𝐃𝐨 𝐲𝐨𝐮 𝐛𝐲 𝐚𝐧𝐲 𝐜𝐡𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐰𝐚𝐧𝐭 𝐦𝐞 𝐭𝐨 𝐥𝐞𝐚𝐯𝐞?

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Gustavo

Ainda não consegui dormir e já são quase 4:00 da manhã. Fico a olhando deitada de bruços com as costas expostas fora do lençol.
Me levanto e vou até o banheiro tomar um banho.
A boate havia acabada de ser fechada. Saio do banho visto uma bermuda e torno a voltar para o quarto.

Tive uma noite e tanto. Ana Flávia era incrível melhor do que imaginei, umas das mulheres mais sexy que já conheci.
Será que foi uma boa idéia tirar sua virgindade?
Confesso que ela foi a primeira mulher que dormi que era virgem, mas não poderia comentar isso com ela. A sensação de ser o primeiro de alguém é extremamente excitante, saber que ela não passou por mais nenhum homem me causava uma sensação de poderio.
Quando ouvi da boca dela que nunca fez sexo na vida, me veio um receio mas também um tesão ainda maior. Receio pois geralmente a primeira vez de uma mulher deveria ser especial e na maioria das vezes com homem no qual está apaixonada, homem que tira a virgindade de alguém deve estar preparado para ser o príncipe perfeito no qual elas esperam.

Espero que Ana Flávia esteja ciente de que foi só sexo. Espero que não fique no meu pé, não sou homem que se submete a mulher nenhuma e disso ela deve saber. Estarei sempre disponível para um sexo casual, mas me apaixonar não está em jogo e nunca estará. Não nasci para ser homem de uma mulher só.

Abro os olhos, peguei no sono. Olho para o lado e Ana já não está mais ao lado. Que ótimo, pelo visto me enganei, ela não é do tipo que irá ficar no meu pé, uma coisa a menos.
Me levanto e vou até a cozinha, ouço um barulho no caminho vindo de lá.

Chegando no ambiente vejo Ana coando café e estava vestida com minha camisa.
Até parece que eu me livraria fácil assim. Vejo
que terei problemas. Onde fui me meter?!
Eu não vou ser príncipe encantado de ninguém.
A ver vestida assim com minha camisa me causava vontade de debruça-lá aqui mesmo na mesa. Mas claro que não farei isso.
Preciso arrumar uma maneira de dar um fora nela discretamente. Ela me notou.

- Ah... Bom dia Gustavo. - olha pra baixo, parecia constrangida.

- Bom dia. Fazendo café? - pergunto enquanto me sento em um dos bancos em frente ao balcão da cozinha.

- Espero que eu não esteja sendo invasiva demais. - sim está! - Vesti sua camisa pois eu não
encontrei minhas roupas, provavelmente eu as deixei na cobertura.

- Sem problemas. - sorrio - Mas o que faz ainda aqui? - espero que não tenha soado grosseiro.

- Como assim o que eu faço aqui? Dormimos juntos. - diz colocando uma xícara de café na minha frente.

- E claro... Eu sei disso, só que...- aí meu Deus, eu nunca tive dificuldade nenhuma em dispensar uma mulher que fica no meu pé. - E sua mãe? Ela não deve estar preocupada que dormiu fora?

- Ah é isso! Não se preocupe, ela está viajando essa semana. - tento dar um sorriso verdeiro.
Droga, até quando ela pretende ficar aqui?
Ficamos em silêncio. Tomo o café que ela deixou para mim. Ela se retirou da cozinha em silêncio.
Será que ela gostou da noite que tivemos? Estou me coçando para pelo menos saber, poxa... Foi sua primeira vez, será que ela sangrou? Ou está dolorida? Não sei se devo perguntar. Melhor eu ficar na minha.

Vejo ela voltando. Agora está vestida com seu vestido, Ana é linda demais e não é nenhum exagero. Ela não fala nada, ela não está achando que estamos juntos né?
Sei que pareço meio neurótico com isso mas é que não quero e não pretendo iludir ninguém.
Ela me encarava sentada na sala.

- Quer uma carona para casa? - talvez seja isso que ela esteja esperando.

- Como? - Ou não.

- E que você ainda está aqui, pensei que precisasse de uma carona. Não?!

- Não! - disse com tom de indignação. - Você por acaso quer que eu vá embora?

- Sim, quer dizer... Não! - não consigo decifrar sua expressão. - É que...

- Eu entendi Gustavo , eu já vou embora. - O que foi que eu falei demais?! - Eu já entendi, foi só uma noite não é?

- Não é isso, é que eu sou o Gustavo Mioto né? Você já deve saber como eu sou, não me apego a ninguém e também não quero que ninguém se apague a mim. Foi bom o que tivemos Ana, eu gostei muito da nossa noite e estarei disposto para muitas outras noites, mas ninguem vai ter nada mais do que sexo comigo.

Tento ser o mais sincero possível, pois ela merece saber logo a verdade desde o princípio.
Seu rosto já não era mais amigável, tinha tristeza em seu olhar a cada palavra que eu falava. Não é possível que ela tenha se apaixonado por mim né?

- E, eu já deveria saber. Só foi uma noite mesmo e a última. Passar bem. - Fala nervosa, pega sua bolsa no sofá e abre a porta do apartamento brava e da de cara com Felipe quase apertando a campainha.

- Epa, Oi gata. - Felipe diz sorridente.

- Tchau. - ela fala brava e sai num piscar de olhos.

- Eita, parece alguém está um pouco brava. O que você fez? - Felipe pergunta fechando a porta.

- Eu? Nada.

- Conta outra.

- Você sabe como é Felipe, elas sempre acham que vão ter comigo mais do que uma amizade colorida. - Felipe gargalha.

- Ah eu sei sim, mas ae. Gata ela hein? Como você conseguiu? - ele pergunta e se senta no sofá.

- Aconteceu. E você não sabe o pior...

- Fala logo de uma vez.

- Ela é virgem, quer dizer... Era até essa madrugada. - Felipe fez um olhar de surpresa.

- Tá zoando? - balanço "não" com a cabeça. - Mano se prepara, essa vai te dar trabalho, você foi o primeiro homem dela. Só te digo uma coisa. - ele se levanta - Boa sorte! - e dá três tapinhas nas minhas costas.

Não queria ter que mágoa-lá. Mas também não posso ser um cretino em iludi-lá.
Talvez eu deva ir até a casa dela para me explicar.

5/6
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I arrived to changeOnde histórias criam vida. Descubra agora