Capitulo 11

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Yasmin Brunet POV

Segunda Festa

Sorri para mim mesma, me encarando do espelho.

- "Aí, mas ela é muito mal educada, sempre que vai falar com ela, ela está olhando no espelho". - Ouvi a voz copiosa de S/N, e ri escandalosamente, a encarei e a vi fazer aspas com as mãos.

- Deixa de ser idiota. - Digo, ajeitando minha roupa.

- Só estou imitando o que escutei. - Se defende, deitada.

- Estou bonita? - Pergunto me virando completamente para a mulher, que me encara de cima a baixo, e umedece os lábios. Sorrio de canto.

- Não achei. - Diz com desdém, enquanto se levanta.

- Engraçadinha. - Digo, ajeitando o microfone.

- Noite de jogos? - Pergunta da porta, e sorrio de canto.

- Noite de jogos. - Confirmo, e ela sorri, antes de sair completamente.

Dois Anos Antes

"Revirei os olhos, olhando para a mulher que me encarou a festa toda.

- Olha o que está fazendo, você namora. - Minha amiga avisa, assim que vê que eu estava seguindo a garota para o banheiro.

- Quero saber o que essa maluca quer. Ela não pode simplesmente achar que pode cantar a namorada do dono da festa. - Digo com raiva, me virando para encara-lá.

- Yasmin, ela não deve estar te cantando, se ela está na festa, provavelmente Medina a conhece. - Diz óbvia, e nego com a cabeça.

- Ele nunca disse nada a respeito, e eu não a conheço. - Digo, e solto sua mão de meu braço. - Ela pode ser uma intrusa, tenho que ir atrás.

- Não quer chamar o seu namorado pra resolver isso? - Pergunta, e nego com a cabeça.

- É o aniversário dele. Acha mesmo que vou fazer ele passar a dor de cabeça de expulsar uma intrusa da própria festa? - Pergunto retoricamente, e a mulher nega com a cabeça.

- Você nem sabe se ela é uma intrusa.

- Se for, eu vou saber agora. - Falo firme, indo em direção ao banheiro.

Entro no cômodo, a festa era em um bar, o surfista fez questão de ser tudo milimetricamente planejado, até mesmo em luzes e cores sexys, por assim dizer. Vermelho e preto predominavam, as led's eram o charme.

- Me seguiu? - Ouvi sua voz, e me assustei.

- Quem é você? - Pergunto encarando a mulher, que sorri, lavando as mãos.

- S/N, prazer. - Diz, esticando o braço.

- Sobrenome? - Pergunto, sem firmar seu toque.

- Por que quer saber? - Pergunta, tombando um pouco a cabeça para o lado, e forçando um pouco o olhar, parecia querer me olhar melhor. Havia pouca luz no local.

- Quero saber se foi convidada para a festa. - Digo direta, e ouço sua gargalhada.

- Não confia nos seguranças que estão por toda a parte? - Pergunta, e sorrio de canto sem achar graça.

- Não. Qual seu sobrenome? - Pergunto novamente, e a vejo se aproximar.

- Qual o seu nome? - Pergunta intrigada. Dou um passo para trás, instintivamente.

- Isso com certeza não importa pra você no momento.

- Ah, importa. - Sussurra, e me pergunto como é que estou escutando, pois a música alta prevalecia do lado de fora.

- Vou chamar os seguranças se você não falar o seu sobrenome. - Digo firme, e vejo novamente um sorriso travesso brotar em seus lábios.

- Pires. S/N Pires. - Diz, ajeitando a postura. - Trata todos os convidados assim? Com essa gentileza. - Pergunta sarcasticamente, e coço a garganta.

- Irei ver se seu nome está na lista. - Aviso, me virando e abrindo a porta. Sinto sua mão em minhas costas, e outra em meu braço, me forçando a fechar a porta novamente.

- Quer mesmo sair daqui?- Escuto seu sussurro perto de minha orelha, e estremeço.

- S/N... - A chamo em um tom baixo. - O que está fazendo?

- Quer? - Pergunta novamente, escuto o som do trinco da porta. Eu não estava com medo, longe disso. Estava intrigada.

- O que quer de mim? - Pergunto, a puxando para mais perto. Eu não sabia o que queria, mas com certeza era algo a ver com ela.

- Você. - Sussurrou. Tombei minha cabeça, deixando-a com total visão de meu pescoço.

- Medina é meu namorado, sabe disso, não é? - Pergunto, sentindo selinhos ser depositados em minha pele.

- Melhor ainda. - Responde, tirando suas mãos de mim. - Qual seu nome?

- Yasmin. - Respondo, me virando para encara-la. - Yasmin Brunet.

- Quer jogar um jogo?

- Qual jogo? - Pergunto interessada, e a vejo sorrir de canto.

- Não pode beijar, muito menos algo longe disso. Quem fizer o outro querer, vence. Você pode provocar se quiser, mas não pode passar dos limites. - Diz próxima de mim, sorrio.

- O que ganho com isso? - Pergunto, vendo seu sorriso alargar.

- Pode escolher o que quiser - Responde. Sorri de canto. - Não sabia que Medina namorava. - Diz surpresa, e encaro sua íris castanha.

- Somos noivos."

Desde então só beijei duas vezes essa mulher, e creio eu que foram um dos melhores beijos que dei em tempos. Jogo de provocação. Nunca entendi esse seu fetiche por isso, mas desde que descobri, sou mais obcecada do que ela, a mulher despertou algo em mim. Trai meu noivo, e não me arrependo. Ninguém sabe, e não pretendia contar a ninguém, até vê-la aqui no primeiro dia. Sabia que não iríamos conseguir ficar sem se provocar, ainda mais vivendo em uma casa juntas por três meses.

- Ludmilla está lá fora. - Escuto sua voz, e concordo com a cabeça. - No que está pensando?

- Na festa. - Digo, e a encaro, pareceu perceber de qual festa eu citava, e sorriu de canto.

- Penso nisso todos os dias.

|Autora|

obrigada pelos comentários! sempre que bater uma meta diária (feita por mim) irei postar um novo capítulo. Prefiro não contar sobre a meta, apenas saibam que tem uma, e não tem a ver apenas com comentários.

Connection   -   Yasmin Brunet | YouOnde histórias criam vida. Descubra agora