Becky
Era estranho de certa forma, pegá-la todas as manhãs, andar de mãos dadas pelos corredores, não importando quem estivesse olhando, beijá-la sempre que tinha vontade e quebrar cada uma das inseguranças que nos cercavam desde o primeiro momento. Foi estranho, mas foi tão fofo encontrar aquela pessoa que te fazia sentir como ninguém, que te fazia sentir em casa.
Agora eu vi como ela conversava com nossas amigas, enquanto estava sentada em meus joelhos, com uma mão acariciando suavemente minha perna. Era como uma espécie de hábito adquirido em que ela mesma se recusava a parar de me tocar a qualquer momento.
- No que você está pensando? - Ela sussurrou, inclinando a cabeça até que ela descansasse entre meus seios. - Minha bundinha de pêssego.
- Que idiota. - Eu sussurrei, enrolando meus dedos nos fios macios de cabelo. - Mas você é a idiota que eu quero.
Procurei cuidadosamente seus lábios, encontrando um beijo fugaz que mal migrou além de um simples toque, mas em vez disso se tornou um toque cheio de sentimentos que mal me deixou querendo mais. Ela continuou com os olhos fechados e a trombeta esticada, como se se recusasse a permitir-se experimentar o que quer que sentisse naquele momento.
- O que está acontecendo? - Com as pontas dos dedos tracei seu perfil, terminando na ponta do nariz. - Por que você não abre esses olhinhos lindos?
- Porque ontem à noite, toda vez que sonhei com você, acordei com vontade de te beijar de novo. - Sussurrar. - Mas não, você simplesmente desapareceu e eu fiquei com aquele vazio horrível. - Ela suspirou pesadamente. - Então ficou assim para mim.
Eu sorri.
- Te informo que você não está sonhando comigo.
- Ninguém me garante.
- Se eu te der outro. - Sinto seus lábios entre os meus. - Você acreditaria em mim se eu te dissesse que sou real?
Encolheu os ombros.
- Deve tentar.
- Você é mimada.
Eu refutei.
Ela balançou a cabeça suavemente e sorriu da maneira mais doce de todas.
Eu poderia imaginar.- Você me fez assim. - Sussurrou. - Além de ser pervertida. - Ela estava brincando como se fosse uma pegadinha. - Você vai me dar meus beijos ou vai continuar questionando tudo?
Eu gentilmente segurei suas bochechas novamente, colocando meu lábio entre os dela e aproveitando aquele beijo prometido que parecia fugir de nossas próprias capacidades, tornando-se uma espécie de bolha cheia de sentimentos que mal conseguia se conter. Beijei-a com vontade, como se a minha vida estivesse acabando, mas ao mesmo tempo, com tanta ternura que não poderia ser considerada apaixonada ou indecente; Foi um beijo cheio de puro amor.
- Senhoras. - A voz poderosa de algum professor apareceu do nada. - Muito linda demonstração de amor. - Usou sarcasmo. Agora precisamos começar a aula.
Deslizei timidamente para o assento ao meu lado, tentando conter a vermelhidão em minhas bochechas.
- Linda. - Freen sussurrou com os lábios curvados em um lindo sorriso. - Tudo ficou claro para mim. - Foi incrível como ela não perdeu a calma em nenhum momento. - Não estou sonhando, realmente tenho você comigo.
Queria responder com algo, qualquer coisa que fizesse com que ela soubesse que eu sentia a mesma emoção, para finalmente ser aquilo que tanto procuramos e, ao mesmo tempo, tanto deslocamos. Eu havia descoberto nela um ser que nunca pensei que encontraria, uma pessoa doce e compassiva, do tipo que com um único olhar era capaz de dar tanto ou mais do que tinha. Eu queria responder a ela de muitas maneiras, mas a única coisa que meu corpo conseguiu fazer foi esconder meu rosto em seu pescoço, numa tentativa vã de esconder a emoção que havia tomado conta de nós duas.
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𝙎𝙚𝙭𝙩𝙞𝙣𝙜//𝙁𝙧𝙚𝙚𝙣𝙗𝙚𝙘𝙠𝙮
FanfictionBecky era nova na universidade, uma caloura que parecia completamente invisível para o mundo. Dava para perceber que ela não queria levantar suspeitas de ninguém, muito menos queria que seus colegas a notassem mais do que o necessário Até que um cer...