Após um grave acidente de trânsito, Gavi acorda sem o movimento de suas pernas e sem suas memórias. Envolto por uma sensação estranha de angústia, ele passa a obedecer tudo o que seu marido diz, enquanto tenta entender porque ele parece tão insensív...
⊹Finalmente estou de volta! Eu adoro escrever essa história e desejo que vocês também se divirtam lendo!
⊹⊹ Postarei dois capítulos eeeee! Então logo após esse, se você tiver fôlego 👀 passe para o próximo.
⊹⊹⊹ Boa leitura!
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— Pxiu…
Gavi abriu os olhos abruptamente, sentindo-se assustado enquanto seu coração parecia bater tão forte quanto os relâmpagos constantes do lado de fora.
Ficou algum tempo encarando o espaço vazio do quarto meio escuro, até que percebeu a presença de Pedro ao seu lado. Ele estava deitado na almofada, segurando sua mão.
— Pedr…
— Pxiu… — ele pediu de novo, bem baixinho, acariciando sua bochecha de maneira carinhosa. — Não precisa dizer nada. Eu sei que você teve um pesadelo, não teve?
Gavi respirou fundo, não imaginando que a tarefa de concluir esse processo fosse tão difícil, pois, seu fôlego havia sido completamente tomado. Não conseguia olhar nos olhos do mais velho deitado ao seu lado e contar a ele sobre as imagens que viu em seus sonhos, muito menos explicar para ele o que estavam fazendo. Seria vergonhoso demais associar Pedro a algo terrível enquanto ele estava cuidando tão bem de si…
— Sim. Eu tive sim.
— Com o que você sonhou? — perguntou em um tom sério e analítico, que acabou passando despercebido pelo mais jovem.
Ele olhou novamente para seus olhos, não querendo chateá-lo com algo tão banal.
— Sonhei que eu estava atravessando a rua e, de repente, fui atropelado por uma van. — mentiu. — Isso acabou me deixando assustado…
Pedro sorriu, acariciando seu rosto com a mão grande, tocando seus cabelos. Seu toque era tão suave e macio, que Gavi respirou fundo, suspirando enquanto fechava os olhos e se deixava ser acalmado por ele. Pedro era tão bondoso.
Por mais que tivesse sido apenas um sonho, naquele momento, pensou que a maior ironia da dor era querer ser consolado por aquele que a causou.
— Como eu vim parar aqui? — perguntou ao perceber que estava deitado confortavelmente na cama, com as pernas dobradas para o lado na mesma posição que ficava sentado na cadeira.
— Você dormiu enquanto estávamos assistindo ao filme. — riu em um tom quase zombeteiro. — Eu demorei a perceber que você não viu nem metade do filme. — acariciou suas bochechas. — Mas não tem problema, você precisava mesmo descansar um pouco.
Gavi se sentia extremamente confuso, pois, não sabia até que ponto sua interação com Pedro na noite anterior havia sido real e o que havia sido pesadelo. A linha que separava ambos era tênue e difusa.
