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O clima em Kiel estava mais estável. O frio comum de fevereiro combinava com meu humor melancólico.O céu cinza me encarava impávido numa manhã de preocupação severa enquanto eu pegava do varal as roupinhas lavadas da Helena.
O pomar recebia uma suave brisa e a grama não se fazia brilhante, sutilmente a energia de outono que se aproximava possua as mais simples plantas alterando sua cor sutilmente.
Eu evitava magia ao máximo. Meu bloqueio foi completo; Nem magia, nem vidência, nem sonhos telepáticos com ele... eu só resistia ainda pela minha filha.
Era entediante - eu admito - carregar o cesto de roupa escada acima. Com magia tudo era extremamente rápido e prático, eu poderia fazer isso deitada, mas Helena dormia no berço enquanto e dobrava suas calças e blusas e organizava-as na gaveta do seu pequeno guarda roupa branco, que ela havia ganhado da sua bisavó.
- Jenna? - Chamou uma voz rouca.
- Vovó. - Respondi vendo-a entrar pelo quarto. - Evita subir vó, eu estou bem.
- Também quero ajudar a guarda a roupa da minha bisnetinha, ora, é normal. E quele elevador de escada é muito divertido.
- Não vai perder uma oportunidade agora, não é?
Ela riu com carinho assentindo com a cabeça e foi até o berço tocar na testa da Helena.
- E como ela está?
- Ah, vó, - suspirei - essa noite ela não teve febre não, graças a Deus. - E voltei organizando os cabides.
- E você, não foi tomar café da manhã de novo.
- Perdão, eu fui mais cedo. Me perdoa, eu comi o resto de pão de forma.
- Não me preocupo por não estar sentando a mesa conosco, apenas quero ver você mais forte.
- Eu estou bem, vó. - Respondi fechando o guarda roupa, após concluir a organização.
- Não acho que esteja, você emagreceu novamente.
- Foi só um pouco. É normal no inverno.
- Não, não é. Eu te conheço.
- É, eu sei, eu era gordinha.
- Você foi a grávida mais linda que vi, mesmo que tenha sido no final da gestação.
- Desce, não se preocupa. - Pedi. - Vou comer novamente quando Helena acordar. - Avisei tentando reconforta-la.
- Ok, mas você vai comer o berliner que eu fizer!
Não respondi mas sorri. Era o doce favorito do meu pai - que não era meu pai. Era muito triste comer e lembrar dele e de tudo que vivi ao seu lado pensando na sua bondade.
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Crônicas do Pós Hogwarts
FanficApós a batalha épica em Hogwarts, quando as varinhas cessaram seus duelos e os escombros se acalmaram, a vida dos sobreviventes voltou "aparentemente" ao normal. Todos esperavam por uma paz absoluta, mas a verdade é que ela se tornou um labirinto de...