O amor pode salvar, mas ele também pode destruir...
Maitê conheceu o pior lado do ser humano e da pior forma possível, isso gerou traumas profundos que a deixaram arredia em relação às pessoas. Os pesadelos são constantes, as lembranças a atormentam...
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Eu nunca fui muito fã de futebol, mas confesso que acompanhei o jogo com o máximo de atenção possível, e torcendo pelo Barcelona é claro.
Quando Pedri fez o primeiro gol, as meninas foram a loucura, elas mal podiam acreditar que estavam assistindo ao jogo de camarote, convidada por um jogador e em companhia da esposa dele. Letizia então principalmente, ela parecia um pinto no lixo como a gente costuma dizer no Brasil. — Cara eu tô extasiada. — Letty comentou quando o jogo acabou e as pessoas foram saindo do estádio. A gente deu risada, inclusive Anna. — É surreal.
Laura e Klara também estavam adorando minhas amigas loucas e eram só chamegos com elas. Estávamos esperando as duas terminarem seus lanches para irmos embora. — Eu não perco um jogo do Robert, não somente por gostar do esporte, mas por estar lá para apoiá-lo também. — Está certíssima Anna. — Caye concordou com ela. — Tem que ficar atenta mesmo, caso uma biscate cresça o olho.
Elas deram risada e eu só conseguia balançar minha cabeça em negação. — Então, vamos. — chamei quando Laura e Klara terminaram o lanche e Anna me olhou. — Vocês poderiam ir comigo até o estacionamento? Me ajudar com as meninas. — Claro que sim. — Letty respondeu alegre e saímos todas juntas.
Deixaríamos Anna e as filhas no estacionamento e voltaríamos para sair pela portaria principal, iríamos pegar um Uber. Já tínhamos combinado de antes.
Fui atrás de mãos dadas com Klara enquanto Cayetana e Letty conversavam com Anna sobre os benefícios de ter passe vip para assistir uma partida de futebol. Eu me sentia até deslocada perto delas, todas usavam camisas do Barcelona, Anna com uma do marido, as filhas usavam camisas infantis com DADDY escrito atrás e o número nove, Letty vestia uma do Gavi e Caye usava uma com o nome do Pedri. — Bem que a gente podia ter passe vip pra ver os jogadores também. — Cayetana comentou e elas deram risada. Essa minha amiga não tem jeito.
Elas desceram as escadas na frente, Anna segurava Laura no colo e eu ajudando Klara com os degraus. Ficamos um pouco mais atrás e ouvi vozes, levantei a cabeça vendo Gavi abraçado com a esposa, Ferran, Fermín, Balde e Pedri junto com Lewandowski. — Surpresa! — Anna disse divertida e eu só conseguia encarar o jogador de olhos castanhos todo vestido de preto, e que me olhava de volta. — A Maitê comentou que vocês duas eram muito fãs dos meninos, então nós preparamos essa surpresa.
Me aproximei a passos lentos e Klara soltou minha mão correndo para os braços do pai. — Oi May. — Ferran disse acenando e acenei de volta. As meninas me olharam sem entender e lembrei que elas não sabiam sobre a carona. — Oi garota bonita. — Balde sorria abertamente e eu quis me enfiar em um buraco.
Anna apresentou as meninas que ficaram superanimadas. Pedri abraçou as duas, mas com o olhar ainda fixo em mim, de uma forma intensa e direta. Novamente me senti inquieta com aquela forma como ele me encarava e cruzei os braços sobre o peito, como se fosse uma forma de proteção. — E aí moça. — Ferran veio falar comigo e meu olhar desviou de Pedri por um segundo para encará-lo. — Tudo bem? — Oi, tudo bem. E você tá bem?
