gostando do movimento da varinha, mesmo que apenas por causa de sua novidade.

Harry pensou que sua magia selvagem poderia ser rejeitada ou diminuída à luz de suas meditações, mas parecia ter o efeito oposto. Harry nunca esteve tão focado quando deseja, quase capaz de controlar o fluxo de magia à menor sugestão.

O ano passou quase pacificamente, uma experiência surpreendente e revigorante para Harry. Hermione, é claro, decidiu enlouquecer completamente e assistir a todas as aulas possíveis enquanto usava um vira-tempo emprestado do Ministério (como fazia desde o terceiro ano) e ficou completamente fora de controle durante a maior parte do ano, exceto pela tradição deles. trocando notas de vez em quando na biblioteca. Ele se perguntou se a mulher, que já era pelo menos um ano e meio mais velha que ele devido ao uso contínuo do vira-tempo, manteria contato uma vez que não precisassem morar juntos na escola.

A única diversão que Harry teve durante o ano envolveu pesquisar o passado de Voldemort e caçar as horcruxes de Voldemort. Harry não tem planos de destruir os recipientes de almas, mas é uma caça ao tesouro interessante e ele se pergunta se Voldemort sabe o que está fazendo. Ele duvida muito disso, pois o monstro não o incomodou.

É uma pena que Dumbledore tenha retirado de toda a escola qualquer informação sobre horcruxes, mas ser o herdeiro adotado de uma família sagrada dos vinte e oito (e infamemente sombria) tem algumas vantagens. Harry é capaz de simplesmente encomendar livros terrivelmente sombrios sobre a imortalidade, o que o diverte infinitamente. Os livros são fascinantes e ele logo é levado a ler os julgamentos de Herpo, o Sujo. Harry compra uma primeira edição do diário escrito pelo homem (grato por Sirius e Remus não terem acesso aos extratos da conta de Potter porque o preço faz até os olhos de Harry lacrimejarem) e percebe que Voldemort se abriu para a loucura e instabilidade em prol da imortalidade. Parece muito míope, já que ser imortal não significaria muito se alguém fosse completamente louco por isso.

Mas Harry lembra que Voldemort de alguma forma conseguiu absorver o garoto que saiu da Câmara Secreta e raciocina que esta provavelmente teria sido sua primeira horcrux. Harry fica relutantemente impressionado. Aos dezesseis anos, Voldemort conquistou a magia além dos reinos que a maioria dos bruxos poderia esperar alcançar em uma vida inteira.