𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐝𝐢𝐬𝐚𝐬𝐭𝐞𝐫𝐬

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Ana Flávia

Resolvo sair por aí, acabei de terminar o meu relacionamento com um cara super babaca , imaturo do caralho , porque não quiz perder minha virgindade com ele, qual o problema disso . Então vou trocar de roupa, visto uma saia jeans, e um top preto, com uma jaqueta preta e bota preta, pego minha bolsa e saio de casa, dirigindo pela cidade sem rumo, meus olhos marejados de lágrimas, embaçava minha visão, eu realmente não me sinto a vontade para perder a virgindade, qual o problema de esperar um pouco mais? Qual o problema de não querer que aconteça agora? Não sei pra onde estou indo, só estou seguindo dirigindo. Com os olhos embaçado decido estacionar, fico dentro do carro pensando no babaca do Pedro , "que ódio", e dou vários socos no volante do carro, mas levanto a cabeça e avisto de longe o prédio da Boate tão falada no qual nunca entrei. - Mas desço do carro, ninguém vai me impedir de entrar naquele lugar, ainda mais com essa minha cara inchada, quem irá negar? Só quero tentar esquecer essa noite imprestável, esquecer que um dia gostei daquele muleque.

- RG por favor. - diz um segurança alto negro, charmoso por sinal. Começo a encher os olhos de água, queria ter forçado, mas realmente queria chorar pelo ocorrido.

- Aí moço, eu não acredito que esqueci - digo fingindo procurar o documento na bolsa - parece que o mundo não está a meu favor hoje - e coloco a mão na testa, olhando pra baixo pra dar a entender que estava sofrendo, e estava realmente. - mas olha pra mim, tenho mais de 18 né? Não vai me impedir de entrar né? Eu te imploro - digo em prantos.

- Tudo bem moça, dessa vez vai passar, são quinze dólares. - estendo o dinheiro, pego o troco e entro.

- Era grande, com um enorme balcão, mesas com garçons andando para lá e para cá, muitas pessoas dançado, e tinha seguranças espalhados, olho para cima e tinha outro andar, com certeza para os vips.

- Me sento em uma das mesinhas de canto, olho no celular e já são 3:00 AM, até um garçom me interromper.

- Deseja alguma coisa? - ele estende um menu.

- Que coisa chique para uma balada.

- Sim, eu quero uma garrafa de vodka, pura por favor.

- Uma garrafa inteira? - diz não muito acreditado, parecia surpreso.

- Isso. - ele se retira e algum tempo depois volta com a garrafa e um copo em uma bandeja.

- Obrigada.

- Viro o primeiro copo, o segundo, o terceiro... quando me dou por conta já tinha ido metade da garrafa, estava muito tonta, vista embaçando e o local parecia estar com menos pessoas, mas mesmo assim continuo bebendo...

- Oi, moça? - ouço uma voz bem distante, e uma mão no meu ombro, tento abrir os olhos mas não consigo, eles estão pesados e permaneço com eles fechados mesmo - A boate já está fechando - a voz longe continua... - "Tudo bem, deixe-a comigo." - Ouço de longe outra voz bem mais grossa, rouca mas apago logo em seguida.

I arrived to changeOnde histórias criam vida. Descubra agora