Capítulo 5

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A beldade veste vermelho.

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Park Jiun

" A única perfeição que pode me salvar
Me engula e me salve
Me deixe viver para sempre dentro de você" -Sacrifice (Eat me UP), Enhypen.

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Conversava com alguns companheiros e acionistas da minha empresa, no evento de aniversário da Lótus. Definitivamente, tudo aquilo era uma chatice, eu estava entediado e a única coisa que me divertia, era o espumante.

Porém, algo mudou quando meus olhos pousaram sobre uma beldade. Ela havia acabado de chegar. Ela tinha cabelos negros e longos, olhos marcantes e lábios carnudos, que se destacavam com a cor do batom. Seu vestido longo e vermelho, era magnífico. Não tinha como passar despercebida, todos a olhavam. Todos babavam. Todos admiravam a bela dama, atravessando o salão de festas. Inclusive eu.

Sua postura exalava confiança e elegância. Era esplêndida.

A mulher caminhou até Kim Mo Sik e ficou encarando ele, até que o mesmo se virasse para olha-la. Mas foi a maneira como ele agiu, que me deixou intrigado.
Ele estava perplexo, não porque ela era bonita, mas como se algo o incomodasse, como se o rosto que ele estivesse vendo não fosse o de um anjo, mas sim, de um demônio.

Me perguntei o que havia pairando entre eles, e decidi que descobriria. Caminho lentamente na direção deles, e no trajeto, pego mais uma taça do espumante que o garçom oferecia.

--- Olá, senhor Kim! -Digo, atraindo os olhares de todos eles que estavam naquela roda, inclusive da moça.

Mo Sik me encarou com um certo receio, como se temesse algo com minha presença. Meus olhos desviam e encontram os da mulher, que já me encarava profundamente. Na hora, precisei agradecer aos céus por poder contempla-los mais de perto.

--- Vejo que não te ofereceram nenhuma bebida. Que anfitriões mal educados! -Falo, lhe estendendo a taça com o espumante.

A beldade de vermelho, sorriu delicada e pegou a bebida gentilmente.

--- Obrigada pela gentileza! -Agradeceu, me permitindo saber como era sua voz.

--- Bem, já que eles não irão nos apresentar... Eu mesmo farei. -Continuo encarando Mo Sik diretamente, me certificando de que ele vá entender a indireta. --- Sou Park Jiun. Presidente do grupo HEIGHT. É um prazer em conhecer a senhorita.

Estendo minha mão para ela em forma de poder cumprimenta-la, e prontamente ela aceita, apertando-a.

--- Eu sou a...

--- Uma investidora estrangeira. -Interrompeu Mo Sik.

O encaro com desdém por ter cortado a fala dela, o que me impediu de ouvir seu nome com sua voz.

--- Mas eu não perguntei a você. -Digo o olhando descontente.

Ouço a risada da mulher e volto a encara-la, podendo observar seu belo sorriso. Então ela conseguia ficar ainda mais linda.

--- Anabelle Santini. -Disse ela.

--- Anabelle... Que lindo. Então, é mesmo estrangeira, até seu sobrenome... -Questiono confuso, já que, ela possuía nome estrangeiro tendo etinia asiática.

--- Eu fui adotada por espanhóis quando criança. Por isso o sobrenome. -Explicou educada.

--- entendo...

--- Senhorita Anabelle, o que acha de irmos conversar? Temos coisas a tratar. -Falou Mo Sik, a olhando estranho.

--- Sobre o que, senhor Kim? -Perguntou ela, deixando claro que não sabia de nada.

--- assuntos de investimentos, senhorita...

--- Eu cheguei primeiro, Senhor Kim. -Digo o interrompendo. --- É covardia levá-la para outro lugar agora que EU estou conversando com ela. Não acha?

--- É urgente, senhorita Anabelle. Me acompanhe! -Ordenou ele, ignorando completamente a minha fala.

Encarei Anabelle, que olhava Kim Mo Sik de volta, com um certo ódio no olhar, o que me deixou ainda mais intrigado.

--- Tudo bem. Vamos. -Concordou ela. --- Eu já volto, senhor Park.

Assim que eles deram as costas, pude ver o velho puxa-la pelo braço, com uma certa agressividade. Esperei por um tempo e resolvi segui-los.
Mo Sik, abriu uma das portas na ala para funcionários, e praticamente jogou a mulher para dentro. Me aproximei lentamente, e me posicionei prontamente para ouvir a conversa.

--- O que pensa que está fazendo? O que diabos está fazendo na Coréia, Yuna?  -Indagou Mo Sik, bravo.

Yuna?

--- Eu vim pegar o que é meu! Já deu, vovô! Chega de me manipular para ficar com a minha herança! -Respondeu ela, no mesmo tom.

Espera... Herança? Vovô?

--- Que merda! É a neta dele...

Apesar de me sentir frustrado por não ter encontrado do jeito que eu queria, estou muito mais que satisfeito por ter tido essa sorte.
Um sorriso se forma em meus lábios, em obter essa grande descoberta.

Kingdom ComeOnde histórias criam vida. Descubra agora