𝒫𝑎𝑏𝑙𝑜 𝑒𝑟𝑎 𝑢𝑚 𝑏𝑜𝑚 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜

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♡ Voltei!
⸻☆Esse capítulo tem uma bomba no final, que... 👀

O trajeto da lanchonete até a casa de Pablo havia sido seguro e bastante rápido

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O trajeto da lanchonete até a casa de Pablo havia sido seguro e bastante rápido. Gavi passou grande parte do tempo olhando através da janela, com a cabeça vazia, não conseguindo pensar em nada exatamente, exceto pelas vezes em que Pablo trazia à tona algum assunto bobo, deixando o clima mais leve e descontraído.

Quando eles chegaram à residência do mais velho, perceberam que já havia parado de chover. Tudo o que Pablo fez foi ajudá-lo a se sentar, já que agora, Gavi poderia se movimentar como bem entendesse. Isso era devido ao fato de que, com a cadeira motorizada que pegou do hospital, seria necessário apenas manusear alguns botões para locomover-se.

Embora essa ação pudesse parecer pouco progresso perante a opinião alheia, na perspectiva de Gavi, aquilo significava um passo mais próximo de sua antiga liberdade. Ele se sentia mais livre e autônomo assim.

— Onde está o meu sobrinho?

Pablo riu, percebendo que, dentre todos os detalhes que lhe contou no carro, seu filho parecia ter lhe roubado a maior parte da atenção.

— Ele está na escolinha agora — explicou, enquanto tratava de abrir a porta. — Daqui a pouco poderemos buscá-lo juntos.

Gavi não respondeu nada, mas havia se sentido muito empolgado com aquela ideia, criando cenários em sua mente, onde imaginava como seria conversar com o garotinho. Desde quando saiu do Hospital, o único local o qual havia frequentado era a casa que vivia com Pedro. Dessa forma, poder ter a oportunidade de ver e conhecer coisas e pessoas novas trazia refrigério para seu estado de espírito abalado.

— Antes de qualquer coisa, acredito que seja bom você tomar um banho, tirar essa roupa do hospital e vestir alguma coisa confortável… — falou, assim que adentrou a casa junto com ele, parando na sala de estar e percebendo como ele olhava para todos os cantos. — Você precisa de ajuda para…

— Não! — gritou de maneira brusca, percebendo apenas depois que havia falado muito alto e exagerado. — Eu… eu queria tentar fazer isso sozinho. — consertou ao sorrir de maneira meio tímida, movendo os dedos enquanto explicava para ele. — Acho que nessa cadeira consigo fazer tudo por mim mesmo, especialmente na hora do banho.

— Mas você precisa que alguém o transfira para a banheira, não é mesmo? — Pablo o lembrou, fazendo-o raciocinar com mais calma. — Posso ajudá-lo apenas com isso e depois deixá-lo para tomar o seu banho sozinho. O que acha?

Gavi não possuía muitas opções. Apesar de ganhar mobilidade com a cadeira, ainda não conseguia transferir o corpo de um lugar para o outro.

No final, parecia que não havia mudado muita coisa…

— Sim, claro… — respondeu meio triste, porém, tentando não transparecer sua frustração. — Obrigado.

Gavi não queria chatear Pablo e fazê-lo sentir que precisava se esforçar mais do que já estava lutando. Possuía a consciência de que ele estava lhe fazendo um favor abrigando-o de maneira tão hospitaleira em sua casa.

𝐀𝐦𝐧𝐞𝐬𝐢𝐚 ⤷ᵍᵃᵈʳⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora