Capítulo 9

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Olho por olho. Dente por dente.

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Park Jiun

"Cara, eu vou rápido como nitro
Acho que assim posso voar livremente
Descontraído as rédeas, venha aqui agora
Nessa armadilha eu sou um psicopata" - Inferno, KARD.

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--- Senhor, achamos ela. -Disse Je Ah, adentrando minha sala.

--- Vamos!

Saímos às pressas, acompanhados pelos meus homens, nós éramos como um exército pronto a lutar em uma guerra.

--- Onde ela está? -Pergunto ansioso, enquanto ele dirige até o destino.

--- Num hotel barato, que está desativado. Checamos inúmeras câmeras pela cidade até encontrarmos uma pista.

--- Ótimo trabalho. E descobriu quem foi?

--- Kim Mo Sik.

Sorrio confirmando minhas suspeitas. Eu já imaginava que seria aquele filho da mãe.

--- O que faremos, senhor? Matamos ele? -Perguntou.

--- Não. Mate os homens dele, mas deixe-o por enquanto.

--- Sim.

Chegamos ao local depois de um tempo, e logo avisto os carros em frente. Meus homens, se organizam e, em formação, invadem o lugar, matando um por um dos inimigos. Eu acompanhava tudo atrás, era o último a pisar no caminho que meus soldados abriam para mim.

Vasculhamos tudo, o primeiro, o segundo, o terceiro e então, chegamos no quarto andar. Lá, haviam ainda mais homens, o que aumentou nossas suspeitas de que ela estivesse ali.
Prontamente, meus homens agiram e deteram todos, alguns era fortes e difíceis de derrubar, mas nada que meu exército não conseguisse acabar.

--- Senhor! Ele fugiu. -Disse um dos meus homens.

--- O que? -Corro até o quarto onde aparentemente estavam e me deparo com uma cena aterrorizante.

Yuna estava caída no chão, dentro do que parecia ser uma cela, e ela sangrava, estava muito machucada.
Vou até ela e pego sua cabeça com cuidado, apoio-a em meu colo. Toco o seu rosto angelical e lamento todos aqueles cortes e hematomas. A raiva consome meu corpo, me deixando cada vez mais sedento por sangue.

--- O que faremos, senhor? -Perguntou Je Ah.

Pressiono meus dentes um no outro com força, tentando conter a ira, enquanto penso no que farei para dar uma lição em Kim Mo Sik.

--- Por hora, vou cuidar dela. Yuna precisa de cuidados médicos.

A pego no colo e me levanto devagar. Acompanhado pelos meus soldados, descemos e andamos até o carro. Je Ah abriu a porta e coloquei Yuna com cuidado dentro do veículo, em seguida, foi a minha vez de entrar e me sentei ao lado dela.
Apoiei sua cabeça em meu colo e no trajeto até o hospital mais próximo, mexia em seus cabelos. Já os meus olhos, varriam cada detalhe do seu rosto.

--- Je Ah!

--- Sim, senhor?

--- Diga ao Kim Mo Sik que quero vê-lo. Hoje. -Ordeno, enquanto acaricio a cabeça de Yuna.

--- Pode deixar, senhor.

Quando chegamos no hospital, Yuna foi levada para ser tratada e medicada. Fiz questão que a colocassem na ala VIP, para que fosse bem cuidada pelos melhores médicos.

Enquanto não obtivesse notícias dela, eu não sairia dali.

--- Senho Kang! -Disse o médico, ao me ver.

--- Como ela está? -Pergunto impaciente.

--- Vai ficar bem. Mas, está muito machucada. Duas costelas quebradas, ferimentos profundos nos pulsos e hematomas por todo o corpo. A discrição perfeita para um caso de tortura. -Falou, me deixando com ainda mais raiva.

--- Cuide bem dela. -Ordeno e saio do hospital, acompanhado pelos meus homens.

--- Chefe, marquei o encontro com Kim Mo Sik, é daqui uma hora. -Avisou Je Ah.

--- Então, vamos.

Entro no carro, e ele da partida.

O local marcado de nós encontrar, era na empresa do velho e não demoramos a chegar.
Je Ah parou o carro e abriu a porta para mim, eu saí e caminhei diretamente até o escritório de Mo Sik, que ficava no último andar. No elevador, a cada número que subimos, eu imaginava um jeito diferente de tortura-lo.

Paramos e as portas abriram. Era um longo corredor, onde apenas existia a sala dele e o espaço da secretaria, que ao me ver, se levantou e curvou-se.

--- Fiquem aqui. -Ordeno para meus homens, e eles obedecem.

Abro a porta e entro sem mais nem menos. Kim Mo Sik se levanta e olha atentamente, enquanto me sento no sofá a frente de sua mesa.

--- Em que devo a honra de sua visita, senhor Park? -Perguntou.

--- Sente-se aqui. -Mando apontando para o local a minha frente.

Exitante e confuso, ele obedece. Kim Mo Sik sentou-se devagar, ficando com uma postura tensa e rígida, como se estivesse alerta.

--- Eu disse que faria sua vida num inferno, não disse? -Indago o olhando.

Ele ficou em silêncio. Meus olhos pousaram em suas mãos nojentas e travei o maxilar ao notar algumas manchas de sangue nelas.
Eu precisava fingir que não sabia sobre Yuna, então tirar satisfação sobre o que ele havia feito, não era uma boa idéia. Só que eu tenho milhões de desculpas para fazer-lo pagar de algum jeito.

--- Cadê o meu dinheiro? -Pergunto com raiva.

--- Senhor... Eu...

Sem permitir que me respondesse, dou um soco em seu nariz, ele geme e coloca as mãos no hematoma, notando sair sangue de lá.
Agora, o pego pelo colarinho e o jogo no chão, pego meu canivete preso no cinto, e rasgo as mangas de seu terno. O seguro forte para que não se movesse e começo a cortar os seus pulsos, enquanto ele grita de dor.

--- Por favor pare! Por favor! -Implorava.

--- Tá doendo? Que bom! Isso é para te mostrar que eu não vou mais te tolerar, seu filho da puta! -Esbravejo, colocando a lâmina da faca no pescoço dele.

Me levanto de cima de Mo Sik e ajeito meu terno. Olho para o escritório, e especificamente, para o letreiro enorme atrás da mesa, onde estava escrito Lótus.

--- Deve ser muito bom para você, ter ganhado de bandeja uma empresa como essas. -Digo, caminhando pelo local e olhando cada detalhe. --- Como conseguiu? Quero dizer, você não era o dono, nem herdeiro... Mas apenas o sogro do dono. Me pergunto como conseguiu se transformar no presidente. -Me viro para encara-lo e sorrio ao notar seu semblante de dor e desespero. --- Quer saber, não me pague. Me sinto melhor por ter vindo aqui tirar satisfação com você. Talvez, era só disso que eu precisava e não do seu dinheiro. -Ele permanece no chão, gemendo de dor. --- Não vai me agradecer?

--- Obrigado, senhor. Obrigado. -Agradeceu de joelhos, com as duas mãos unidas.

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