Capítulo 26

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Filho de peixe, peixinho é.

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Kang Yuna

"Porque eu faço coisas grandiosas e ruins, é verdade.
Toxina refletida nos olhos afiados,
Atraindo meu instinto..." - Drama, Aespa.

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--- Você não pode nos expulsar desse jeito! Moramos aqui a 20 anos! -Esbravejou a velha ao meu lado.

Sua voz era tão irritante, que meus olhos não conseguiam evitar de revirar.

--- Vocês estão aqui, porque até então, eu estava sendo feita de refém pelo seu marido. Agora, não mais. -A enfrento sem um pingo de medo.

--- Como ousa ser desrespeitosa com a sua avó? Sua... Pirralha! -Cuspiu Kim Dong Woo, avançando para cima de mim, pronto para me bater.

Mas antes, eu segurei sua mão no ar, sem que ela conseguisse me atingir. Meus olhos pousaram nos seus, e os raios de raiva que eu imaginava disparar contra ele, apenas ficaram em meus pensamentos. Seria ótimo eletrocuta-lo vivo.

--- Escuta aqui seu verme, a última vez que um homem ousou me tocar com más intenções, as mãos dele foram cortadas fora! -Cuspo sem pena, apertando o seu pulso ainda mais forte, cravando minhas unhas em sua pele.

--- Ahhhh! -Grunhiu com a dor, e puxou seu braço.

--- Ouçam, empregados! -Digo, com a voz mais alta para que todos eles me escutassem. --- Eu sou Kang Yuna, a filha legítima do antigo presidente Kang Do Song, e da presidente Kim Ji Woo. E herdeira de tudo o que pertenceu a eles um dia. Sendo assim, eu sou a sua verdadeira chefe! Essas pessoas aqui, são parasitas, não faz o menor sentido continuarem obedecendo e se curvando diante deles.

Paro por alguns minutos, e observo a cara de cada um deles, mas especificamente, a de meu avô. Ele estava vermelho de raiva, e seu olhar era tão vazio, que eu não sabia bem, o tamanho do ódio que sentia naquele momento.

--- Sendo assim, eu lhes ordeno, que os tire daqui! Coloquem todos os pertences deles em sacos plásticos, e os joguem... Na rua! -Ordeno, sentindo minha voz trêmula, com a adrenalina.

Todos os empregados, fizeram uma reverência e acataram minhas ordens. Eles se separaram e cada um subiu para um canto da casa, cumprindo o que designei.

Enquanto isso, tratei de me sentar em uma das poltronas que ficava na sala de visitas, cruzei minhas pernas e os braços, na espera de que o serviço fosse finalizado.

--- A senhora deseja alguma coisa? -Indagou a governanta, se aproximando de mim.

Sorrio amigável para ela e suspiro.

--- Gostaria de um chá. -Respondo.

--- Já trago, senhora!

Vejo meu avô sair da casa pisando duro, e sendo seguido pelos outros dois.
Ouço meu celular tocar na bolsa e o pego, vendo o nome da pessoa no visor. Sorrio instantaneamente.

--- Eu já ia te ligar. -Digo atendendo.

--- Então porque ainda não o fez? -Perguntou ele, me forçando a sorrir ainda mais.

--- Estive ocupada. Sabe, tem muita bagunça para eu arrumar.

--- Ah é! Agora você é a presidente do grupo Lótus. Perdoe o meu erro, senhorita!

Dou risadas com o seu jeito brincalhão, e agradeço o chá trazido pela governanta. Mas antes que eu o levasse a boca, pude sentir o cheiro forte do maracujá, o que me fez parar.
Maracujá, era a única coisa que podia me derrubar facilmente, eu era alérgica, morreria se ao menos, bebesse um gole daquele chá.

--- Yuna? -Chamou Jiun, ao me perceber em silêncio.

A governanta, continuava ali, parada me encarando, esperando que eu bebesse.

--- Ahn... Jiun, eu te vejo depois. -Digo, e desligo a chamada.

--- A senhora não vai beber? -Perguntou ela, com um sorriso cínico nos lábios.

A minha mãe, sempre falou sobre uma empregada que trabalhava na mansão para eles. Ela descrevia essa mulher, como sendo a esposa do diabo. Alguém astuta, que estaria sempre pronta a fazer o que fosse preciso, para conseguir o que quer. Inclusive, ela transava com meu pai, enquanto minha mãe estava grávida, e quantas outras vezes, roubou jóias, dinheiro e armava para que minha mãe apanhasse de graça de meu avô.
E foi imediatamente que eu percebi, era ela.

--- Está muito quente. -Digo sorrindo de volta.

--- Quer que eu faça um gelado?

Fico em silêncio, aquilo me deixou com raiva. Como ela ousava me oferecer aquilo?

De uma coisa eu tinha certeza, havia sido de propósito. Tento pensar num jeito de descontar minha insatisfação nela.
E foi aí, que eu notei o enorme aquário no canto da sala, e sorrio.

Pego a caneca com o chá, e jogo o líquido no rosto da mulher, que grita sentindo sua pele queimar. Em seguida, dou tapas em sua cara, fazendo com que ela caísse no chão.

--- O que... O que é isso? -Perguntou, me olhando em choque.

--- Nada demais. Só mostrando para você com quem é que está se metendo, sua rata! -Esbravejo, a pegando pelos cabelos e arrastando-a até o aquário. --- Levanta! Levanta!

Ela se levanta e, então, empurro sua cabeça para dentro da água do aquário. A mulher tenta lutar, mas a minha força comparada a dela, era duas vezes a mais, modéstia parte.

Depois de um tempo, puxo-a de volta e ela cai no chão novamente, sem forças e muito assustada. Ela me fita com o olhar esbugalhado, e a respiração ofegante.

--- Como você sabia, sua vadia? -Pergunto me abaixando. --- Como sabia da minha alergia? Meu avô te contou?

--- Eu só ouvi a respeito.

--- Na próxima, eu vou jogar ácido, e não um cházinho quente! -Ameaço, puxando o seu cabelo, e forçando-a a me olhar. --- Aproveita o bonde e pega carona com os seus chefinhos!

--- Não! -Diz agarrando a minha perna. --- Por favor, eu não tenho para onde ir! E o meu ex marido pode me encontrar. Por favor!

Puxo minha perna, e em seguida, piso em cima de seus dedos, fazendo com que ela grite, ao sentir meu salto agulha perfurar a palma da sua mão.

--- É melhor sair, enquanto estou apenas mandando! -Cuspo com raiva.

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