Cap 01

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Dulce
O7.01.2024
13h

"Até que foi chique para um show falso
Não faz sentido, você não conseguiria tirar um dólar de mim

Ok, é essa noite, sou uma flor venenosa

Olhe o que você nos fez fazer

O fogo que vai te ninar lentamente (fogo)
É tão lindo que chega a ser cruel

Eu trago a dor tipo

Isso é o veneno rosa"

Pink Venom - Black Pink

Beleza, eu ainda não acredito!

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!" Grito internamente, enquanto por fora estou tentando me manter calma.

"Eu estou almoçando com Benjamin Beckett, um personagem literário. O que ele ainda não sabe, é que chamo ele de pai e Sloan de mãe. Será que isso é um sonho?" Penso, ainda tentando não surtar

Trouxemos Benji para um local menos movimentado. Porque ele com certeza chamaria atenção num parque público.

No caso, viemos para um restaurante almoçar.

Mas mesmo estando almoçando com ele, eu não consigo acreditar nisso. E como a idiota que sou me auto belisco pra ter certeza que não estou sonhando ou delirando.

- Ai! - Grito e todos da mesa olham para mim - Não é nada, não! Só eu sendo eu mesma - Digo em português sorrindo e volto a comer depois da minha loucura.

Mas, espera aí! Se eu senti dor, significa que isso tudo é real. Não é um sonho doido que eu tive.

Não é um delírio coletivo? Isso está acontecendo mesmo?

Ahhh!! Mas o que explica a parte dele ter caído no banco na nossa frente, no meio do parque Halfed, em Minas Gerais?

Ai,ai...

Tento inutilmente disfarçar um suspiro.
Mas tentem entender: É O BENJAMIN BECKETT.

- Ok, a comida daqui é realmente uma delícia. Agora quero voltar mais vezes para o Brasil. Mas o que eu estou fazendo aqui? - Beckett indaga em seu inglês perfeito e nós nos entreolhamos, nos questionando quem iria contar e decidimos que Maia seria a responsável por isso.

- Bom, então... Inexplicavelmente, um portal se abriu acima de nossas cabeças. E você, simplesmente caiu de dentro dele. Bem em cima de um banco do parque, que foi onde encontramos você, Bela Adormecida. - Ela diz como se fosse a coisa mais simples do mundo, e é assim que sei que está nervosa. O que me dá vontade de rir, mas me seguro. - Que bom que te achamos antes de um guarda municipal! Já pensou a confusão? Um sem entender o outro... - Maia começa a rir sozinha. Sem explicar a graça, o que deixa tudo mais engraçado, porém...

Mas infelizmente ignoramos e prosseguimos com a conversa.

- Okay... Então, o que vocês estão me dizendo é que eu vim parar aqui por simples... mágica? - Ele nos questiona ainda mais confuso, se é que tem como.

E eu o respondo:

- Na verdade, parecia um buraco de minhoca. O que pode acontecer, só não foi confirmado pela física ainda... Mas enfim, sim, foi isso mesmo. - Ele rola os olhos como faz tipicamente quando está com Sloan e Charles, e eu sorrio - Falando nisso, como anda a minha mã- digo, mulher? - Eu o questiono e ele me olha intrigado - A Sloan Sanders, pequeno Beckett. - Sorrio, sabendo que iria o provocar.

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