Inesquecível Ana Hí

Cap. 22

Any voltou de ônibus com Cecília, deixou o carro para Ana devolver para Henrique, acionou seu advogado, pela nova ordem judicial, Poncho e os avós, viam Cecília na casa de Ana, a menina não dormia mais na casa dos avós e/ou do pai.

Ceci: Meus irmãos não querem me ver pai? - disse chupando sorvete.

Poncho: Eles devem estar chegando. - disse encostando na cadeira e cruzando os braços.

Ravi: Fala pirralha! - bagunçou os cabelos da irmã. - Oi pai tudo bem? - abraçou o pai.

Poncho: Oi filho como está? - o menino assentiu.

Marie: Oii papai, e aí maninha. - beijou a cabeça da irmã.

Ceci: Porque vocês falaram oi para o papai? - encarou eles.

Ravi: Vamos dizer que o papai e minha mãe estão morando cada um em sua casa, assim como sua mãe e ele. - sorriu com a cara feliz dela.

Marie: Porque essa carinha? - olhou ela.

Ceci: Porque vocês vão ver que legal ter duas casas - sorriu, e todos sorriram.

...

Ceci: Mãe! Olha só isso? - disse desesperada, olhando para a cama, que tinha uma mancha de sangue.

Any: Oh meu amor. - Any explicou o que fazer, e o que era. - Mãe, vou no mercado, você fica com a Ceci? - olhou a mãe.

Ana: Claro filha. - Any saiu da casa da mãe, e foi caminhando até o mercado, pegou um carrinho e pegava algumas coisas.

Any: Meu Deus, me desculpa! - ela disse amor bater o carrinho na perna de alguém.

Xxxx: Tudo bem! - ela ergueu o olhar, e encontrou o olhar dele.

Any: Desculpa! - ela desviou o carrinho e saiu.

Poncho: Any! - ela parou e virou para ele.

Any: Oi. - disse com a voz falhada, Poncho estava estremamente gostoso, estava malhado, com barba grande, estava com roupa de academia.

Poncho: Podemos conversar? - ela piscou várias vezes.

Any: Tá, aqui? Quer dizer agora? - desviou o olhar.

Poncho: Podemos ir na cafeteria de tarde? - ela concordou com a cabeça e saiu andando.

..

De tarde Any saiu de casa, alegando que iria buscar um doce para a filha.

Any: Oi! - disse se sentando.

Poncho: Oi! - sorriu.

Any: O que queria falar? - olhou ele.

Poncho: Any, eu queria te pedir perdão, por tudo o que aconteceu, por tudo que houve entre nós, por tudo que eu já te fiz, não é tentando te reconquistar,  é tentando reparar o que um dia eu fui, reparar aquilo que eu fiz para você, o homem insensível, bacaca, e idiota que eu fui, eu estraguei dois corações puros, que só queriam me amar, que só me queriam bem, eu te amei e de verdade? Eu ainda te amo, lembra quando me disse que não encontrou ninguém para "substituir" o seu amor por mim? Eu digo o mesmo, o meu amor por ti, não foi capaz de ser apagado com o carinho que eu sentia por Helena.. Any eu... - retirou a mão da mesa, após ela retirar a dela.

Any: Poncho eu te amei tanto, você foi o homem mais incrível da minha vida, você me fez única, você me fez mulher, me amou de tal maneira que eu não sei nem explicar, mas você me machucou, me colocou em uma posição que eu não queria, de jeito algum, eu me sinto suja, me sinto... - disse começando a chorar. - Eu aceito seu pedido de desculpa Poncho, e eu prefiro de verdade, que você viva longe de mim, e nossa única ligação seja a Cecília, eu quero seguir minha vida, e você deixou de ser minha primeira opção. - disse chorando.

Poncho: Any! Eu não estou pedindo para ficarmos juntos, estou pedindo uma chance para tentarmos pelo menos, sermos amigos.. - disse abrindo as mãos encima da mesa, Any as olhou, e com as mãos trêmulas colocou encima das dele, que fechou e a encarou.

Any: Como você está? Soube pela Cecília, que se separou. - disse tirando as mãos e enxugando as lágrimas.

Poncho: É a gente se separou, não dava mais, eu tentei Any, uma convivência amigável, pelas crianças, tentei também trazer você para perto, para mostrar o quão adulto somos, principalmente para as crianças, mas foi inútil, ela surtou aquele dia, me fez ameaças absurdas, pediu o divórcio e quase teve um ataque estérico porque eu assinei. - deu um breve sorriso, Any sorriu, tiveram uma tarde amigável, conversaram sobre a vida e a mudança dela.