𝐀𝐫𝐫𝐨𝐠𝐚𝐧𝐭

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Gabriela  estacionou o carro em frente a boate.

-  Vem comigo.

-  Eu? Ana Flávia  você arma suas confusões e quer que eu as encare com você?

-  Pra isso servem as amigas. - e ela suspirou fundo, em um tom que eu pudesse escutar.
Gabriela  sempre estava comigo nos piores e melhores momentos, ela é mais que amiga, é irmã que nunca tive, parceira que sei que poderei contar pro resto da minha vida.

A boate estava fechada, mas também às 15:07 não podia ser diferente.

-  Viu? Está fechada! - Não me diga. - Melhor voltarmos outro dia, ou quando estiver aberta.

-   Não, eu não saio daqui sem meu celular gabi. - Não mesmo, o que vou fazer da minha vida sem ele? Como vou me comunicar com o mundo?
Começo a bater na enorme porta de metal.

ABRAM A PORTA, ABRAM A PORTA!!- E nada de ninguém abrir - EU NÃO VOU SAIR DAQUI ATÉ ABRIREM ESSA PORTA - acrescentei, perdendo as esperanças.

Finalmente ouço barulho do trinco abrindo e olhei para Gabriela  com o olhar de " viu como consegui"

-   Senhora. - senhora? - não está aberto ainda, só a partir das 21:00. - e antes que ele pudesse fechar a porta novamente eis que surge o grosseiro dono da Boate atrás dele.

-   Pode deixa-lá entrar João . - como podia existir ser humano tão lindo assim na face da terra?
Quando olho pra Gabriela  está praticamente quase babando, e dou um cutucão nela que no mesmo segundo já acorda pra vida fechando a boca.
Quando já ia entrando...

-   Só você! - diz me apontando.

-   Por que só eu? - pergunto.

-   Porque sou eu quem mando - grosseiro - Se quer o que esqueceu aqui, entre sozinha.

- Percebi que estava falando sério, olho pra Gabriela  e ela assenti com a cabeça.

Entro e logo em seguida fecham a porta, subo as escadas o seguindo. Ele não falou nenhuma palavra no caminho e muito menos eu, até chegar na sala no qual estive nessa manhã.

- Qual o problema dela ter entrado comigo? É só minha amiga, não iria fazer nada. - digo o questionando e ele me lança um olhar indecifrável, caminhou até mim, diria que perto demais, tão perto que juro que senti um frio subindo minhas espinhas. Que doideira.

-   Está aqui seu celular. - diz me entregando o objeto e já se afastando rapidamente - Já pode ir embora agora. - como podia ser tão grosso.

-   Você não me respondeu. - questiono.

-   E nem vou, não te devo satisfação das decisões que tomo na minha empresa menina. Quem pode entrar ou não aqui, não convém a você questionar.

Realmente ele era a arrogância em pessoa.
Como podia me tratar assim sem ao menos me conhecer? Coitada das pessoas que convivem com ele, se a tratá-las dessa maneira, provavelmente ficará sozinho, se é que alguém convivesse com ele. não estranharia nenhum pouco essa opção.

-   Como pode ser tão arrogante desse jeito? - ele segue em direção a porta e a abre.

-   Já pode se retirar Ana Flávia . - Espera, como ele sabe meu nome? Que eu saiba eu nao o mencionei em nenhum momento.

-   Como sabe meu nome? - pergunto intrigada.

-   Obviamente pelo seu RG que estava na sua bolsa, que aliás você tinha esquecido né? - ele responde calmo até, não havia grosseria no tom que falou, mas perai, na minha bolsa?

I arrived to changeOnde histórias criam vida. Descubra agora