Após agasalhar a filha, Any a colocou para dormir, saiu para fora e se sentou no pequeno degrau da pequena varanda, e ali chorou baixinho, olhando para o lago.
Henrique: Isso é horrível, para qualquer um, o sentimento de perda, depois de garantir o resgate de alguém. - sorriu e se sentou do lado dela.
Any: Henrique, Cecília não pularia no lago, ela tem medo de água, e o erro foi meu, que não investi na natação, eu sou péssima! - disse em meio as lágrimas.
Henrique: Não se torture Any, foi um incidente, não se condene por isso tá. - sorriu e se levantou, Any se abraçou e ficou ali encolhida, chorando.
Ruth: Oh meu amor! Não fique assim, a nossa preciosidade está bem! - se abaixou na frente dela.
Any: Eu só fui ao banheiro, foram dois minutinhos, dois.. e estragamos a festa, Alfonso deve ter ficado chateado! - disse limpando o rosto.
Ruth: Claro que não Any, olha fica tranquila tá, a festa está acontecendo ainda, alguns foram embora, mas é que já está tarde também. - sorriu colocando os cabelos de Any molhados atrás da orelha.
Poncho: Eii.. pequena! - disse se aproximando preocupado, e se sentando ao lado dela. - Ela tá bem Any. - corrigiu.
Any: Eu sei Poncho, só que paramos sua festa, nem era para estarmos aqui, eu não era para estar aqui. - disse olhando ele.
Ruth: Acha! Quem iria me ajudar a arrumar tudo isso aqui? - disse sorrindo para ela, que retribuiu.
Poncho: Ah então estavam aqui já? - perguntou surpreso.
Any: Chegamos sexta - falou sorrindo.
Ruth: Eu vou descer lá, vou fazer um chá e trago para vocês duas tá - beijou a cabeça de Any que retribuiu com um breve sorriso.
Poncho: Bom eu vou descendo, promete que vai ficar bem? - segurou as mãos dela.
Any: Ahan.. - ele puxou ela e a abraçou.
Poncho: Você é incrível! Você salvou nossa filha! - se afastou e beijou a testa dela, os dois se olharam nos olhos, ela se afastou assim como ele, que já aproveitou e desceu, depois de tomar o chá, Any desceu para deixar as xícaras na casa.
Helena: Ah, elas estão dormindo aqui? Já foi difícil eu aceitar a menina, agora a mãe dela também? - olhou para Ruth- E meus amigos que convidei e falei para dormirem aqui?
Any: Helena, olha eu errei, ter aceitado o convite do senhor Henrique, ter vindo, ter ficado aqui, eu te peço desculpas, e eu vou embora, vou para casa da minha mãe. - ela disse se virando
Helena: Não deveria ter aparecido Anahí! Não deveria nem ter saído com homem casado! - começou alterar a voz, e as pessoas começaram a se aproximar.
Any: Sabe Helena, dessa história toda, eu sou a menos culpada, eu conheci o Alfonso, homem solteiro, e gerente, que vivia fazendo viagem a negócios, eu nunca soube de vocês, descobri no dia do casamento da Maitê, depois nunca mais nos vimos.... - foi interrompida.
Helena: Menos culpada? E eu? Eu sou a esposa dele! Eu estou junto com ele, há quase 20 anos, e eu sou culpada? - falou alterada.
Any: Um pouco talvez, se você tivesse percebido que as viagens do seu marido eram estranhas, saberia que estava sendo traída, ou levantaria hipóteses, mas não! Acreditar que ele é o homem perfeito, era mais fácil. - falou quase chorando.
Ruth: Meninas, param com isso! - falou entrando na frente. - Any se você acha que consegue ir para sua mãe, me desculpe! - Any assentiu entendendo o recado e saiu andando, quando passou a porta paralisou.
Helena: Sabe porque você é culpada? Porque você provoca os homens, você se sente orgulhosa, dançando em casa de prostituição? - gritou.
Ruth: Helena!
Helena: Helena? Ah vai saber que não sabia sogrinha? Que teu filho encontrou essa daí, em um puteiro! E sabe da maior? Ela trabalha lá até hoje, e sabe quem me contou? O nosso amado Anahí! O meu marido! - disse chorando.
Poncho: O QUE TA ACONTECENDO AQUI? - falou entrando na cozinha, e viu Any o encarar com lágrimas nos olhos, ela se virou e saiu correndo em direção ao quiosque.
Any: Ceci! Filha acorda, vamos! Temos que ir embora. - disse, pegando as malas e colocando as malas no carro, Cecília entrou e passou o cinto, Any entrou, mas se lembrou do celular, ela desceu e entrou no chalé, procurava o celular, quando virou e deu de cara com Poncho.
Poncho: Anahí! Me escuta. - ela continuou procurando o celular, sem dar a mínima para ele. - Anahí! Para me escuta! - segurou os braços dela, mas logo soltou. - Eu contei para ela logo que voltei para cá, a nove anos atrás, eu tinha que resgatar meu casamento, mas eu deveria ter volt... - ele sentiu a mão dela na cara dele.
Any: Eu odeio você! Eu me odeio, por sempre cair no seu papo, você é um idiota Alfonso! Idiota! - gritou, pegou o celular e saiu andando em direção do carro, ele saiu correndo e parou olhando ela sair com o carro.
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Inesquecível Ana Hí
FanfictionAté onde o amor é capaz de suportar a vida dupla? "A falta de controle pode levar o ser humano a loucuras." Dila Nepel