mesmo que para odiar

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Músicas recomendadas para este capítulo:
Ghost tow
Cigarrete

Mil Perdões por qualquer erro ortográfico, boa leitura.

Margot

Tomas e nicolay, ambos aqui, mas por um instante não os vejo como eles mesmo, mas como um presságio de dor e agonia, uma dor que mesmo que seja Miranda quem és sentindo, eu também sentirei.

Toda dor de Miranda é minha dor também, mesmo que eu não aceite isso, é dessa forma que meu coração age.

Eu deveria fechar a janela e voltar a dormir, deveria fingir que essa visão é apenas um sonho ou uma alucinação, assim isso não me afetaria, mas isso já está me afetando.

Minhas pernas estão travadas no lugar, um milhão de pensamentos me passam pela cabeça, talvez Miranda tenha sofrido outro atentado, talvez ela tenha se ferido, ou até pior, meus pensamentos giram e giram como uma roleta russa que termina sempre em uma morte infinita.

A velocidade com que piores alternativas se formam em minha mente em uma velocidade impressionante e todas terminam com uma coisa que me machucar muito por mais que eu negue, Miranda machucada ou morta.

Odeio que sou forte a qualquer coisa, menos a essa possibilidade, justamente a ideia que deveria me alegrar ou pelo menos não me preocupar, é justamente a que mais dói. Sinto meu coração bater enquanto meu peito sobe e desce em uma respiração densa, como se uma respiração forte demais, fosse capaz de fazer esse castelo desmoronar.

Ouço o som do colchão afundando juntamente com sons de passos sonolentos ao fundo, mas meus olhos permanecem nos dois homens em meu jardim.

Sinto a mão de Astrid em meu ombro, e uma faísca de consciência me permite com que eu volte a me mexer, por alguns breves segundos, esqueci que Astrid estava aqui.

- o que a de errado mag?

Fecho a janela e me afasta a para que Astrid não chegue perto o suficiente a ponto de ver as duas figuras no jardim, Astrid odeia nicolay, e por mais que eu ame irritá-la com esse tipo de coisa, creio que nicolay não tenha vindo aqui apenas para irritar Astrid, direciono meus olhos para a mulher em minha frente, seus cachos estão levemente bagunçados e seus olhos indicam que estava em um belo sono que acabara de ser interrompido.

- Nada de mais Astrid, volte a dormir.

Mas já é tarde demais, a mesma já está abrindo a janela e pondo a cabeça para fora, vendo aquilo que não queria que eu visse, vendo aquilo que eu gostaria de fingir que é uma ilusão.

Por um instante pensei que Astrid não fosse dizer nada, mas esse meu pensamento é cortado por suas palavras ao lado de fora da janela enquanto ela balbucia

-nicolay seu cretino.

Em um tom alto o suficiente para que eu e os dois homens no jardim escutem. Mas não o suficiente para acordar os guardas juntos, algo do tipo.

Ela fecha a janela novamente e me olha.

- Você vai descer?

Parte de mim diz que não deveria descer, mas a maior parte diz que eu devo, afinal, descendo e falando com tomas ou o ignorando, eu já o vi, abrindo novamente os portões do inferno de minha mente, então se for para sofrer algum impacto, que seja pelo motivo certo.

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