Músicas recomendadas, para este capítulo, para uma melhor experiência:
A little death
Mistermind
Why'd you only call me when you're higtBoa leitura, mil perdões por qualquer erro ortográfico.
Pov margot
Já faz alguns dias desde o ocorrido com dax e o momento que tive com ryle.Senti meu coração pequeno, por não poder ajudar meu melhor amigo, por saber que nada do que eu dissesse curaria suas feridas ainda abertas e sangrentas, odeio ver pessoas que eu amo sentindo dor, me sinto impotente, mas com o passar da semana ryle foi melhorando, bom, melhorando na medida das oportunidades, sei que, no fundo, ryle ainda é apenas um homem ferido, afinal, por de trás dos soldados mais fortes e temidos existem pessoas quebradas que foram obrigadas a se levantar e vestir uma armadura cujo não queriam, cujo não estavam preparados, mas agora, quem continua atormentada sou eu, a memória de Miranda se tornou algo rotineiro, envolvendo minha mente e ossos.
Ela invade minha mente sem ser convidada, seja em momentos importantes, como reuniões do concelho, ou em sonhos, ela sempre está lá, o mais irônico é que a minha atormentação não beira só a raiva e a frustração, mas sim ao conforto, é como se minha sanidade dançasse na beira de três precipícios, o ódio, a amargura e o conforto.
Não sei em qual precipício pularei primeiro, me acostumei em ter ela comigo em meus pensamentos, agora com mais frequência do que antes, antigamente quando eu tinha esses episódios, o que, infelizmente acontecia com frequência, eu descontava em bebidas e sexo, agia por impulso, lutava contra, mas agora, apesar da raiva e da frustração, não vejo necessidade de fazer isso, parece que a parte que não quer que ela vá embora se instalou em mim novamente, agora vivo no impasse entre procurá-la, ou mantela esquecida, não falei com tomas nem com nicolay depois do ocorrido, mas essa mesma parte que sente esse maldito conforto em ter as memórias, quer ter mais notícias, notícias dela.
Passei tanto tempo pensando nessa cretina que mal preguei o olho, levantei mais cedo e agora estou mexendo nas coisas por meu quarto, que agora cheira a canela devido ao incenso que acendi, esse foi um hábito específico que ela plantou e eu não pude me livrar, ou não quis me livrar.
Não procuro nada em específico, apenas arrumo tudo o que vejo pela frente, é apenas uma tentativa de dissipar minha mente, de levá-la para outro lugar, um lugar onde uma determinada pessoa de cabelos brancos e olhos castanhos não exista, uma válvula de escape, já olhei o banheiro, as gavetas da penteadeira, a cômoda ao lado da cama, e agora vasculho meu guarda-roupa, estou mexendo tranquilamente nas roupas, já as organizei, mas elas eram a última coisa que tinha para fazer e para me entreter, então fico sentindo a textura de ambos os tecidos em meus dedos, a dos tipos mais variados, desde cetim até as pedrarias mais luxuosas possíveis.
Mas, de repente, meus dedos tocam de raspão em algo diferente, algo que não é tecido, me assusto de primeira é algo..... gelado, é algo que está no fundo do armário.
Tateio o fundo do armário com a ponta dos dedos, elas raspam de leve na madeira até encostar no objeto frio, seguro o objeto e o tiro do armário.
Porra o destino definitivamente me odeia, ele gosta de fuder com a minha cara, é a única explicação possível para isso.
A câmera, a maldita câmera que eu usava quando ainda estávamos juntas, me sinto em um ciclo vicioso, eu fui mexer nas coisas de meu quarto justamente para desfocar dela, para fugir dela e aí vem o destino mais uma vez para me fuder, me fazendo voltar para ela de novo e de novo, me arrastando para um ciclo malditamente viciante, parece que o destino quer debochar de mim.
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father of hearts
FanfictionE se a rainha branca e rainha vermelha não fossem irmãs, Mas sim ex namoradas com um passado mal resolvido? "Nem sempre a primeira versão de uma história é a verdadeira margot,você deveria saber disso, vá atrás da sua verdade antes que a sua históri...