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"Meu Astral"
🇧🇷 ²⁵/⁰⁸

Tᵒᵇᶦᵒ

Eu viajei no no olhar dele, me perdi na imensidão dos seus olhos e descobri o quão sobrenatural era o poder que o seu toque tinha em meu corpo. Sonhei com o seu sorriso, e comecei a apreciar e amar cada toque dos seus beijos.

Estar nesse ambiente era tedioso, como esperado de uma confraternização de família. Meu desgosto de estar em tal evento era claro, já que eu não saia do celular e ainda mantinha uma cara de merda para todo mundo ali, já que ninguém merece escutar as especulações idiotas e clássicas vindas da minha tia, que insiste em saber da sua vida amorosa, sem contar a minha prima chorando por ter levado um belo chifre.

Na tentativa de fugir de todo esse cenário chato de um almoço de família, eu trocava algumas mensagens com o Shoyo, enquanto sorria para a tela do celular.

A cada mensagem que eu enviava, meu coração acelerava um pouco, ansiando uma resposta rápida e agradável, e felizmente, não era difícil conseguir tais atos.

Eu intercalava a minha conversa com Shoyo com algumas olhadas no feed, na tentativa de aliviar tal ansiedade.

Passar o dedo na tela do celular e me iludir com a vida perfeita das pessoas que passavam pelo o meu feed parecia uma boa opção para me distrair, a não ser que essa minha atitude fosse reprimida por uma cara feia da minha mãe.

— Vai mesmo ficar grudado nesse celular o almoço inteiro, Tobio? — seu tom de voz parecia desapontado, como sempre, me fazendo suspirar e largar o telefone em cima da mesa com força, tendo que arranjar qualquer maneira de socializar com cada pessoa lá, afinal, eu realmente não queria se taxado de sem educação por eles, e muito menos ter que escutar a minha mãe me xingar novamente por mais um motivo bobo, mesmo já estando acostumado com isso.

Suspirei ao sentir os olhares da família voltados a mim, algo que não durou muito tempo, até porque, a minha tia parecia estar necessitada de fazer um comentário completamente desnecessário naquele momento.

— Bem, como eu estava dizendo, o Tobio nunca apresentou ninguém para nós, não é? Isso é estranho, Yoshi — seu comentário ardiloso foi direcionado diretamente ao meu pai, que me olhava de canto de olho agora.

Aquela velha ria um pouco, claramente feliz por estar colocando lenha na fogueira.

— Me surpreendo da senhora se preocupar tanto com a minha vida, os chifres que você coloca no seu marido não são suficientes para o seu entretenimento? — não pensei muito antes de falar, já que eu não estava nem um pouco satisfeito de estar ali.

Logo após essa minha fala afiada, todos os olhares da família se direcionaram para mim, sinto que eu não deveria ter falado isso...

— Tobio, isso é jeito de falar com a sua tia? — a voz desapontada do meu pai deixou bem claro a merda que eu tinha feito ao soltar essa pequena informação justamente na frente do corno do meu tio, acontece né?

— Como é a história? — o chifrudo se pronunciou em um grito, olhando para a minha tia com os olhos cerrados.

Eu apenas comecei a rir de todo esse barraco que eu criei, mas recebi logo um olhar furioso dos meus pais para cima de mim, me fazendo fechar a cara novamente.

A confusão já estava formada, meu tio gritava com a sua mulher, que chorava negando tudo, enquanto meus pais me puxavam para um canto.

𝗚𝗮𝗿𝗼𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗜𝗽𝗮𝗻𝗲𝗺𝗮; 𝘒𝘢𝘨𝘦𝘩𝘪𝘯𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora