Menino ou menina?

48 10 4
                                    

Juliette e Rodolffo já estavam na vila em casa de Heitor.

A esposa dele ficou muito contente por recebê-los. 
O casal era muito admirado por todos os habitantes da praia e a esposa de Heitor não era excepção.

Hoje saíram as duas para fazer umas compras.  Rodolffo e Heitor ficaram em casa terminando um cantinho no jardim da casa.

As senhoritas estavam a tomar um chá numa lanchonete quando Juliette sentiu uma cólica.

- Acho que o meu bébé nasce hoje.

- O que sentes?  É melhor voltarmos.  Não estamos longe, achas que consegues chegar a casa?

- Acho, foi só uma cólica.

- Então vamos.  Qualquer coisa páras o carro e ligo para o Rodolffo.

Já estavam perto quando ela sentiu nova cólica.

- Será que são as contrações?

- Pode ser.  São semelhantes.

Juliette nem saiu do carro.  A esposa do Heitor correu a chamar o Rodolffo e subiu para ir buscar a mala da maternidade da Ju.

Rodolffo só lavou  as mãos e colocou a camisa.  Saiu a correr para junto de Juliette.
Ela passou para o banco do lado do condutor e seguiram para a maternidade.

A doutora Gabriela já a esperava e depois de a examinar mandou que ficasse internada.

A criança ia nascer.  Os pais optaram por não saber antecipadamente o sexo do bébe.

Ás 16 horas do dia 10 de Outubro vinha ao mundo, linda e saudável a princesa Maria Leonor.

Rodolffo o tempo todo que durou o parto segurou as lágrimas mas quando anunciaram a chegada da sua menina não aguentou.

Deu um beijo na mão e outro nos lábios de Ju.

- Obrigado meu amor.

A enfermeira colocou a M. Leonor no peito da Ju para ela sentir o calorzinho da mãe.

- Bem-vinda minha princesa.  Tão linda, não é Rodolffo?

- Só podia.  Com pais como estes,  não tinha como não ser bonita.

As enfermeiras sorriram e concordaram com ele.

Levaram a bébé para o exame médico e Juliette depois de pronta foi para o quarto.  Rodolffo ficou com ela.

- Sentes-te bem, Ju?  Foi doloroso?

- Estou bem.  Doeu um pouco, mas compensa a alegria de ver aquela belezura.
Será que vou ter leite suficiente?

- Claro que vais.  Já reparaste no tamanho dos teus seios.
Agora eu vou xuxar no dedo.  Perdi a vez.

Antes que ela pudesse responder  a enfermeira entrou com Maria Leonor no berço.
Colocou-a no colo da Ju e ajudou-a a encontrar o bico do peito.
Logo começou a sugar com força.

Juliette começou a chorar e a enfermeira perguntou se doía.

- Não.   É muita emoção.

A enfermeira retirou-se e Rodolffo sentou-se ao lado delas.  Juntou a cabeça com a da Ju fazendo festinhas no rosto com uma mão e com a outra segurou a mão da filha.

Levantou-se,  posicionou o telemóvel  e voltou à mesma posição para uma foto.  A primeira dos três.

- Tem base, um pinguinho de gente provocar sensações tão boas na gente, Ju?

- Estás feliz, amor?

- Estou em êxtase de tanta felicidade.
Bendito o dia que o mar te trouxe para mim. - desculpa por ser egoísta.  Foi um péssimo período para ti.

- Não tem importância.   Também estou grata por nos termos encontrado.

- Ju, vamos chamar o Heitor e a esposa para padrinhos?  Eles têem sido tão bons para nós.
Achas bem?

- Nem há como ser outras pessoas.

Dois dias depois tiveram alta a regressaram a casa de Heitor.

- Juliette,  fiquem cá pelo menos no primeiro mês.  É mais fácil e podes ter necessidade de alguns cuidados.

- Mas não queremos incomodar.
Por falar em incomodar.   Eu e o Rodolffo queremos saber se aceitam ser padrinhos desta princesa.

- Verdade, Juliette? Mas nós já temos alguma idade.  De certeza que não querem escolher alguém mais novo?

- Nada nos dará mais alegria do que ser vocês.   E essa coisa da idade é indiferente.   Sinal de que já têem mais tempo para a afilhada.

- Então nós aceitamos.   Quero ver agora dizeres que não queres ir para a casa da praia.  - disse Heitor para a mulher.

- Pois.  É capaz de eu nunca mais sair de lá.  Agora tenho uma coisinha fofa que me chama.

Todos sorriram perante esta afirmação.

Um mês passou rápido.   Leonor estava esperta e saudável.   Na última consulta o pediatra não viu inconveniente em eles viajarem.

Hoje partiram os cinco para o seu refúgio.  Juliette já estava com saudades pois já tinha saído de lá quase há dois meses.

Ao chegar a casa tinham a entrada enfeitada com balões e um cartaz de boas vindas ao casal e à Leonor.

Tinham também um buquê de flores e uma cesta de frutas  com um cartão de parabéns, enviados pelos membros da associação.

Assim que entraram em casa sorriram um para o outro enquanto um carro estacionava à entrada.

Rodolffo veio ver quem era e outra cesta entregue por um dos moradores trazia um belo peixinho assado com batata e legumes, além de uma deliciosa mousse de manga e salada de fruta.
Biscoitos  e pão completavam a cesta.

- Obrigado.  Todos os dias eu agradeço ter-vos conhecido.

- E nós a ti, Rodolffo.  Tu mudaste a vida desta pequena comunidade.  Agora aproveita o almoço com a Juliette.   Ainda está quentinho.   E parabéns pela Maria Leonor.







Senhora do marOnde histórias criam vida. Descubra agora