Após um grave acidente de trânsito, Gavi acorda sem o movimento de suas pernas e sem suas memórias. Envolto por uma sensação estranha de angústia, ele passa a obedecer tudo o que seu marido diz, enquanto tenta entender porque ele parece tão insensív...
☆✧ Esse capítulo é bem pequeno, mas possui detalhes chave que literalmente fecham a história, ou não, hehehe 😈
⋆⋆ Postarei outro capítulo logo após esse, então, por favor, siga para o próximo! Gosto de avisar por conta dos bugs! 😢
✩✧ Tenho uma novidade nas notas do próximo capítulo. 👀 ✿ Boa leitura!
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Ferran nunca havia se sentido tão envergonhado durante toda sua vida, pois, preocupar Gavi com o seu estado de saúde era a última coisa que queria. Contudo, não pôde negar quando Pedro precisou sair do casarão, ainda pela manhã, destinando-lhe a incumbência de cuidar do mais novo.
- Não se preocupe comigo. - avisou, entrando no quarto e abrindo as cortinas.
- Como pode me pedir isso? - perguntou, completamente chocado ao tentar acompanhar seus movimentos com o olhar, no entanto, a posição em que estava não lhe permitia segui-lo por muito tempo. - Parece que um caminhão atropelou você. O que houve? - insistiu. - Você se envolveu em alguma briga?
Ferran parou por um tempo, acariciando a própria têmpora com a mão livre - visto que o outro braço estava imobilizado por uma tala. A voz toda delicada e atenciosa do menor o irritava profundamente. Afinal, o que ele pensava? Havia transado com Pedro a noite toda e agora estava agindo como se seu dilema fosse tão importante quanto seu bem estar?
- Sério... - deixou com que uma risada soprada escapasse de seus lábios enquanto pensamentos egoístas vagavam por sua mente. - Até quando você vai conseguir manter esse personagem? - questionou, assistindo-o fitá-lo com a expressão confusa e assustada. - Você realmente não se lembra de nada?
Gavi mordeu os lábios, sentindo-se ligeiramente zangado por ver o mais velho desconfiar de sua palavra. Pela primeira vez desde quando retornou do hospital, sentiu vontade de pular daquela cama e gritar.
- Você acha mesmo que eu gostaria de estar no estado em que eu estou? - devolveu a risada amarga e soprada, sentindo a garganta coçar e um fogo esquisito se acender em seu peito. - Se eu me lembrasse de algo, a primeira coisa que eu faria seria me levantar e parar de depender da sua ajuda.
Um clima esquisito e completamente tenso se espalhou pelo quarto. Era como se, de repente, ambos passassem a desconfiar um do outro, o que gerava insegurança e uma parceria duvidosa, onde ninguém sabia o que era verdade e o que era mentira.
No entanto, Ferran percebeu a expressão triste que pairou sobre o rosto do esposo de seu patrão após ele lhe devolver o tratamento ácido que estava lhe aplicando, fazendo com que se sentisse culpado. Não almejava atuar como mais um opressor em sua vida.
- Não era minha intenção magoar você, Gavi. - pediu ao se sentir envergonhado. - Apenas é difícil para mim conviver com alguém completamente diferente em você... - suspirou. - Apenas quero que você saiba que se você se lembrar de alguma coisa, deve dizer diretamente para mim.
