Capítulo 4

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Yasmin Brunet POV

- Esse cara quer o que? afinidade no primeiro dia? Conexão? Realmente não entendi o que ele quis dizer. - Falei completamente chateada e com raiva dos motivos dos votos que tomei, estava exausta, alguns votos em mim eu nem ao menos esperava.

- Também achei ridículo isso, deveriam conversar. - Vanessa opinou, e eu neguei rapidamente.

- Não quero conversar com esse cara, já foi, estou no paredão, se eu sair, não tem essa de conversar não. - Falei simples, enquanto encarava o chão.

- Podemos conversar? - O homem chegou na sala, me encarando, neguei rapidamente.

- Você votou, teve sua justificava, agora já foi. - Falei simples, mas o homem veio e se ajoelhou na minha frente, tocando em meu braço.

- Vamos conversar, por favor. - Pediu novamente, e eu neguei, cruzando os braços, eu realmente não queria conversar, se ele sentia que eu era a mais reclusa, vinha e falava, não votasse em mim colocando culpa em algo que nem ao menos percebi que estava fazendo. - Não é pessoal, é cem porcento jogo, fui muito jogador agora, quando eu falei: vou jogar, vou jogar! Eu puxei e foi, porque eu sabia o voto da m...

- Vocês combinaram voto. - Afirmei simples, encarando o homem que gaguejava falando.

- Os dois.

- Os dois o que? - Perguntei perdida.

- Com a galera que eu tinha conversado, duas ou três pessoas combinaram uma coisa comigo, e fizeram. Eu tava no paredão por que a Deniziane pegou, e falou: "Maycon, você está no paredão". Se eu tiver, eu quero ir com quem está aparecendo pouco, ao meu entender do jogo, dentro da casa: quem está aparecendo pouco? Yasmin, Yasmin Brunet. Porque eu quero ficar, eu quero muito ficar. - Falou convicto, senti vontade de revirar os olhos, mas me contive, ouvindo o homem continuar falando. - Te abra, sai da mesa, sai da merda da mesa, fala! Sei que não dei oportunidade de você falar, mas fala.

- Não, é que quando alguém está falando, gosto de ouvir a pessoa. - Falei, transparecendo a educação que recebi de casa.

- A pessoa quer te ouvir também.

(...)

- Eu não achava que realmente iria acontecer isso. - Comentei encarando S/N, que estava ao meu lado no sofá. - Estou surpresa. O Luigi e o Maycon pra mim... - Neguei com a cabeça, não passou pela minha cabeça.

- Ficou surpresa? - Bin Laden perguntou, do meu outro lado.

- Fiquei surpresa. - Afirmei. - Que decepção.

(...)

- Você tem que falar agora. - Wanessa falou ao meu lado, sorrindo brincalhona.

- Eu vou falar tudo o que eu quero agora, vou meter o foda-se, depois quer vir pedir ajuda. Me coloca no primeiro paredão, que decepção. - Falei nervosa. - Sair soltando votos sinceros: "ah, não conversamos muito", "porque sua cara é escrota".... - Continuei, e escutei algumas risadas.

- Acho que já vou dormir. - Ouvi a voz de S/N, após alguns minutos de completo silêncio entre todos nós, e concordamos.

- Vou ir junto, preciso conversar com você. - Falei, e a mulher concordou, seguindo para o quarto, a acompanhei, e sorri ao ver que ela segurava a porta pra mim.

- O que foi? - Perguntou curiosa, fechando a porta atrás de si, e seguindo para a cama que dormiu noite passada.

- Queria agradecer você, por ter me alertado antes, tive um baque, mas com certeza seria maior se não tivesse me avisado. - Agradeci, e a mulher sorriu, enquanto se cobria.

- Está tudo bem, inconscientemente fizemos parte do mesmo grupo, e espero continuar assim até o fim do confinamento, estamos apenas no segundo dia, mas querendo ou não, temos mais afinidade com uns, do que com outros. - Disse, e eu concordei.

- De qualquer maneira, quero agradecer, foi importante ter falado pra mim. - Agradeci sorrindo, e a mulher concordou.

- Creio eu que você não vai sair nesse paredão, vai ficar tudo bem. - Falou dando de ombros, sorri.

- Espero que sim.

- Já vai dormir também? - Perguntou, se ajeitando embaixo do edredom, ri.

- Estou mais elétrica do que nunca depois dessa formação de paredão, acho que vou ficar acordada por um tempo ainda. - Comentei, fazendo a mulher rir. - Boa noite, S/A. - Soltei sem perceber, vendo a mulher arregalar os olhos, encarando o restante do quarto.

- Boa noite, Yasmin. - Disse após alguns segundos. Sai do quarto, fechando a porta devagar, e indo de encontro com Giovanna, que estava sentada na mesa, sorri de canto.

- Sem sono também, companheira de paredão? - Perguntei, e a mulher sorriu tristonha em minha direção.

- Espero realmente que dê certo. - Falou, e eu concordei, enquanto me sentava ao seu lado.

|Autora|

Quero agradecer o apoio, os comentários e elogios, muito obrigada, faz eu querer escrever mais.

Connection   -   Yasmin Brunet | YouOnde histórias criam vida. Descubra agora