Kingdom Come

Capítulo 29

Confissões.

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Park Jiun

"Espero que saiba, como você está lindo a luz do sol, Lindo ao luar, lindo na escuridão..." -I Hope you know, Sofia Carson.

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Estava cortando alguns legumes, para servir de acompanhamento para o delicioso corte de carne que fiz grelhado.
Cozinhar era um dos meus talentos que poucos sabiam sobre, além de ser algo que eu gostava de fazer constantemente, pois me relaxava.
Era uma terapia, em que eu pudesse tirar bom proveito disso, nos resultados. Apreciar o sabor e matar minha fome, era gratificante.

--- Jiun? -Ouço a voz mais esperada pelos meus ouvidos.

Olho Yuna parada na entrada da cozinha, me encarando com um olhar curioso.
Como sempre, ela estava linda.

--- Oh, você chegou. Eu estava meio concentrado aqui, não te vi.

--- Você... Está cozinhando? -Indagou.

Senti seu tom levemente surpreso com esse fato. O que me fez rir.

--- Eu não deveria? -Pergunto, pegando uma garrafa de vinho e duas taças.

--- Não é isso. É que... Você está cozinhando. -Afirmou novamente, deixando bem claro a sua surpresa.

Rimos juntos da sua reação, e eu caminhei até ela, para lhe servir a bebida.
Yuna pegou a taça, e eu virei o líquido nela.

--- Obrigada! -Agradeceu, levando-a aos lábios e provando. --- Hum... Que delícia!

--- Bom, né? Esse é o meu favorito! Deve ter uns 10 anos! -Conto, colocando para mim.

--- Eu não entendo muito de vinhos, mas ouço que quanto mais velho melhor!

--- Isso é verdade! Mas, não pense que esse processo é tão simples. -Explico, nos guiando para sentar no sofá. --- É preciso ter o ambiente perfeito, a temperatura perfeita e o recipiente perfeito. Apenas deixa-lo na prateleira dentro do frasco de vidro que estamos acostumados a ver... Não é o suficiente.

--- Ah... Então, tem todo um processo... Que incrível! -Disse, encarando sua bebida na taça.

--- Esse que está bebendo, foi de uma safra em específico que a marca lançou, então, só tinham 150 sendo fabricados. -Conto a história para ela, me relembrando da saga para encontrar o famoso vinho.

--- Deixa eu adivinhar. Você comprou todos! -Disse com um sorriso largo.

Sorrio também, e torço os lábios, ao ser pego.

--- Sim. Porém, eu só consegui 149. -Corrijo, fazendo ela gargalhar.

(...)

Quando o jantar ficou pronto, nos sentamos a mesa, que havia na sacada do segundo andar da casa. Ela tinha a vista para a praia, e toda a paisagem que envolvia.
Por ficar numa localização alta, em meio a montanhas, a visão era ainda mais privilegiada, podendo contemplar o mar do alto, e a cidade no horizonte.

--- Isso aqui é lindo! -Disse Yuna, sentada no lugar a minha frente a mesa.

Seu semblante estava deslumbrado e seu olhar, brilhava, ofuscando completamente a luz do luar.

--- Você é ainda mais linda! -Retruco, agora, atraindo seus olhos para mim.

Ela sorriu envergonhada, e encarou a comida a sua frente.

--- Como aprendeu a cozinhar assim? -Perguntou, pegando os talheres e dando a primeira garfada.

Engoli seco, ao relembrar meu passado.

--- Com minha mãe. -Sinto o olhar de Yuna queimar minha pele. --- Ela era uma chefe incrível, e eu admirava seu trabalho. Era bonito vê-la cozinhar. No fundo, eu acredito que seja esse o motivo de eu gostar tanto assim disso. -Confesso sorrindo fraco.

--- Devo admitir, isso funciona. Você estava lindo cozinhando daquele jeito. -Me elogiou. --- Inclusive, o sabor está incrível!

--- Que bom que gostou, senhorita!

Eu sentia que ela tinha curiosidade para saber sobre meus pais, mas não queria estragar o clima e nem me deixar triste. Ela provavelmente, imaginava que as lembranças deles me machucavam.

--- Mas... Eu gostaria de saber uma coisa, que tenho muita curiosidade... -Enrolou, enquanto mexia os talheres.

--- O que?

--- Como você se tornou quem é hoje? Digo, como foi que conquistou a confiança de todos assim? Como eles podem temer você a esse nível?

--- Quanto mais poder, dinheiro e aliados você tem, mais vantagem ganha. Não é que eu precisei me tornar um assassino para deixá-los com medo. Eu só, mostro que tenho tudo e todos ao me favor. É assim que se faz. -Respondo convicto.

--- Ah... Isso faz muito sentido. -Retrucou.

Ao terminarmos o jantar, conversamos por um tempo coisas aleatórias. Inclusive, Yuna me contou sobre tomar posse da casa de seu pai, e até, o ocorrido com a antiga governanta.

--- Espere um pouco aqui. -Digo, e me levanto.

Caminho até o equipamento de som que tinha ali por perto, e o ligo, colocando em uma playlist romântica. E a primeira música a tocar é "i Hope you now" da Sofia Carson.

Volto para Yuna e estendo minha mão direita para ela.

--- Dança comigo? -Pergunto.

Ela sorriu em resposta, e segurou os meus dedos.
Então, a passos lentos, iluminados apenas com a luz branca do luar, e o som da canção de fundo, dançamos, com nossos corpos colados.
As mãos dela, estavam entrelaçadas por trás da minha nuca, enquanto as minhas, seguravam forte sua cintura.
Nossos olhos, não desgrudavam um do outro, eu sentia que ambos conversavam entre si.

Yuna emanava uma energia intensa, que tocava minha pele intensamente, o que fazia com que meu corpo todo arrepiasse. Era como um choque elétrico, de alta tensão. A diferença, é que ao invés de doer, viciava. Era bom, como uma massagem relaxante.

--- Eu te amo. -Disse ela, me olhando fundo nos olhos.

Um tremor e um ar gélido, invadiu o meu peito por dentro. Minha garganta secou, minhas mãos estremeceram e minhas pernas dormiram.

--- Eu te amo, Park Jiun! -Repetiu.