𝒫𝑒𝑑𝑟𝑜 𝑛𝑎𝑜 𝑒𝑟𝑎 𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑐𝑜 𝑣𝑖𝑙𝑎𝑜

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Quem já leu outras histórias que escrevi, sabe que amo montar playlists que ambientam o clima da narrativa. Então, a novidade é que "Amnésia" também tem uma playlist e as canções são exatamente o climão da fanfic!
Se vocês quiserem, também podem ouvir!

https://open.spotify.com/playlist/4DDsgyeY49ZUXgT3tM6hEi?si=aBbDdeZHRdqfbyh7aiB0KQ&pi=u-g989bLV9Qby9

⚝ Prometo que não demorarei com o próximo capítulo! Estamos na reta final!

Era a terceira vez que acariciava os cabelos macios e ralinhos do bebê de Pablo, enquanto tinha sua cabeça repousando em seu colo, assistindo-o desfrutar inocentemente da história que contava

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Era a terceira vez que acariciava os cabelos macios e ralinhos do bebê de Pablo, enquanto tinha sua cabeça repousando em seu colo, assistindo-o desfrutar inocentemente da história que contava.

— E o que aconteceu com ela? — ele perguntou baixinho, bocejando, sentindo que a qualquer momento poderia fechar os olhos e dormir pensando sobre todas as cenas que o mais velho narrou.

— A Vasilisa viveu feliz para sempre no Palácio do Czar. — resumiu.

— Não, tio! — reclamou, olhando para ele com os olhos brilhantes. — Não estou falando dela e sim da bruxa, da Baba!

— Ah sim, está falando da Baba Yaga… — Ferran riu de nervoso ao notar que o garoto parecia mais fascinado com a bruxa horrenda e cruel do que com a princesa bondosa e gentil. — Realmente… faz todo sentido você ser sobrinho de Gavi. — resmungou para si mesmo.

Embora “Vasilisa, a bela e Baba Yaga” fosse um conto russo semelhante à Cinderela, ele possuía um tom extremamente sombrio e doentio, explorando o sadismo de uma madrasta amarga e cenários fantasmagóricos envolvendo exploração infantil e canibalismo. No entanto, o menino havia gostado.

— Você é igualzinho ao seu tio, sabia? — riu, percebendo que ele parecia confuso. — Por baixo desse rostinho meigo, existe um verdadeiro…

— Monstro! — a voz de Pablo ecoou aguda e desesperada na sala de estar, enquanto ele ofegava e corria até a criança, tomando-a dos braços de Ferran. — O que deu em você? — gritou. — Qual é o seu problema?!

Ferran permaneceu imóvel sentando no estofado, como se a respiração ofegante e o desespero de Pablo não significasse nada para si.

— Eu não fiz nada demais, estávamos apenas conversando.

— Escute aqui, seu desgraçado. Nunca! — respirou com dificuldade, sentindo as lágrimas quentes de alívio rolarem por seu rosto. — Nunca mais encoste no meu filho de novo, você entendeu?

Pablo estava prestes a se derramar em um pranto angustiado de medo e refrigério ao mesmo tempo. Marc não sabia o que fazer diante daquela cena. Tentou secar as lágrimas de seu pai enquanto ainda estava no colo dele, mas logo foi levado até o seu quartinho.

Pablo beijou sua testa e pediu para que ficasse ali até que retornasse.

Marc havia perguntado para ele porque parecia tão assustado, no entanto, não obteve uma resposta, concordando em ficar ali dentro até que ele o chamasse para almoçarem juntos, como de costume.

𝐀𝐦𝐧𝐞𝐬𝐢𝐚 ⤷ᵍᵃᵈʳⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora